VW paralisa fábrica do Polo Track por falta de chips

VW paralisa fábrica do Polo Track por falta de chips

Falta de semicondutores paralisa fábrica da Volkswagen em Taubaté. Sucessor do Gol, Polo Track utiliza mais chips

Substituto do Gol, o Polo Track tem sido vendido pela Volkswagen como opção mais moderna e tecnológica para carro de entrada na marca. Por exemplo, possui quatro airbags contra dois e vários outros sistemas inexistentes no Gol, que era um projeto antigo. Mas justamente essa tecnologia a mais que provoca um problema até então inexistente para o veterano.

É que a Volkswagen confirmou a paralisação as atividades em sua fábrica de Taubaté (SP), até então a única unidade da empresa no Brasil que ainda não havia anunciado a parada devido à escassez de semicondutores em 2023. Projeto antigo e com menos chips, o Gol não teria causado tal dor de cabeça para a montadora alemã….

A informação foi divulgada pela revista Auto Data e confirmada pela marca. Cerca de 2 mil trabalhadores do chão de fábrica terão férias coletivas de 27 de março a 5 de abril. A empresa justificou que a decisão foi tomada não apenas devido à instabilidade na cadeia de fornecimento de componentes, mas também devido à necessidade de manutenção na linha de produção.

Diz a Volks que a paralisação da fábrica do Polo Track através de férias coletivas faz parte do acordo coletivo com o Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região e seus trabalhadores. Confira a nota oficial:

A Volkswagen do Brasil confirma a adoção de 10 dias de férias coletivas na fábrica de Taubaté, a partir de 27 de março de 2023, para manutenção na linha de produção da unidade e também em razão da instabilidade na cadeia de fornecimento de componentes. A ferramenta faz parte do pacote de flexibilidade previsto em Acordo Coletivo com o Sindicato e trabalhadores da Volkswagen.

A fábrica da Volkswagen de Taubaté é responsável pela produção do Polo Track, uma versão simplificada do Polo 2023 projetada para substituir o Gol no portfólio da montadora. O hatch saiu de linha após 42 anos de produção.

A crise dos semicondutores volta a afetar a indústria automotiva em todo o mundo e a Volkswagen não foi a única a sofrer com isso. Em fevereiro, a empresa concedeu férias coletivas a funcionários de três das suas quatro fábricas no Brasil, incluindo as unidades de São Bernardo do Campo (SP), São José dos Pinhais (PR) e São Carlos (SP). A suspensão da produção durou dez dias.

No mesmo 27 de março que a Volks paralisa Taubaté, a GM também concederá férias coletivas a 80% de seus 4 mil funcionários em São José dos Campos, SP. A fábrica produz S10 e Trailblazer, motores e transmissões.

A parada, no entanto, será para readequar a produção devido à queda nas vendas, e não devido à falta de semicondutores. A interrupção será até 13 de abril. No início do mês, houve trinta demissões na unidade, seguindo o anúncio global de reestruturação que visa a cortes de US$ 2 bilhões nos próximos dois anos.

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Thiago Ventura

Com 15 anos de experiência na imprensa e dedicado ao jornalismo automotivo desde 2011, Thiago Ventura tem passagens pelo portal Vrum, Portal Uai, jornal Estado de Minas, TV Alterosa e DomTotal, além de colaborações com o jornal O Tempo, Autos Segredos e rádio Gospa Mira. Em 2016 fundou o Carro Esporte Clube, canal de notícias multiplafatorma com portal e redes sociais. 🙋 PARCERIAS: comercial@carroscomcamanzi.com.br