Versa: o patinho feio virou cisne

Versa: o patinho feio virou cisne

O segmento de sedãs tem uma peculiaridade: aumentar de tamanho, refinamento e preço com o passar dos anos. O Passat, por exemplo, deixou de ser um médio para assumir uma posição de médio grande ou executivo, assim como Série 3, Classe C e A4, que ganharam irmãos menores para ocupar suas antigas cadeiras.
E os médios atuais, como Civic, Jetta e Cruze, foram recheados de conteúdos que elevaram seus valores substancialmente, aumentado a distância com os sedãs de entrada. E nesse buraco foi surgindo uma nova geração de compactos como City, Virtus, Yaris e Cronos, que oferecem mais espaço e conteúdos, mas sem o mesmo garbo dos irmãos maiores.
Na Nissan a fresta entre o Versa e Sentra será preenchida pela nova geração do sedã, que acaba de ser apresentada nos Estados Unidos. Por aqui, o modelo deverá estrear em 2020, vindo do México. A marca não confirma, mas também não nega sua vinda. No momento, o foco está voltado para o lançamento do elétrico Leaf. 
Mas, se tratando de um dos principais produtos da marca, é certo que chegue por aqui e que não aposentará a atual geração, que continuará sendo fabricada em Resende (RJ). Certamente, deverá ser rebatizada, ao melhor estilo “Versa Classic” ou coisa do tipo.

Regra de três

O novo Versa se destaca por três fatores interessantes: design, motorização e pacote de tecnologias. O sedã adotou um estilo que segue o padrão visual iniciado pela atual geração do March (lá fora). Trata-se de um desenho atraente, bem diferente do sedã fluminense. 
Sob o capô, ele também evoluiu. Nos Estados Unidos, o motor 1.6 16V teve sua potência elevada de 110 cv para 124 cv. Além disso, ele terá opção híbrida. Para o mercado brasileiro, a opção com módulo elétrico deverá ficar para um segundo momento. Como o atual, ele oferece duas opções de transmissão: CVT ou manual de cinco marchas.

Por dentro

Um dos trunfos do Versa é seu espaço interno generoso. A nova geração também prevê uma boa “metragem”, apesar da marca não dar detalhes. Por outro lado, o carro melhorou na qualidade de acabamento, que segue o mesmo padrão do Kicks. Apliques em couro no painel, nas portas e nos bancos contrastam com a atual geração.
Já o pacote Safety Shield 360 conta com tecnologias como: controle de cruzeiro adaptativo (ACC); frenagem emergencial autônoma, inclusive em manobras de ré; monitor de faixa, de cruzamento e de ponto cego. Ficção para o Versa brasileiro.




Marcelo Jabulas é Jornalista e Designer Gráfico.

Está na área desde 2003, atualmente é o editor do caderno HD Auto, do jornal Hoje em Dia, de Belo Horizonte. Figura presente em todos os lançamentos, salões do automóvel e eventos da indústria automobilística.
https://www.youtube.com/garagemdojabulas



DEIXE SEU COMENTÁRIO
Emilio Camanzi

Emilio Camanzi

Emilio Camanzi  é um jornalista experiente e formador de opinião, com mais de 56 anos de trabalho dedicados a área automobilística. Seu trabalho sempre foi norteado pela busca da seriedade e credibilidade da informação. Constrói suas matérias de forma técnica, imparcial e independente, com uma linguagem de fácil compreensão. https://www.instagram.com/emiliocamanzi/ 🙋 PARCERIAS: comercial@carroscomcamanzi.com.br

4 thoughts on “Versa: o patinho feio virou cisne

  1. O Versa atual brasileiro, tem 1,47 cm a menos de largura no banco traseiro que o Sandero atual. E deixei de comprar um, porque acho feia a caída do teto olhando lateralmente para a traseira do carro. Parece uma adaptação. Mas esse novo, pelo menos pelas fotos, me parece harmonioso. Gostaria de experimentar e talvez comprar um.

Deixe seu comentário. Sua opinião é muito importante pra nós!:

%d blogueiros gostam disto: