Jaguar XJ-C: O cupê do felino

Jaguar XJ-C: O cupê do felino

Em março de 1961, durante o Salão de Genebra, reza a lenda que o comendador Enzo Ferrari caminhou até o estande da Jaguar e disse em alto e bom som que o E-Type era o carro mais bonito já criado. O elogio vindo do fundador de uma marcas mais simbólicas do planeta era ao mesmo tempo um reconhecimento de talento e também uma espécie de maldição. Afinal, o que a Jaguar mostraria depois daquele esportivo?

A resposta demorou tanto para vir, que muita gente se esqueceu das palavras do velho italiano. O E-Type saiu de linha em 1975, ano em que foi substituído pelo XJS, um Gran Turismo de luxo, com linhas modernas, mas sem o mesmo brio para ofuscar novamente os olhos do velho italiano.

JAGUAR

Mas antes do XJS, a Jaguar também lançou o belíssimo, mas quase desconhecido, XJ-C ou XJ Coupé. Tratava-se de uma versão duas portas do sedã XJ e que levava a expressão francesa, que significa “cortado” ao pé da letra.

Essa versão encurtada do sedã tinha o mesmo estilo visual, com os característicos faróis duplos foi apresentada em 1973, junto com a segunda geração do sedã, chamada de Série II. Era uma opção mais espaçosa que o E-Type. Ele oferece bancos traseiros capazes de levar adultos de forma confortável, diferentemente da configuração 2+2 do E-Type que servia mesmo como porta-objetos.

Ele era o meio termo entre a jovialidade do E-Type e a aristocracia do XJ. O cupê seguia uma linha que a conterrânea Bentley atuava desde os anos 1930, assim como o Mercedes-Benz SE Coupé (W108), que misturava esportividade, sem abrir mão do conforto e refinamento.

A produção do carro, no entanto, só teve início em 1975. O cupê apresentava falhas de projeto. Nada drástico, mas tinha problemas de vedação, algo inconcebível num carro de baixo custo e que era um pecado mortal num Jaguar.

Sob o capô, ele podia ser equipado com motor seis cilindros 4.2 de cerca de 180 cv e também com um V12 5.3 de 270 cv. Os dois motores eram combinados com caixa automática de três marchas. A tração era traseira.

Apesar de charmoso, sua produção não foi duradoura. O modelo ficou em linha até 1978 e acumulou pouco mais de 9 mil unidades. O motivo da aposentadoria precoce se deu pela concorrência interna com o XJS, que chegou praticamente junto do XJ Coupé. Seu irmão ficou em linha até 1996 e acumulou 114 mil unidades produzidas.

No entanto, o eclipse do XJS fez do XJ Coupé um dos modelos mais raros da Jaguar, mas sem custar uma fortuna, como o E-Type ou um XK150.

 


Fotos: Marc Vorges/ClassiCar Garage/Divulgação


 

Marcelo Jabulas é Jornalista.

Está na área desde 2003, atualmente é o editor do caderno HD Auto, do jornal Hoje em Dia, de Belo Horizonte. Figura presente em todos os lançamentos, salões do automóvel e eventos da indústria automobilística.  https://www.youtube.com/garagemdojabulas

 


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Emilio Camanzi

Emilio Camanzi

Emilio Camanzi  é um jornalista experiente e formador de opinião, com mais de 56 anos de trabalho dedicados a área automobilística. Seu trabalho sempre foi norteado pela busca da seriedade e credibilidade da informação. Constrói suas matérias de forma técnica, imparcial e independente, com uma linguagem de fácil compreensão. https://www.instagram.com/emiliocamanzi/ 🙋 PARCERIAS: comercial@carroscomcamanzi.com.br

2 thoughts on “Jaguar XJ-C: O cupê do felino

  1. E a Mansory, se não me engano, está fazendo um restomod em cima deste modelo QUE SIMPLESMENTE ESTUPENDO, pois tem o mesmo visual externo, internamente, o que tem de moderno é oculto, mas debaixo do capô, está o atual V8 turbinado, com 550 cv. Claro que toda a parte mecânica foi atualizada para suportar a cavalaria.

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