Nissan Kicks, finalmente brasileiro

Nissan Kicks, finalmente brasileiro

Depois de ter sido lançado mundialmente durante os Jogos Rio 2016 e de ser vendido primeiro no mercado brasileiro vindo do México, finalmente o Nissan Kicks passa a ser fabricado no Brasil. Mas, qual a vantagem disso? Agora o SUV compacto que só era disponível em duas versões, passou a contar com uma nova versão de entrada mais barata, que pode ser equipada com um câmbio manual de cinco marchas, que não era disponível na linha, ou o já conhecido X-Tronic CVT.

Com a introdução da nova versão, os preços agora começam em R$ 70.500 do Kicks S e chegam aos R$ 94.900 do SL. Em relação aos que vinham do México houve um aumento de R$ 1.400 no SL e o intermediário SV ficou R$ 1.600 mais barato. A versão de entrada já vem razoavelmente bem equipada. Além dos itens obrigatórios por lei, como freios com ABS e airbags frontais, vem com ar-condicionado; alarme; sistema Isofix de fixação de cadeiras infantis; cintos de segurança de três pontos para todos os cinco passageiros; rádio com tomada USB e viva voz para telefones celulares; trio elétrico; coluna de direção com ajustes de altura e profundidade; direção com assistência elétrica e com comandos do computador de bordo, telefone e rádio no volante. Opcionalmente, também pode ser equipada com o Pack Safety, que custa R$ 1.200, e que reúne os importantes controles eletrônicos de estabilidade e tração e o auxiliar de partida em rampa.

A nacionalização trouxe, ainda, para o segmento um inédito alerta de colisão e assistente de frenagem, itens opcionais somente para a versão topo de linha SL. A novidade se junta aos equipamentos já existentes para o Kicks, como a Visão 360º com Sistema Inteligente de Câmeras, o Monitoramento Inteligente de Pontos Cegos (Moving Object Detection), o Controle Inteligente de Chassi (Chassi Control), que reúne o Controle Inteligente em Curvas (Active Trace Control), o Estabilizador Inteligente de Carroceria (Active Ride Control) e o Controle Inteligente de Freio Motor (Active Engine Brake), que atuam na suspensão, freios e também na estabilidade. Um sistema multimídia mais avançado chamado “Nissan MultiApp” e uma maior oferta de cores da carroceria completam as novidades.

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Como a Nissan faz parte do grupo Renault, a mecânica é compartilhada. Só que o Kicks continua oferecendo apenas o motor (o 1.6), que também é usado pelo Renault Captur, porém com uma potência menor. São 114 cavalos, tanto com gasolina quanto com etanol, ante os 118 com gasolina e 120 com etanol do modelo da fábrica francesa. O câmbio também é igual, agora manual de cinco marchas na versão S, ou o automático X-Tronic tipo CVT, de variação contínua, com opção Sport e 6 posições pré-definidas como se fossem marchas, para todas as versões. Segundo a engenharia da Nissan, como o Kicks é mais leve, foi feita uma calibragem diferente da central eletrônica, visando uma maior economia e suavidade de funcionamento, sem prejudicar o desempenho.

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Durante o lançamento, foi possível fazer um test-drive com todas as versões. Nas equipadas com o câmbio CVT o resultado era o esperado, já que não houve modificações mecânicas. O desempenho continua bom quando se usa o Kicks em baixas velocidades, como rodando na cidade. Mas, na estada se sente a falta de um pouco mais de potência para obter melhores retomadas de velocidade, especialmente quando está carregado.

Claro que a curiosidade maior era na versão com câmbio manual. De fato, logo ao arrancar, sente-se que o Kicks responde melhor ao acelerador com arrancadas mais fortes, aproveitando melhor a chamada relação peso/potência. O Kicks manual pesa apenas 1.109 quilos e, segundo a Nissan, ele ganhou 1 segundo na aceleração de 0 a 100 por hora em relação às versões com câmbio CVT. A explicação é simples: como todo câmbio automático, o CVT também rouba potência, o que acaba prejudicando o desempenho e o consumo.

Em um circuito com boas retas e, também, curvas de alta e baixa velocidade, deu para perceber que as retomadas de velocidade são melhores, o que contribui para uma maior segurança em ultrapassagens, por exemplo. Logicamente, não deu para fazer medições de consumo, mas, com certeza, deverá ser melhor. Outra coisa boa que deu para perceber, foram os engates do câmbio que se mostraram precisos e suaves ao mesmo tempo, o que contribui para uma melhor dirigibilidade.

Preços:

Kicks S 1.6 manual            R$ 70.500

Kicks S 1.6 CVT                  R$ 79.200

Kicks SV 1.6 CVT               R$ 85.600

Kicks SL 1.6 CVT                R$ 94.900

 

Para ver a Ficha Técnica e Lista de Equipamentos, clique aqui:

Ficha técnica e Lista de Equipamentos – Nissan Kicks 2018

 

Fotos: divulgação montadora

 

De Rezende, RJ – o jornalista viajou a convite da Nissan

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Emilio Camanzi

Emilio Camanzi

Emilio Camanzi  é um jornalista experiente e formador de opinião, com mais de 56 anos de trabalho dedicados a área automobilística. Seu trabalho sempre foi norteado pela busca da seriedade e credibilidade da informação. Constrói suas matérias de forma técnica, imparcial e independente, com uma linguagem de fácil compreensão. https://www.instagram.com/emiliocamanzi/ 🙋 PARCERIAS: comercial@carroscomcamanzi.com.br

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