Governador de Minas critica mercado de carro elétrico, que poderia prejudicar economia Brasil. ‘Envolve nós destruirmos aqui milhões de empregos’, afirma Zema
O governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), manifestou preocupações sobre o impacto dos carros elétricos na economia e no emprego no Brasil. Em discurso no evento de criação do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud) em São Paulo, o político mineiro subiu o tom e disse que carros elétricos podem acabar com vagas de trabalho no país. O Consud reúne governadores de oposição ao governo federal.
Zema disse que a transição para carros elétricos depende de baterias que são em grande parte importadas, já que poucos países as produzem. Isso, segundo o governador, poderia afetar negativamente a cadeia produtiva atual.
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“Nós temos que lembrar: o carro elétrico é uma ameaça aos nossos empregos aqui. A transição para o carro elétrico envolve a importação de baterias, que pouquíssimos países produzem”. O governador mineiro ainda acrescentou:
“Envolve nós destruirmos aqui milhões de empregos de uma cadeia produtiva que não vai ter mais sentido, peças de motor à combustão, escapamentos, uma série de itens não são utilizados no carro elétrico. Vai significar a migração de empregos, sem considerar em posto de gasolina, em concessionárias.”
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No mesmo discurso no Consud, Zema lembrou que Minas Gerais possui reservas de terras raras e que o estado recebeu protocolo de intenção de investimento na ordem de R$ 750 milhões em “lítio verde” com a empresa americana Atlas.
Além disso, empresas como a australiana Latin Resources e a canadense Lithin Ionic também estão se estabelecendo na região, devido à abundância do mineral de lítio, que é crucial na fabricação de baterias para veículos elétricos.
Essa iniciativa pode posicionar o Brasil como um importante fornecedor de matérias-primas para a crescente indústria de carros elétricos, o que torna a fala do governador ambígua. O cenário é de rápido crescimento no mercado, com estimativas sugerindo que as vendas de veículos elétricos poderão chegar a 40 a 50 milhões de unidades por ano até 2030.
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