G63 AMG: o jipão do milhão

G63 AMG: o jipão do milhão

A Mercedes-Benz acaba de lançar no Brasil o G63 AMG. Trata-se da versão nervosa do grandalhão Classe G, que tem status de ser um dos modelos mais caros da marca alemã, capaz de rivalizar com o suntuoso Classe S, na maioria dos mercados. Por aqui não é diferente e o gigante se apresenta por platônicos R$ 1.049.900, em sua opção padrão. Caso o comprador decida pela Edition 1, que dá mais um banho de loja no jipão, a conta sobe para R$ 1.179.900. Pessoalmente, se fosse eu quem tivesse que assinar o cheque, eu já arredondaria para R$ 1,050 milhão ou R$ 1,180 milhão, afinal o que são R$ 100 diante dessa fanfarra de zeros.

O novo Classe G chega para fazer companhia ao Land Rover Range Rover Vogue SV Autobiography, que também beira os R$ 1.1 milhão. Mas o que esse carro tem para custar R$ 1 milhão? Lastro! E não é lastro de peso, é um lastro de valor agregado, pois o Classe G tem um público fiel, xeques do petróleo, astros do esporte e artistas badalados. Ou seja, gente com muita grana. A Mercedes faz o seu papel, vende o que essa turma quer comprar. Afinal, pagando bem, que mal tem? E eles compram numa boa, afinal orbitam num plano financeiro bem mais alto que a maioria dos seres humanos.

No entanto, é preciso reconhecer que o G63 AMG é um veículo notável, apesar de seu visual ser praticamente o mesmo de quando foi lançado em 1978. Seu motor V8 biturbo 4.0 de 585 cv e 86,7 mkgf de torque é um dos mais potentes atualmente na linha da marca da Estrela das Três Pontas, só fica abaixo do imenso V12 biturbo 6.0 de 630 cv e 100 mkgf do S65 AMG.

O V8 do G63 vem acoplado a uma transmissão automática de nove marchas e ele ainda desfruta de tração 4×4, com direito a reduzida. Se não bastasse, o grandalhão ainda conta com suspensão a ar com controle eletrônico, seletor de tipo de terreno e demais recursos que não podem faltar num utilitário do século 21. Por dentro, ele oferece acabamento de luxo, revestimento em couro em praticamente todos os cantos do carro e tapeçaria de alto padrão. Diante do painel, ele também exibe a imensa tela dupla de 12,3 polegadas que se esparrama quase que de ponta a ponta e permite a exibição de diversos parâmetros de condução, navegação entretenimento e recursos do modelo. Se tudo isso não é suficiente para justificar o cheque de sete dígitos, ainda vale lembrar que o modelo tem rodas aro 22 e faróis de LED com tecnologia Multibeam. Mesmo assim, é dinheiro que não acaba.

O único argumento irrefutável para fazer jus a esse preço é o fato de ele oferecer toda o refinamento de uma limusine, seja no meio do deserto do Saara, na altitude do Atacama, em algum ponto do Círculo Polar Ártico ou num alagamento das metrópoles brasileiras. Então corre porque o período das chuvas já está batendo à porta.

E vida que segue!

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Marcelo Iglesias Ramos é Jornalista e Designer Gráfico.

Está na área desde 2003, atualmente é o editor do caderno HD Auto, do jornal Hoje em Dia, de Belo Horizonte. Figura presente em todos os lançamentos, salões do automóvel e eventos da indústria automobilística. Para relaxar, tem como hobby escrever para seu blog de games, o “GameCoin” (www.gamecoin.com.br).

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Emilio Camanzi

Emilio Camanzi

Emilio Camanzi  é um jornalista experiente e formador de opinião, com mais de 56 anos de trabalho dedicados a área automobilística. Seu trabalho sempre foi norteado pela busca da seriedade e credibilidade da informação. Constrói suas matérias de forma técnica, imparcial e independente, com uma linguagem de fácil compreensão. https://www.instagram.com/emiliocamanzi/ 🙋 PARCERIAS: comercial@carroscomcamanzi.com.br

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