Testamos a Amarok V6 Extreme 2021

Testamos a Amarok V6 Extreme 2021

Emilio Camanzi testou a Volkswagen Amarok V6 Turbodiesel Extreme 2021 em nosso circuito cidade/estrada. O Desempenho é ótimo, mas o custo/benefício…

Assiste o vídeo que você vai entender melhor:

 

 

Informações técnicas da Amarok V6 Extreme:

Ficha Técnica Amarok V6

Lista de equipamentos de série e opcionais

 

“No Brasil, picape média cabine dupla a diesel é carro de luxo para muitos. Para rodar no dia-a-dia e, eventualmente, até pra levar carga. Porém, segundo a Volkswagen o design não é o foco principal dos picapeiros. Por isso a Amarok 2021 ficou com a mesma cara, mas trouxe o motor mais potente do segmento.

Então, ficou curioso? Vamos lá: agora ela tem 258 cavalos. Podendo chegar a 272 com Overboost. Nada mau, né? Mas você quer mais detalhes. Então guenta que daqui a pouco eu conto.

A versão que veio para o teste foi a V6 Extreme, a topo de linha. E a única versão que pode receber o pacote Black Style quando na cor preta, com detalhes que a deixam com um visual ainda mais dark.

De um modo geral ela tem um design mais conservador, sem grandes firulas, mas que me agrada.

Na frente ostenta o forte DNA da marca que não deixa dúvida que é um Volkswagen e faz todos os modelos da fábrica alemã muito parecidos. Faróis bi-xênon e com luz de condução diurna em LED e de neblina, com luz de conversão estática, rodas de aro 20 polegadas e santantônio esportivo exclusivos desta versão, completam o ar parrudo. No restante linhas mais retas nas laterais e traseira, caracterizam a Amarok.

E aqui no interior também é conservadora, bem ao estilo alemão. Um arranjo que eu gosto. E a primeira impressão ao abrir a porta desta versão, é a de requinte. Materiais de qualidade; arremates bem feitos; bancos, volante, alavancas do freio de mão e do câmbio revestidas parcialmente em couro; bancos dianteiros elétricos; apoios de braço no console e nas quatro portas em material macio ao toque; ar-condicionado automático de duas zonas; central multimídia com espelhamento de celular e GPS; sensores crepuscular e de chuva; câmera de ré; sensores de estacionamento dianteiros e traseiros; e até porta-óculos no teto.

Mas como eu disse, é só a primeira impressão. Olhe. Tem alça para ajudar a subir em todas as portas, menos na do motorista; a tela do multimídia é muito pequena; não tem saída de ar-condicionado para quem vai atrás nem tomadas USB; como eu disse, os materiais são de boa qualidade e agradam aos olhos, mas o painel e as laterais das portas são de plástico duro; e, pra arrematar, a capota marítima é opcional.

Dona Volkswagen, vamos combinar, para um carro que custa mais de 256 mil reais, isso é mesquinharia. E não é padrão de luxo alemão, né?

Apesar do bom tamanho da cabine, no espaço interno se sai bem apenas para quatro adultos. É que quem vai ao meio no banco traseiro, além do túnel tem o porta-copos fixado no assoalho. Ou seja, quem sentar alí não tem aonde colocar os pés e fica de pernas abertas atrapalhando quem vai ao lado… Quer dizer, alí só vai bem uma criança e pequena. Já o tamanho da caçamba e a capacidade de carga, são as maiores do segmento.

E, entre as picapes médias, é a única com freios a disco nas quatro rodas. O que é bom, mas não faz ela chamar atenção em segurança.

Tá, os freios param bem a grandalhona em qualquer condição. Porém a Extreme tem apenas quatro airbags e controles de tração e estabilidade, enquanto que algumas concorrentes, inclusive mais baratas, tem 6 e até 7 airbags; controle de velocidade de cruzeiro adaptativo; frenagem autônoma; e alerta de mudança de faixa, entre outros, tudo de série.

De novo, em um carro desse valor, não poderiam faltar esses itens, não é?

Agora chegou a vez da mecânica. E a cereja do bolo na Amarok 2021 é o motor. Continua o V6 3.0 TDI turbodiesel, já conhecido. Só que a central eletrônica foi recalibrada, e passou de 225 para 258 cavalos de potência, 15% a mais. E o torque de 56,1 para 59,1 quilos, ou seja, mais 5%.

E ainda tem mais! Entre 50 e 120 km/h, ao pisar fundo no acelerador, entra em ação a função Overboost e, durante 10 segundos, o motor ganha mais 14 cavalos, totalizando 272. Além disso o torque máximo de 59,1 quilos, também permanece por mais 500 rotações além do limite. E o recurso está disponível outra vez depois de 5 segundos. O resultado disso? Uma grandalhona de 2.134 quilos com um 0 a 100 de dar inveja a muito esportivo. Olha aí?

Desempenho

0 a 100 km/h                          7,4 s

Retomada 80 a 120 km/h       5,1 s

Vel. máxima                  190 km/h (corte eletrônico)

 

Sem falar das rápidas retomadas de velocidade, o que permite ultrapassagens com mais segurança. Principalmente com ela carregada.

Aliás, por falar nisso, andei com ela carregando mais de 800 quilos. E a impressão é que ela não dá muita bola pra peso.

No consumo também se saiu bem, chegando à média de 9,5 km/l de diesel em nosso circuito. Quem administra essa potência e consumo, é o câmbio automático de 8 marchas. Com engates suaves, tem ainda a possibilidade de trocas sequenciais na alavanca e aletas no volante. Faz conjunto com a transmissão 4Matic que, com um diferencial central, mantém a tração nas quatro rodas permanente e distribui o torque a cada uma de acordo com a necessidade.

O câmbio tem ainda uma primeira marcha bem curta, o que, aliado à potência e torque do motor, elimina a necessidade de uma reduzida para um off-road mais severo. Aliás, pra isso, tem bons ângulos de entrada, saída e altura livre do solo para uma picape.

Ângulo de entrada:    30º

Ângulo de saída:        22º

Altura livre do solo:   24 cm

 

Conta ainda com controle automático de descida, ABS off-road e bloqueio eletrônico do diferencial traseiro.

E rodando agrada bastante. É silenciosa mesmo em pisos irregulares e o motor, praticamente sem vibrações, não incomoda andando normalmente. Claro que vazia, quando o chão não é liso, pula como toda camionete. Mas pode-se dizer que é das melhores nesse quesito. Na estabilidade, graças às rodas de 20 polegadas com pneus de perfil mais baixo e tração permanente nas quatro rodas, se sai bem. Mas a altura não recomenda excessos. E a direção hidráulica poderia ser mais leve em manobras.

Enfim, pelo que custa a Amarok V6 Extreme, deixa a desejar pela falta de alguns detalhes de acabamento e, quando comparada a algumas picapes médias mais baratas, a ausência de alguns itens de segurança de série.

Agora quando o assunto é potência e desempenho, no segmento de picapes médias, por enquanto não tem pra ninguém. Tchau”.

Preço Amarok V6 Extreme

R$ 256.390 (Dezembro 2021)
R$ 261.520 (Janeiro 2021)

 

Notas do Emilio

Desempenho              9

Consumo                 8

Segurança               8

Estabilidade            8

Acabamento              8

Espaço interno          7

Caçamba                 9

Custo/Benefício         5

 

 


Texto e apresentação: Emilio Camanzi

Imagens: Camila Camanzi

Edição: Guilherme Carmo


 

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Emilio Camanzi

Emilio Camanzi

Emilio Camanzi  é um jornalista experiente e formador de opinião, com mais de 56 anos de trabalho dedicados a área automobilística. Seu trabalho sempre foi norteado pela busca da seriedade e credibilidade da informação. Constrói suas matérias de forma técnica, imparcial e independente, com uma linguagem de fácil compreensão. https://www.instagram.com/emiliocamanzi/ 🙋 PARCERIAS: comercial@carroscomcamanzi.com.br