Programa de carros mais baratos chega ao fim com 125 mil unidades vendidas
Governo informa já ter liberado todos os R$ 650 milhões para o programa de carros mais baratos. Incentivos para ônibus e caminhões ainda estão ativos
O programa de carros sustentáveis mais baratos, iniciado há um mês, encerrou nesta sexta-feira (7/7), informou o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin. O governo informa que houve a liberação total dos recursos disponibilizados às montadoras, na forma de créditos tributários convertidos em descontos ao consumidor.
O programa teve como objetivo facilitar o acesso da população a carros zero e impulsionar a cadeia automotiva, que emprega 1,2 milhão de pessoas. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC), estima-se que 125 mil unidades tenham sido vendidas com descontos. Destes, cerca de 95 mil foram para pessoas físicas.
Por conta da MP dos incentivos, aconteceu um recorde histórico. As concessionárias registraram 27 mil unidades em um único dia, o maior número da história da indústria automobilística.
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Ao todo, foram liberados R$ 650 milhões dos R$ 800 milhões disponíveis. Os R$ 150 milhões restantes serão utilizados para compensar a perda de arrecadação de impostos causada pelos descontos no preço final, conforme determinado pela MP que instituiu o programa.
Alckmin reafirmou que o programa teve caráter emergencial e de curto prazo. Segundo ele, serão necessárias outras medidas estruturantes para aumentar a produtividade e a competitividade da indústria, como a redução da taxa de juros e a aprovação da Reforma Tributária.
O mês de junho foi marcado por recordes de vendas, com 190 mil unidades emplacadas, um aumento de cerca de 15% em relação ao mesmo período do ano passado e a maio deste ano. Alguns modelos tiveram um aumento expressivo nas vendas, chegando a 236% em determinados casos.
Os créditos por montadora, com base nos pedidos e relatórios entregues ao MDIC, foram distribuídos da seguinte forma: Stellantis (R$ 280 milhões) , Volkswagen (R$ 100 milhões), Renault (R$ 90 milhões), Hyundai (R$ 80 milhões), GM, Nissan e Toyota (R$ 20 milhões cada), e Honda (R$ 10 milhões). Maior detentor dos incentivos, o grupo Stellantis teve a seguinte divisão: R$ 280 milhões para veículos da antiga FCA Fiat Chrysler e R$ 50 mi da antiga PSA.
O programa estabeleceu faixas de descontos com base em critérios como menor preço, eficiência energética e conteúdo nacional. Carros até R$ 120 mil puderam receber descontos de R$ 2 mil a R$ 8 mil, mas houve casos de reduções ainda maiores, chegando a 14%, 16% e até 21%. O programa para veículos pesados, como caminhões e ônibus, continua em andamento. Até o momento, foram requisitados R$ 100 milhões para caminhões e R$ 140 milhões para ônibus.
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