TESTE Tracker RS 1.2 Turbo 2024

TESTE Tracker RS 1.2 Turbo 2024

Moda é moda e os SUVs estão aí pra confirmar isso. Todo mundo quer um e as fábricas, que não são bobas, oferecem opções para todos os gostos. Um exemplo é a GM, que agora tem também o Chevrolet Tracker RS, versão com pegada esportiva, já no modelo 2024. Ficamos com um durante uma semana pra ver qual é a dele. Ficou curioso também? Então, vem comigo.

Quando se fala em versão esportiva de algum veículo, o que se espera é que, além do visual, o desempenho também seja diferenciado. Mas, como em outros modelos da Chevrolet, não é o que acontece com as versões RS. Pelo menos o Tracker RS vem com o motor 1.2 turbo, o mais forte da linha.

A carroceria é exatamente igual a todas as outras versões. Difere apenas em detalhes, como grade esportiva estilo colmeia; gravata Chevrolet, nome do carro, retrovisores, maçanetas e rodas aro 17 polegadas em preto; logo RS na frente e atrás; faróis Full LED com máscara negra e lanternas em LED. Um visual que ficou discreto e de bom gosto.

Internamente o tom discreto foi maior ainda. Tem costuras vermelhas nos revestimentos em preto dos bancos; na faixa central do painel; no volante com base reta; e nos painéis de portas. E só. E no quesito mimos também é comedido. Tem apenas teto solar panorâmico; sensor crepuscular; chave presencial; e partida por botão.

 

Preço Tracker RS:  R$ 160.590 (julho 2023)

Mas para um carro que custa mais de 160 mil, faltam algumas coisinhas… O ar-condicionado podia ser automático com saídas atrás; ter sensor de chuva; e já que a multimidia agora conecta celular sem cabo, um carregador por indução. O espaço interno é bom, leva cinco adultos. Mas, atrás, quem vai ao meio tem o desconforto do ressalto no assento e encosto. E o porta-malas, com dois níveis, tem até bons 393 litros de capacidade.

 

Segurança

Pelo menos em segurança se sai bem.  Além dos seis airbags; Isofix;  controles de tração e estabilidade; conta com dois auxiliares que eu considero os mais importantes: alerta de ponto cego e alerta de colisão frontal com frenagem autônoma de emergência.

 

Motor 1.2 Turbo – Flex – 12V

                               gasolina     etanol

Potência (cv)             132           133

Torque (kgfm)          19,4          21,4

Pena que o motor é o mesmo 1.2 turbo da versão Premier. Não que seja ruim. Ao contrário, mas por se tratar de uma versão esportiva, poderia ter um pouco de pimenta para diferenciar o desempenho. Ou seja, ter um modo de condução Sport, como acontece com o Pulse Abarth. Assim, apesar dos até 133 cavalos e 21,4 quilogramas força metro do 1.2 turbo permitirem um desempenho razoável para a versão Premier, como ele é igual nesta versão RS, o 0 a 100 em 11 segundos e a máxima de 180 km/h com etanol, são insuficientes em um carro que se diz esportivo.

 

Desempenho

                                  gasolina      etanol

0 a 100 km/h (s)              11,1        11,0

80 a 120 km/h (s)              8,6          8,4

Vel. máxima (km/h)        180          180

 

O câmbio automático de seis marchas também é igual. Com trocas suaves e rápidas, principalmente nas reduções, não deixa a peteca cair. Mas tem um pênalti. Ele até permite trocas sequenciais, porém apenas por meio de um botãozinho na alavanca de seleção e só quando colocada no modo “L”. Merecia borboletas atrás do volante e que fossem ativas também em Drive.

Uma notícia boa é o consumo. Por compartilharem a mesma mecânica, o consumo ficou quase igual ao Premier que testamos em nosso mesmo circuito cidade/estrada. A pequena diferença a mais no RS se deve ao fato de que a GM eliminou o stop/start. De qualquer modo, como você pode comparar na legenda, continua bom, com médias de 8,1 km/l de etanol e 11,6 km/l de gasolina.

 

Consumo médio km/l (nosso circuito cidade estrada)

                    Premier       RS

Etanol           8,5               8,1

Gasolina     12,1              11,6

 

No mais, novamente tudo igual ao Premier. Apesar de ter discos só na frente, os freios atuam bem; a direção elétrica tem o peso correto para cada situação e se comunica bem com o solo; e o isolamento acústico é bom. A suspensão, por sua vez, tende a privilegiar a estabilidade que, diga-se de passagem, é boa para um SUV. Absorve bem as irregularidades. Porém, por causa das rodas de aro 17 com pneus de perfil baixo, nem sempre consegue evitar a transferência de barulhos ao interior.

  

Rodas:  17” x 7”

Pneus:  215/55 R17

 

Mas de uma maneira geral é agradável ao rodar e dirigir.

E aí, vale a pena? Segundo a GM, as versões RS são para quem quer apenas uma aparência esportiva e não com um maior desempenho. Eu particularmente não concordo. Acho que as duas coisas devem estar juntas.

Por isso, como as duas versões tem o mesmo desempenho e consumo, eu colocaria mais 3 mil reais e compraria a versão Premier, que tem uns mimos a mais.

 

Tracker RS             R$ 160.590

Tracker Premier   R$ 163.490

(agosto 2023)

 

Como por exemplo carregador por indução, ar-condicionado digital e o Easy Park, que estaciona o carro sozinho. Detalhes que fazem a diferença. Mas gosto é gosto, né? Um abraço e até a próxima.

 

Notas do Emilio

 

Desempenho           6

Consumo                  8

Segurança                9

Estabilidade            8

Acabamento            8

Espaço interno       8

Porta-malas            7

Custo/Benefício     6

 

 

Ficha Técnica e Lista de Equipamentos do Tracker RS:

– Ficha tecnica Tracker RS 2024

– Lista de equipamentos e Preços Tracker – agosto 2023

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Emilio Camanzi

Emilio Camanzi

Emilio Camanzi  é um jornalista experiente e formador de opinião, com mais de 56 anos de trabalho dedicados a área automobilística. Seu trabalho sempre foi norteado pela busca da seriedade e credibilidade da informação. Constrói suas matérias de forma técnica, imparcial e independente, com uma linguagem de fácil compreensão. https://www.instagram.com/emiliocamanzi/ 🙋 PARCERIAS: comercial@carroscomcamanzi.com.br