Teste do Chevrolet Onix manual 1.0 turbo

Emilio Camanzi testou agora a versão do Chevrolet Onix manual em nosso circuito metade cidade e metade estrada. Já tínhamos testado o Onix com câmbio automático, ambos com motor 1.0 turbo e aí o foco do teste foi em comparar as mecânicas. Qual será melhor: câmbio manual ou automático?

Confere aí:

Informações Técnicas do Chevrolet Onix 2020:

Ficha Tecnica Novo Onix Hatch 2020

Lista de Equipamentos Novo Onix Hatch 2020

Pacotes de acessórios Novo Onix Hatch 2020

Lista de Preços Públicos Julho de 2020_

Teste do Chevrolet Onix manual 1.0 turbo:

“Lembram do último teste do Chevrolet Onix Premier que fizemos? A gente queria ter feito da versão com câmbio manual, mas como ainda não estava disponível, fizemos com a automática mesmo. Demorou, mas a 1.0 turbo com câmbio manual finalmente chegou. E surpreendeu. Ficou curioso? Então vem comigo.

Bom, antes de tudo deixa eu esclarecer uma coisa. Veio a versão LTZ, que é a intermediária das equipadas com motor 1.0 turbo e custa a partir de 67.390 reais. Porém esse câmbio também está disponível na versão LT, a mais em conta e que parte de 63.890 reais.

E como meu foco nesta avaliação foi a mecânica pra ver com qual câmbio o Onix é mais eficiente, tanto faz o acabamento, não é? Então vamos lá.

O motor nas versões com câmbio manual é o mesmo 1.0 turbo que entrega até 116 cavalos e 16,8 quilos de torque com etanol. Apesar da pouca potência, ele se beneficia do baixo peso do Onix, em torno dos 1080 quilos dependendo da versão, e do torque máximo que chega a 2.000 rotações por minuto, para proporcionar um desempenho honesto ao carro. E que, segundo a GM, é igual tanto com câmbio automático como com o manual.

Desempenho

Gasolina Etanol

0 a 100 km/h (s) 10,2 10,1

Vel.máxima (km/h) 180 180

Mas então qual é a vantagem do câmbio manual, você vai perguntar.

Pra começar, e a mais importante, é no consumo de combustível. Com seis marchas bem escalonadas, uma sexta tipo “Overdrive”, e roubando menos potência que o câmbio automático, fez com que o Onix chegasse às boas médias de 10,9 km/l de etanol e 15,6 km/l em nosso circuito cidade/estrada.

Bem melhor do que a versão com câmbio automático e feita no mesmo circuito. Compara os resultados:

Consumo médio (circuito cidade/estrada)

Etanol Gasolina

Onix AT (km/l) 8,9 12,8

Onix MT (km/l) 10,9 15,6

Diferença respeitável, não?

Mas não para por aí. O Onix também fica mais divertido de dirigir e com boas retomadas de velocidade pela facilidade e rapidez nas reduções, graças aos engates macios e precisos do câmbio.

Mas, pra variar, também tem um porém…

É o apoio de braço central, igual ao da versão automática. É muito alto e a gente bate o cotovelo toda vez que se troca de marcha. E incomoda bastante. Deveria ser mais baixo. Por falar em diversão, o Onix hatch já tem uma suspensão um pouco mais firme. E este que mandaram pra gente, veio com rodas de aro 16 polegadas um pouco mais largas que as aro 15 de série, com pneus de perfil baixo. Um acessório que custa 3.500 reais.

Mas que deixam o Onix mais bonito e firme em curvas.

O único porém desse conjunto, é que o Onix fica mais áspero ao rodar em pisos irregulares. Mas para quem não se importa com isso, são uma boa.

Bom, mas não custa dar um “resuminho” dessa versão também, né?

Comparada à Premier, que você pode ver o teste no link acima, a LTZ é mais simples. Por fora as diferenças ficam por conta dos faróis de parábola única, não tem luzes de condução diurna e ganha faróis de neblina. De lado, não tem o friso cromado nas janelas.

Por dentro a simplicidade é maior.

O revestimento é em tecido. E, como já é tradição na nossa indústria automobilística, tem uma profusão de plástico duro no acabamento. Nem nos apoios de braço das portas e console tem material macio ao toque.

Só o volante é emborrachado.

Pelo menos os arremates bem feitos e algumas texturizações de bom gosto dão um pouco de requinte ao interior. Em segurança faz bem a lição de casa com os obrigatórios cintos de três pontos, apoios de cabeça, Isofix, ABS nos freios, controles de tração e estabilidade. Complementa com seis airbags e auxiliar de partida em rampa.

Pelo que que custa, poderia ter algo mais, como um sensor de ponto cego.

De mimos tem sensor crepuscular, chave presencial, botão de partida, sensores de estacionamento traseiros, câmera de ré, computador de bordo, carregador de celular sem fio, uma boa central multimídia que espelha smartphones, com OnStar e WiFi nativo.

Porém só é grátis nos três primeiros meses. Depois tem que pagar.

No restante é igual à versão Premier, como a inexplicável falta de regulagem da altura do cinto de segurança do passageiro que se pode chamar de economia de palito, espaço para quatro adultos e uma criança e um porta-malas apenas razoável de 275 litros.

Mas e aí? Câmbio manual ou câmbio automático?

Bem, aí a escolha fica pela sua disponibilidade na conta bancária pra escolher a versão e se você quer um maior conforto ao dirigir.

Mas aqui entre nós, os 5.500 reais de diferença entre as versões manual e automática, o menor consumo de combustível e o maior prazer ao dirigir, me levam a preferir a de câmbio manual. Ciao”!

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Notas do Emílio pro Onix manual

Desempenho 7

Consumo 9

Segurança 9

Estabilidade 8

Acabamento 7

Espaço interno 8

Porta-malas 7

Custo/benefício 7

Texto e apresentação: Emilio Camanzi

Imagens: Camila Camanzi