Teste Honda Civic Si

Teste Honda Civic Si

Teste Honda Civic Si com Camanzi

Pra quem curte automóvel e curte pilotar como eu, são as versões esportivas que tocam o coração, não é? Mas vamos esclarecer uma coisa: não aquelas que só tem a casca esportiva. É preciso que também sejam mais raiz na mecânica, como este Honda Civic Si. Ele já é um ícone da marca e o sonho de muitos. Claro que sempre tem alguém que vai achar algum problema nele. Eu, por exemplo, vou apontar alguns. Mas vou confessar, ele sempre me agradou.  

Si

Pra começar, vou contar o que significa a sigla Si: Sport Injected. Traduzindo, algo como injeção de esportividade. E isso, como você vai ver mais pra frente, este Civic Si tem de sobra. Este é o modelo 2020. Só recebeu pequenas alterações pontuais, mas que o deixaram melhor.      

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Vamos começar pelo visual, que continua do tipo “olha eu aqui” e traduz do que ele é capaz. Com estilo cupê e apenas duas portas, tem na agressividade da dianteira e no imenso aerofólio traseiro, os destaques. A frente ganhou faróis de neblina em LED com novas molduras em preto brilhante e uma barra transversal na cor da carroceria. Detalhe que, junto com as novas rodas em preto fosco, o deixaram com um aspecto ainda mais invocado. Na traseira, nada. O grande e vistoso aerofólio e o escapamento central continuam sendo o destaque.  

Interior do Civic Si

E, se por fora foi modesto nas novidades, por dentro repetiu a dose. Foram apenas novos apliques em vermelho no painel e nas faixas dos bancos esportivos em formato de concha. Que, diga-se de passagem, são confortáveis e seguram muito bem o corpo em curvas. Ganhou também sensor de chuva e carregador de celular por indução. No restante continua com o bom acabamento que se espera de um carro dessa categoria. Ar-condicionado digital bi-zona; teto solar; central multimídia com Android Auto e Apple CarPlay; freio de estacionamento elétrico; faróis full-LED; chave presencial; e sensor crepuscular, fazem parte do pacote.  

Espaço Interno

Mas nem tudo é uma maravilha. Claro que temos que partir da premissa que é um esportivo. Mas o Si exagera em algumas coisas. Apesar do bom espaço na frente, entrar e sair é um pouco difícil por causa da altura da carroceria e das abas dos bancos. Pior é atrás. Apesar das largas portas o espaço pra passar pelo lado do motorista é pequeno. O correto é entrar pelo lado do passageiro, aonde o banco vai pra frente aumentando o espaço. Nos dois casos, o encosto rebate, mas depois é preciso regulá-lo pois não possuem memória de posição. E ainda tem que tomar cuidado para não enroscar o pé no cinto de segurança. Tem lugar prá três, mas só dois se acomodam e apertados. Pelo menos o porta-malas é razoável. O cinto de segurança dianteiro não tem regulagem de altura e, dependendo da estatura da pessoa fica roçando no pescoço, incomodando e tirando um pouco do prazer ao dirigir; tem câmera de ré, mas não tem sensores de estacionamento, o que dificulta estacionar pois a visibilidade para trás é ruim; e, acredite, para mudar as funções do computador de bordo é preciso apertar esse antiquado pininho no quadro de instrumentos. “Caramba dona Honda, estamos falando de um carro que custava 185 mil reais.”  

No quesito Segurança

No quesito segurança, o Si completa os itens obrigatórios por lei, com controles de tração, estabilidade, auxiliar de partida em rampa; seis airbags e o útil LaneWatch, que liga uma câmera no retrovisor direito ao acionar a seta e projeta a imagem no multimídia. Mas poderia oferecer mais, como um alerta de colisão por exemplo.  

Mecânica e Desempenho do Civic Si

A modificação foi pequena, mas eficiente. O motor continua o mesmo competente 1.5 turbo com injeção direta que entrega bons 208 cavalos e 26,5 quilos de torque máximo de 2.100 a 5.000 rotações por minuto. A única modificação está no câmbio manual de seis marchas, que tem engates secos, rápidos e precisos, que recebeu uma relação de diferencial 6% mais curta em relação ao modelo anterior. Detalhe que deu uma melhorada no já bom desempenho do modelo anterior, principalmente nas acelerações e retomadas de velocidade. É um conjunto que incrementa o prazer ao dirigir com aquela boa sensação de sentir nas costas o banco te empurrando pra frente ao acelerar. Por falar nisso, o Si tem dois modos de condução. O normal e o Sport, acionados por um botão no console. Quando ligamos o Sport o quadro de instrumentos ganha umas linhas vermelhas a mais; a precisa direção elétrica fica mais pesada e comunicativa; a resposta ao acelerador é mais rápida; os amortecedores adaptativos ficam mais rígidos; e o ronco do motor é amplificado pelo som, de forma agradável.  

Quadro de Instrumentos

  O quadro de instrumentos passa todas as informações, como num carro de corrida. Digital, mantém um grande contagiros no centro e você pode configura-lo em várias telas. Entre elas ter uma sequência de luzes que indicam a melhor hora de trocar a marcha; ou para visualizar também a pressão do turbo; ou mostrar a força G em acelerações, freadas e curvas; e até um cronometro para marcar as voltas em um Track day, lugar ideal para aproveitar tudo que o Si pode oferecer.  

Consumo do Si

  E quer saber do melhor? Ele também roda devagar numa boa e tem um consumo que surpreende. Em nosso circuito cidade/estrada, chegou a uma média de 13,2 km/l de gasolina. Muito bom, né?  

Freios e Suspensão

  Pra segurar essa vontade toda do Si, conta com eficientes freios a disco nas quatro rodas; pneus de perfil baixo com aros de 18 polegadas por 8 de largura; e uma eficiente suspensão toda independente e tipo multibraços na traseira. Óbvio que privilegia a estabilidade, mas impressiona pelo silêncio ao rodar, mesmo em pisos irregulares. Claro que na posição sport fica mais rígida ainda e compromete o conforto. Mas quem compra um carro como esse tem consciência disso.” Pra melhorar mais o comportamento em curvas, o Si conta com diferencial de deslizamento limitado e sistema de vetorização de torque, que diminuem bastante a tendência a sair de frente no limite, típica dos carros de tração dianteira. Enfim, ao fazer curvas no modo sport, parece que está sobre trilhos. Resumindo: importado do Canadá e vendido em pacote único, o Civic Si ainda precisa de algumas melhorias. Mas continua entregando o que propõe. Ou seja, prazer ao dirigir com uma boa dose de adrenalina e que você ainda pode usar tranquilamente no dia-a-dia. Um belo brinquedo, pena que caro.  

 


 

Notas do Emilio para o Civic Si:

  • Desempenho        9
  • Consumo              8
  • Segurança            9
  • Estabilidade         9
  • Acabamento        8
  • Espaço interno     6
  • Porta-malas          7
  • Custo/benefício   6

 

Ficha Técnica e Lista de Equipamentos:

 


 

Texto e apresentação: Emilio Camanzi

Imagens: Camila Camanzi

Edição: Guilherme Carmo

 


 

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Emilio Camanzi

Emilio Camanzi

Emilio Camanzi  é um jornalista experiente e formador de opinião, com mais de 56 anos de trabalho dedicados a área automobilística. Seu trabalho sempre foi norteado pela busca da seriedade e credibilidade da informação. Constrói suas matérias de forma técnica, imparcial e independente, com uma linguagem de fácil compreensão. https://www.instagram.com/emiliocamanzi/ 🙋 PARCERIAS: comercial@carroscomcamanzi.com.br