Teste do Honda City Hatchback

Teste do Honda City Hatchback

No ano passado a Honda iniciou uma revolução aqui no Brasil, com o objetivo de simplificar a produção e, consequentemente baixar os custos. Trouxe o novo City sedã para substituir o Civic e a versão hatchback para ficar no lugar do Fit e WR-V. Ou seja, com uma plataforma, substituiu duas. O City sedã já testamos, agora chegou a vez do hatchback, também na versão Touring, para ver como se sai no dia-a-dia. Um detalhe interessante é que, além da missão de substituir o Fit, o City Hatchback marcou a entrada da marca no segmento dos hatch no mercado brasileiro.

 

 

Claro que os hatch não bombam tanto quanto os SUVs, mas ainda tem boa presença no mercado, então valia trazer uma novidade. Principalmente quando conta com um bom espaço interno como o dele, um dos melhores entre os hatch compactos. Mas o que chama a atenção aos olhos primeiro é o design. E nisso o City Hatchback acompanha o sedã na frente, com uma larga faixa cromada, faróis Full LED e DRL, setas e luzes de neblina em LED.

Ou seja, aqui da coluna B pra trás é que começa a mudar. Apesar das portas serem iguais, por ser mais curto em 21 centímetros e para dar uma harmonia maior às linhas, o teto atrás é mais alto, as colunas são maiores e, claro, perde o bumbum saliente.

 

Comprimento

Sedã            4,549 m

Hatch          4,341 m

 

As lanternas em LED são as mesmas, mas tem uma grande tampa do porta-malas e um para-choque diferente.

Eu, particularmente, prefiro o sedã, por ter linhas mais equilibradas. Mas gosto é gosto, não é?…

Dentro também repete o sedã. Painel; volante; laterais das portas; quadro de instrumentos com velocímetro analógico e parte digital parcialmente configurável. Apoios de braço das portas e central, além do console e parte do painel são em material macio ao toque e o revestimento dos bancos em couro sintético. O restante é plástico, mas com um bom aspecto e acabamento.

Como do lado de fora, as mudanças começam aqui. O banco traseiro é do tipo Magic Seat, igual ao do finado Fit, que permite várias configurações aumentando consideravelmente a praticidade para o transporte de objetos.

Como tem o mesmo entre-eixos do sedã, o espaço atrás é bom. Mas existem ressalvas.

 

Distância entre-eixos: 2,60

 

Tem bom espaço para as pernas e cabeça para quem vai nas extremidades. Porém quem vai ao meio por causa do alto ressalto no assento, pessoas com 1 metro e 76 como eu, além do desconforto, já ficam com a cabeça roçando no teto. E no porta-malas a situação é pior. Se a capacidade já não era lá essas coisas no descontinuado Fit ao qual ele substitui, agora piorou e tem praticamente a metade do espaço do sedã.

 

Capacidade do porta-malas (litros)

City Hatchback      268

Fit                           363

City sedã                519

 

Esta versão Touring, a mais cara, é bem equipada. Mas, faltam algumas coisas pelo que custa. Tem chave presencial; botão de partida; sensores de estacionamento na frente e atrás; câmera de ré; ar-condicionado automático e digital com saídas atrás; sensor crepuscular e farol alto automático; e central multimídia sensível ao toque e que espelha celulares em cabo.

Agora o que falta… O retrovisor interno não é eletrocrômico; não tem sensor de chuva; não tem carregador de celular por indução; atrás só tem uma tomada de 12V; não tem freio de estacionamento eletromecânico, e por que não, um teto solar. Tudo bem, não são os equipamentos mais importantes, mas a falta deles não condiz com um carro desse preço.

 

City Hatchback

Estado de SP           R$ 129.100

Outros Estados        R$ 124.500

(Junho 2022)

 

Pelo menos, quando o assunto é segurança, esta versão Touring se sai bem. Além dos conhecidos controles de tração, estabilidade, auxiliar departida em rampa e seis airbags, vem equipado com o chamado Honda Sensing, um pacote de itens de segurança composto de controle de velocidade de cruzeiro adaptativo; alerta e fregem autônoma de emergência que também identifica pedestres; assistente de permanência em faixa com correção de trajetória; e o Lane Watch que projeta uma imagem no multimídia do que vem atrás quando você aciona a seta para o lado direito.

A mecânica não tem diferenças em relação ao sedã. O motor é o 1.5 flex aspirado com injeção direta de combustível e duplo comando de válvulas no cabeçote chamado i-VETC, que entrega 126 cavalos com ambos os combustíveis.

 

Motor 1.5 flex – i-VETC – 16V

                        Gasolina  Etanol

Potência (cv)      126         126

Torque (kgfm)   15,5         15,8

 

Porém, como o torque máximo só chega a 4.600 giros, não é tão esperto como se espera em baixas rotações. Quem compensa isso é o bom câmbio CVT que simula 7 velocidades. Além disso, como tem conversor de torque, passa uma sensação maior de mudança de marcha. Conta também com modo esporte, que faz as marchas serem trocadas em rotações mais altas, ou manualmente por meio das aletas atrás do volante.

Como o peso dele é praticamente o mesmo nas duas versões (City sedã 1.170 kg/City Hatchback 1.180 kg) e a Honda não fornece dados de desempenho, o resultado deve ser praticamente igual ao do sedã. 0 a 100 em 10,5 segundos com os números que nos foram fornecidos por nossos amigos de Quatro Rodas. A velocidade máxima do Hatchback eu estimo em torno de 180 km/h.

 

Desempenho

0 a 100 km/h           10,5 s

80 a 120 km/h           7,7 s

0 a 100 m                31,8 s

(Dados fornecidos pela Quatro Rodas)

 

E o consumo é bom, olha aí.

 

Consumo médio (circuito cidade/estrada)

Etanol             9,9 km/l

Gasolina        13,4 km/l

 

Com o câmbio no modo ECON, quando privilegia a economia de combustível com trocas em rotações mais baixas e uma resposta mais lenta do acelerador, em nosso circuito padrão cidade/estrada o Hatchback fez médias de 9,1 km/l de etanol e 13,1 km/l de gasolina.

No restante copia a versão sedã. A direção elétrica tem o peso correto em qualquer velocidade, é comunicativa e permite um diâmetro de giro pequeno o que facilita as manobras. Freios, mesmo tendo disco só na frente, são eficientes. A suspensão, independente na frente e interdependente atrás com eixo de torção, mostrou que está bem calibrada para nossas condições. Deixa o hatch confortável ao rodar e silencioso mesmo em pisos irregulares. Só o motor é que incomoda quando se esticam as marchas, e deveria melhorar o isolamento acústico. E também não esquece da estabilidade, permitindo fazer curvas com segurança, saindo um pouco de frente só no limite de velocidade.

Enfim, o City Touring Hatchback também repete o sedã no quesito preço. Deveria ser mais bem equipado para melhorar a relação custo/benefício. Mas se eu fosse comprar um City, partiria para a versão sedã que eu acho mais bonita. Além disso tem uma diferença de preço a mais muito pequena, é só 20 cm maior e tem um porta-malas de fazer inveja.

 

New City (R$)      Hatch         Sedã

Estado de SP       129.100      129.600

Outros Estados    124.500      125.000

(Junho 2022)

Um abraço e até a próxima.”

 

Notas do Emilio

 

Desempenho           8

Consumo              9

Segurança           10

Estabilidade         8

Acabamento           8

Espaço interno       8

Porta-malas          7

Custo/benefício      6

 

Ficha técnica e lista de equipamentos do City hatchback:

New City Hatchback 2022 – dados técnicos

 


Texto e apresentação: Emilio Camanzi

Imagens: Camila Camanzi

Edição: Guilherme Carmo


 

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Emilio Camanzi

Emilio Camanzi

Emilio Camanzi  é um jornalista experiente e formador de opinião, com mais de 56 anos de trabalho dedicados a área automobilística. Seu trabalho sempre foi norteado pela busca da seriedade e credibilidade da informação. Constrói suas matérias de forma técnica, imparcial e independente, com uma linguagem de fácil compreensão. https://www.instagram.com/emiliocamanzi/ 🙋 PARCERIAS: comercial@carroscomcamanzi.com.br

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