Teste New City Touring 2022

Teste New City Touring 2022

Em um mercado onde os SUVs são a bola da vez, apostar em um sedã pode parecer temeroso, mas a Honda resolveu bancar, já que o New City, apesar de ser um sedã compacto, tem também a missão de substituir o Civic nas versões mais baratas e que passa a ser importado apenas na topo de linha. E apesar da repaginada geral, manteve as linhas conservadoras típicas da Honda.

Mesmo sem ousadia, o conjunto da obra desta 5ª geração agrada, com destaque para a frente com a larga faixa cromada. Além disso o novo City cresceu em comprimento e largura e ficou um pouco mais baixo. E apesar de manter o mesmo entre-eixos, ficou mais espaçoso internamente. A versão que testamos foi a Touring, a topo de linha e a única a receber o pacote de segurança Honda Sensing, que vou falar mais pra frente. Essa versão se destaca por fora pelos faróis Full LED e DRL,

setas e luzes de neblina em LED. As lanternas traseiras também são em LED, a exceção fica por conta das luzes de seta.

 

Interior do New City

 

Aqui dentro também é tudo novo. Painel; volante; laterais das portas; quadro de instrumentos com velocímetro analógico e parte digital parcialmente configurável. E nesta versão Touring todos os apoios de braço das portas e central, além do console e parte do painel são em material macio ao toque e o revestimento dos bancos em couro sintético. Mas o restante, é todo em plástico duro. Os materiais são de qualidade, e o painel até parece emborrachado. Mas é plástico.

Completam esta versão botão de partida; chave presencial; retrovisor interno eletrocrômico; sensores de estacionamento dianteiros e traseiros; e câmera de ré. Mas tem algumas mancadas. O ar-condicionado é digital, automático e tem saídas atrás, mas não é de duas zonas; tem sensor crepuscular com farol alto automático, mas não tem sensor de chuva; a multimídia espelha celulares sem cabo, mas deveria ter uma tela maior do que as 8 polegadas e não existe carregador sem fio; tem duas portas USB e uma tomada 12V na frente, mas apenas uma tomada 12V pra quem vai atrás. São detalhes que não condizem com um carro desse preço.

 

Espaço interno

 

Pelo menos quando o assunto é espaço, ele se sai bem. Tem lugar para cinco adultos e quem vai atrás conta com um bom espaço para as pernas. Só que quem senta no meio tem o incomodo do ressalto no meio do encosto e assento. Já o porta-malas perdeu 17 litros de capacidade, mas continua fazendo inveja a muito sedã grande com ótimos 519 litros. Só tem o inconveniente dos braços que podem danificar a bagagem.

 

Pacote de segurança

 

É bom, mas tenho algumas ressalvas. Conta com os convencionais cintos; apoios de cabeça; Isofix; e controles de tração, estabilidade e auxiliar de partida em rampa. Vem com seis airbags, e o pacote Honda Sensing, composto de controle de velocidade de cruzeiro adaptativo; alerta e frenagem autônoma de emergência que também identifica pedestres; assistente de permanência em faixa com correção de trajetória; e farol alto automático. Porém, novamente pelo que custa, o ACC deveria ter Stop&Go e sensores de ponto cego, já que o LaneWatch projeta uma imagem do que vem atrás no multimídia só quando você aciona a seta para o lado direito. Deveria funcionar para os dois lados e projetando a imagem no quadro de instrumentos, como no Creta, não?

 

Mecânica

 

O novo City também ganhou novidades na mecânica. O motor flex aspirado continua com os mesmos 1.500 cm3 de cilindrada, mas ganhou injeção direta de combustível e duplo comando de válvulas variável no cabeçote chamado i-VETC. O resultado é que a potência saltou dos 115 cv com gasolina e 116 com etanol do antigo para 126 com ambos os combustíveis. No torque, porém, foi mais modesto. Apenas 0,3 kgfm com gasolina e 0,5 com etanol.

 

Câmbio e Desempenho

 

E o câmbio automático tipo CVT também ganhou novidades. Continua com sete marchas virtuais, trocas sequenciais em borboletas só atrás do volante e três modos de condução: ECO, normal e esporte. Apesar de ainda manter aquela característica chata de escorregamento nas acelerações, ganhou um recurso legal: ao pisar no freio em descidas ele reduz automaticamente para incrementar o freio-motor. O resultado é que com esse conjunto o desempenho do City melhorou.

Porém como a Honda não divulga os dados de desempenho, tivemos que apelar para nossos amigos da Quatro Rodas, que fazem os testes em uma pista fechada para saber a diferença.”

Segundo a revista, que faz os testes só com gasolina, o antigo fazia de 0 a 100 quilômetros em 12,2 segundos. O novo em 10,5. Ou seja, uma bela diferença de 1,7 segundos a menos e com uma boa retomada de 80 a 120 km/h em 7,7 segundos. Como a potência é igual com ambos os combustíveis e o torque muito próximo, com etanol os números devem ser parecidos. A revista só não faz a velocidade máxima, que eu estimo que seja entre 180 e 185 km/h.

 

E o consumo? Surpreendeu!

 

Em nosso circuito padrão cidade/estrada fez médias de 9,9 km/l de etanol e 13,4 km/l de gasolina, bem coerente com a proposta do carro.

No restante a direção elétrica tem o peso correto em qualquer velocidade e é bem comunicativa. O que junto com os freios, que apesar de terem disco só na frente são eficientes, colaboram bastante no prazer ao dirigir. A suspensão, independente na frente e interdependente atrás com barra de torção, mostrou que está bem calibrada para nossas condições. E, junto com o bom isolamento acústico da carroceria, o New City roda silencioso mesmo em pisos irregulares, o que incremente o conforto ao rodar. E também não esquece da estabilidade, permitindo fazer curvas com segurança, saindo um pouco de frente só no limite de velocidade.

Resumo da história. O novo City evoluiu, está mais econômico, anda melhor e ganhou em conforto. Mas a Honda continua cobrando caro pela grife da marca. E pelo que custa, esta versão Touring deveria ser um pouco mais bem equipada para melhorar a relação custo/benefício.

 

 

 

— Notas do Emilio —

 

Desempenho            8

Consumo                 9

Segurança               9

Estabilidade            8

Acabamento           8

Espaço interno       9

Porta-malas          10

Custo/benefício     6

 

 

 

Preço do New City Touring:

  • R$ 123.100,00 (dezembro 2021)

 

Ficha Técnica e Lista de Equipamentos:

 

 


 

Vídeo: Carros com Camanzi

 


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Emilio Camanzi

Emilio Camanzi

Emilio Camanzi  é um jornalista experiente e formador de opinião, com mais de 56 anos de trabalho dedicados a área automobilística. Seu trabalho sempre foi norteado pela busca da seriedade e credibilidade da informação. Constrói suas matérias de forma técnica, imparcial e independente, com uma linguagem de fácil compreensão. https://www.instagram.com/emiliocamanzi/ 🙋 PARCERIAS: comercial@carroscomcamanzi.com.br

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