Mitsubishi pode voltar a apostar em esportivos

A indústria do automóvel se move pela vela das tendências e, hoje ela sopra forte em direção aos utilitários-esportivos. No passado já soprou para sedãs, cupês, roadsters. Mas nada impede que os ventos mude a vela de direção. É o caso da Mitsubishi.

A marca japonesa, que integra a Aliança Renault-Nissan, ficou conhecida no passado por seus esportivos, mas passou a se dedicar exclusivamente a modelos utilitários. No entanto, o chefe de design da marca, Seiji Watanabe, vislumbra um futuro com um centro de gravidade mais baixo, se é que o amigo me entende.

Na verdade, o Watanabe quer voltar a desenhar esportivos. Ele manifestou o interesse da marca em apostar em produtos mais esportivos. No entanto, não deu detalhes se seriam um SUV com estilo cupê, na linha do Eclipse Cross, um cupê, ou um sedã anabolizado.

Este slideshow necessita de JavaScript.

Seja como for, resolvemos resgatar quatro esportivos que a marca dos três diamantes vendeu nos últimos 40 anos.

Mitsubishi Starion

Esse cupê foi uma das primeiras apostas da marca no mercado de esportivos. Compacto, esse carro chegou em meados dos anos 1970, como uma opção acessível e mais eficiente que os beberrões Muscle Cars, que foram dizimados pelo meteoro da Crise do Petróleo.

O esportivo seguia o estilo de carroceria do Porsche 924, com para-brisas traseiro envolvente e faróis escamoteáveis, receita que também tinha sido copiada pela Mazda. Não demorou para o carro chegar aos Estados Unidos, vendido como Chrysler Conquest.

Esse cupê chegou a ter uma versão de competição para correr no Grupo B da FIA, equipado por uma unidade 2.0 turbo de 355 cv.

Este slideshow necessita de JavaScript.

Mitsubishi Eclipse

Fenômeno entre os brasileiros, o Eclipse foi a viatura oficial de pagodeiros e jogadores de futebol no início dos anos 1990. Ele ficou em produção entre 1989 e 2011, divididas em quatro gerações.

Por aqui, foram vendidas as primeira e segunda gerações, sendo que o Eclipse Mark II é o mais popular e bonito de todos.

Esse carro ficou mundialmente famoso por ser uma das máquinas de “Velozes & Furiosos”. Era o Eclipse verde que abria o longa-metragem, com Brian (Paul Walker) ao volante.

A versão mais potente desse Eclipse, a GS-T era equipada motor 4G63T 2.0 turbo de 210 cv e opção de transmissão manual de cinco velocidades. Ele também tinha uma versão com tração integral (GSX).

Este slideshow necessita de JavaScript.

Mitsubishi 3000GT

O 3000GT ou GTO era o gran turismo da marca japonesa. Fabricado entre 1990 e 2000, esse carro era o esportivo para brigar com Nissan Skyline GT-R, Toyota Supra e Honda NSX.

Esse cupê foi equipado com diferentes versões de um V6 3.0, sendo que a mais potente era a versão 6G72 turbo de 324 cv. Por aqui, o 3000GT foi importado na mesma época que o Eclipse.

Esse 2+2 impressionava pelo estilo, que seguia a escola de design do Chevrolet Camaro, com para-brisas traseiro em forma de bolha, que ocupava o lugar das janelas espia. Nos Estados Unidos, chegou a ser vendido como Dodge Stealth, com desenho do teto convencional e um frente bicuda, sem o mesmo sex appeal do japonês.

Este slideshow necessita de JavaScript.

Mitsubishi Lancer Evolution

Em seus quase 50 anos de mercado, o Lancer sempre foi um sedã. Mas nem por isso era impedido de ter alma esportiva. O Lancer Evolution é a definição de esportividade da Mitsubishi.

A primeira geração foi lançada em 1992 para disputar o Mundial de Rali (WRC) e teve 10 edições até 2016. O Evo tinha como inimigo natural, o Subaru Impreza WRX STi, que também derivava de um sedã compacto. No entanto, também foi oferecido como cupê e shooting brake.

Mas voltando ao Lancer Evolution, ele sempre foi equipado com motor 2.0 turbo, para atender aos requisitos do regulamento do WRC. E durante os anos sua potência saltou de 247 cv para 295 cv, pois sempre estava em consonância com as exigências da competição.

Uma das versões mais populares desse lancer foi o Evo VI TME, em homenagem ao piloto, Tommi Mäkinen. A versão celebrava os quatro títulos consecutivos do piloto finlandês no WRC, entre os anos 1996 e 1999. Sob o capô o TME era equipado com motor turbo 2.0 de 280 cv e 37,3 mkgf de torque e transmissão manual de cinco marchas.

Este slideshow necessita de JavaScript.