Teste do Tracker LT 1.0 turbo AT 2021

Teste do Tracker LT 1.0 turbo AT 2021

Emilio Camanzi testou o Chevrolet Tracker na versão LT como motor 1.0 turbo e câmbio automático, em nosso circuito cidade/estrada.

Assista o vídeo aí embaixo pra saber como o SUV se saiu:    

 

 

 

Informações técnicas do Tracker LT 1.0 turbo automático 2021:

Ficha tecnica Tracker 1.0 LT

Lista de equipamentos Tracker 1.0 LT  

 


 

“No lançamento do Chevrolet Tracker, muita gente torceu o nariz quando soube que além do motor 1.2 turbo, também tinha a opção 1.0 turbo, igual ao do Onix e Onix Plus. ‘Deve ser horrível’, ‘muito fraco pro carro’. Mas será que é isso mesmo?

Pra tirar essa dúvida de muitos fizemos o teste com o Tracker 1.0 Turbo LT, que para a linha 2021 ganhou mais duas versões, a LTZ e a Premier. Sem modificações esta versão 1.0 LT do Tracker só não é mais em conta do que a 1.0 turbo com câmbio manual, que custava em setembro, 87.490 reais. Porém, como o câmbio automático está na preferência do brasileiro, optamos pela versão mais barata com essa transmissão. Quer dizer, mais barata em termos, pois em setembro ela já custava caros 95.890 reais… Mas, como tudo está pela hora da morte, vamos lá ver como se sai este Tracker.

Pra começar é bom lembrar que a LT, além do câmbio automático, vem com alguns equipamentos a mais em relação à versão manual. Como controlador automático de velocidade; chave presencial; partida por botão; sistema stop/start com botão para desligar e câmera de ré. Sensores de estacionamento traseiros; trio elétrico; ar-condicionado, computador de bordo e central multimídia que espelha smartphones, e com duas tomadas USB para quem vai atrás, também fazem parte. E vem ainda com WiFi nativo e OnStar. Porém, de graça só por três meses.

Por fora, apesar de ser mais simples que as versões mais caras, até me agrada mais. Tanto na frente como atrás, os para-choque são todos pretos; não tem o friso cromado na base das janelas; a luz de seta lateral fica no para-lama; e as rodas em liga são de aro 16 polegadas, com pneus de perfil um pouco mais alto, que o deixam com um aspecto mais robusto.

Aqui dentro a simplicidade também se faz presente. Pra variar tem uma profusão de plástico duro. Mas quebrando um pouco a sensação simplória do material, o painel tem revestimento na parte central com o mesmo material mais macio dos apoios de braço. Já o volante, o freio de mão e a alavanca de seleção são de material emborrachado. O tom preto é quebrado pelo teto claro, alguns detalhes pintados em alumínio e o revestimento dos bancos em tecido. Mas pode-se dizer que, de uma maneira geral, agrada. Bem como o espaço. Leva cinco adultos e atrás quem vai ao meio não sofre tanto com o túnel do assoalho e ressaltos no banco que são baixos. E o assento maior, encosto mais reclinado e posição mais alta do que na frente, também ajudam no conforto. Como nos bancos dianteiros confortáveis e que seguram bem o corpo em curvas.

A posição de dirigir, auxiliada pela direção regulável em altura e profundidade, é boa. E o porta-malas, com 393 litros, é bem razoável. Interessante é a base com dois níveis. Um que deixa o assoalho plano com o encosto dos bancos rebatidos. Outro mais baixo que amplia a área de carga.

Em segurança faz a lição de casa com seis airbags; ABS; Isofix; cintos de três pontos e apoios pra todos; controles de tração, estabilidade e auxiliar de partida em rampa. Porém, pela grana que custa, um sensor de ponto cego pelo menos seria bem vindo.

Mas já tá na hora da gente falar da mecânica, né? Vamo lá. Ela é exatamente a mesma do Onix e Onix Plus. Motor 1.0 turbo de três cilindros, que entrega apenas razoáveis 116 cavalos e 16,8 quilos de torque com etanol, e com o mesmo câmbio automático de seis marchas.

Motor 1.0 Turbo – Flex – 12V

                            gasolina          etanol

Potência (cv)          116                  116

Torque (kgfm)        16,3                16,8

Tem trocas suaves, mas poderia ser um pouco mais esperto nas reduções. Pena que não conta com sistema de trocas sequenciais manuais, apenas um seletor de marcha. Mas é um conjunto que, acredite, permite um desempenho bem legal.

Desempenho

                                            gasolina    etanol

0 a 100 km/h (s)                      11,7         11,6

Retomada 80 a 120 km/h (s)    10,3          9,7

Vel. máxima (km/h)                  180          180

Só para ter uma ideia, demora apenas 6 décimos de segundo a mais do que a versão com motor 1.2 turbo para ir de 0 a 100 por hora, tem a mesma velocidade máxima e uma boa retomada de velocidade. Ou seja, um desempenho que não dá pra criticar e que se equipara ao de concorrentes como Nissan Kicks, Jeep Renegade 1.8, Hyundai Creta 1.6 e Honda HR-V, por exemplo. A resposta para isso é o torque máximo que já chega a 2.000 rpm e que também faz com que o Tracker não se importe muito quando está carregado.

Mas no consumo não foi o que eu esperava. É que no nosso circuito de teste, ele fez médias de 8,2 km/l de etanol e 11,7 km/l de gasolina. Ou seja, em torno de 1 km/l de gasolina e 0,7 km/l de etanol a menos do que o Onix Premier que testamos.  E isso é explicável. Ele pesa 110 quilos a mais e tem uma aerodinâmica pior por causa da altura e linhas quadradas. Se por um lado isso piora o consumo porque a mecânica é a mesma, por outro melhora o espaço e conforto interno em relação ao hatch. De qualquer maneira, eu esperava mais.

Porém, no restante se sai bem. Mesmo sem freios a disco nas rodas traseiras, para bem. A direção elétrica tem peso correto para cada situação e é precisa. Roda silencioso mesmo em pisos irregulares graças às rodas aro 16 com pneus de perfil mais alto e a um bom isolamento acústico.

A suspensão, um pouco firme, garante uma boa estabilidade para um SUV e não compromete o conforto. Além disso, como já mencionei, o isolamento acústico é bom, abafando bem o barulho externo e do motor mesmo em altas rotações.

Mas e aí, vale a pena?

Eu diria que sim, afinal acho que esta versão LT 1.0 automática tem uma relação custo/benefício interessante pelo que oferece comparada às outras versões mais caras. E se seu receio é com o desempenho, pode acreditar, o desse SUV compacto é bem coerente para o seu dia-a-dia. Tchau”.  

 

Notas do Emilio

Desempenho           8

Consumo                 7

Segurança               9

Estabilidade            8

Acabamento            7

Espaço interno        8

Porta-malas             7

Custo/benefício      7  

 


Texto e apresentação: Emilio Camanzi

Imagens: Camila Camanzi

Edição: Guilherme Carmo


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Emilio Camanzi

Emilio Camanzi

Emilio Camanzi  é um jornalista experiente e formador de opinião, com mais de 56 anos de trabalho dedicados a área automobilística. Seu trabalho sempre foi norteado pela busca da seriedade e credibilidade da informação. Constrói suas matérias de forma técnica, imparcial e independente, com uma linguagem de fácil compreensão. https://www.instagram.com/emiliocamanzi/ 🙋 PARCERIAS: comercial@carroscomcamanzi.com.br

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