TESTE Renault Duster Iconic 1.3 TCe 2023
Em 2020, quando o Renault Duster ganhou um belo banho de loja, ficou faltando uma coisa importante. Um motor mais moderno e potente. Demorou, mas finalmente ele ganhou o esperado 1.3 turbo flex que tinha estreado no primo Captur. Agora, chegou a hora da gente ver como ficou essa nova receita.
Para começar, o motor 1.3 TCe turbo flex no Duster, que vamos falar mais pra frente, só é disponível na versão Iconic, a mais cara, e que, como todas as outras versões, também vem com o motor 1.6 aspirado de poucos 120 cavalos. Por isso eu esperava que o Duster turbo tivesse alguma diferenciação mais marcante.
Para dizer a verdade, a Renault foi bem modesta… Para a linha 2023, o Duster ganhou moldura frontal, retrovisores e barras no teto em preto, mas só nas versões Intense e Iconic. E, exclusivo das versões Iconic, como esta, molduras nas caixas das rodas e revestimento em couro sintético dos bancos. E é preciso ter olho cirúrgico pra descobrir qual é a versão turbo… Só tem um logotipo aqui na traseira…
Mas não parou por aí. Se você quer o visual mais parrudo deste daqui, vai ter que adicionar ao preço dele, o opcional chamado Kit Aventura, composto pelos faróis de longo alcance e protetores das portas.
Duster Iconic 1.3 TCe: R$ 133.990
Kit Aventura: R$ 1.400
Pintura metálica: R$ 1.600
(março 2022)
No restante tudo como antes. A novidade são os bancos revestidos em couro sintético de série nesta versão. Quadro de instrumentos; painel; volante; central multimídia de 8 polegadas que espelha celular e que tem só uma porta USB na tela que deixa o cabo dependurado; ar-condicionado automático sem saída atrás; sistema MultiView com câmeras que permitem ver os quatro lados do carro; sensores de estacionamento traseiro; chave presencial por aproximação; música de boas-vindas; botão de partida; e sensor crepuscular, continuam iguais. Bem como o acabamento que conta com materiais de qualidade e bons arremates, mas continua abusando do plástico duro. Superfícies macias só nos apoios de braço central e das portas dianteiras.
E em segurança não teve nenhuma evolução. Além dos controles de tração, estabilidade e auxiliar de partida em rampa, continua apenas com sensor de ponto cego e dois airbags. Já está na hora de melhorar, e muito, nesse quesito, não dona Renault? Até o Kwid tem quatro airbags.
Pelo menos no que diz respeito ao espaço interno continua se sobressaindo. Leva cinco adultos bem e em bancos confortáveis, e o porta-malas, com bons 475 litros de capacidade, continua como um dos maiores do segmento de SUVs compactos. (Capacidade do porta-malas: 475 litros)
Agora, quando o assunto é desempenho, vem elogio. De fato, o novo motor 1.3 TCe turbo, deu outra vida ao Duster, superando em muito as versões com motor 1.6. Tem injeção direta de combustível, duplo comando de válvulas variável e entrega um bom torque já a baixas 1.600 rotações por minuto, o que permite respostas rápidas e agilidade ao Duster. Mesmo quando está carregado. E, principalmente, boas retomadas de velocidade, muito importante para ultrapassagens mais seguras.
Desempenho
gasolina etanol
0 a 100 km/h (s) 9,8 9,2
80 a 120 km/h (s) 6,5 6,3
Vel. máxima (km/h) 190 190
O câmbio automático tipo CVT é parte importante nesse bom desempenho. Com 8 marchas simuladas, que permitem um melhor aproveitamento do motor, disfarça bem aquela sensação chata de escorregamento típica desse tipo de câmbio. É também rápido nas reduções facilitando a vida nas ultrapassagens, e permite trocas manuais, porém só na alavanca. Tem ainda a função ECO, quando faz as trocas em rotações mais baixas, visando um menor consumo de combustível e que usamos no teste em nosso circuito padrão. Mas nessa hora eu esperava mais.
Consumo médio km/l (circuito cidade estrada)
Etanol Gasolina
Duster 1.6 8,1 11,6
Duster 1.3 turbo 7,2 10,3
Claro que pela potência que o novo motor entrega, a comparação deveria ser feita com a versão 2.0 aspirada. Mas como não existe mais, vamos pela 1.6. A diferença foi razoável e até justifica o melhor desempenho. Mas, por toda a tecnologia do motor, câmbio com duas marchas a mais em relação às versões 1.6, e sistema start/stop, eu imaginava que fosse pelo menos igual.
No restante, confirma o que já dissemos da versão 1.6. A suspensão absorve bem as irregularidades e permite um rodar confortável. E, apesar da altura do Duster, não deixa que a estabilidade seja comprometida. Além disso, o bom vão livre do solo garante tranquilidade diante das lombadas e buracos do dia-a-dia. Junto com bons ângulos de entrada e saída, o Duster vai bem em um off-road leve.
Altura livre do solo: 23,7 cm
Ângulo de entrada: 30,0º
Ângulo de saída: 34,5º
E os freios, mesmo sem disco nas rodas traseiras, se saíram bem. // Resumo da história. Com o motor 1.3 turbo o Duster ganhou muito mais fôlego e entrega mais prazer ao dirigir. Mas também ficou mais caro e difícil de entender os mais de 14 mil reais em relação à mesma versão com motor 1.6 aspirado. Pelo que custa deveria oferecer mais conteúdo e, principalmente, um upgrade em segurança. Afinal, já passou da hora do Duster ter mais airbags, né dona Renault?
Preços:
Duster Iconic 1.6: R$ 119.590
Duster Iconic 1.3 TCe: R$ 133.990
(março 2022)
Notas do Emilio
Desempenho 9
Consumo 7
Segurança 7
Estabilidade 8
Acabamento 8
Espaço interno 8
Porta-malas 9
Custo/benefício 6
Veja o vídeo com o Emilio:
FICHA TÉCNICA E LISTA DE EQUIPAMENTOS E OPCIONAIS DO DUSTER 1.3 2023
Foto e vídeo: Carros com Camanzi
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