Teste da Nissan Frontier S 4×4
Emilio Camanzi agora testou a Nissan Frontier S 4×4, a versão de entrada da picape, em nosso circuito metade cidade e metade estrada.
Informações Técnicas da Nissan Frontier S 4×4:
Lista equipamentos Frontier – MY20
“Quando se fala em picape média cabine dupla, logo vem à cabeça aquelas superluxuosas, que a maioria usa apenas como um carro e, eventualmente, como picape. Hoje resolvemos inverter. Vamos testar uma que é voltada para o trabalho e que, eventualmente, quebra bem o galho como carro. A Nissan Frontier S 4×4.
Para a linha 2020, a Nissan Frontier continua igual a anterior. Vem da Argentina e é vendida em quatro versões: a S; a Attack; a XE; e a LE. Todas a diesel e com tração 4×4.
E a S é a mais em conta… Se é que se pode dizer que 159.990 reais são algo mais em conta… É também a única das quatro que tem o motor 2.3 turbo diesel de 160 cavalos e câmbio manual de seis marchas, contra os 190 cavalos e câmbio automático das outras.
Mas essa menor potência, pode crer, traz boas vantagens, como vamos ver mais pra frente.
Uma novidade para o modelo 2020 é o selo de pagamento automático “Sem Parar” que vem de fábrica. Externamente a única modificação foram novas rodas de 16 polegadas. E a S, como é a mais barata, tem um exterior mais simples. Ou seja, nada de cromados ou faixas exuberantes. Tampouco estribos laterais, rack no teto ou santantônio.
Mas com o para-choque na cor da carroceria e detalhes em preto, ficou um conjunto simples que me agrada. Se não fosse a frente característica da marca, a lateral e traseira da Frontier, como todas as outras, se confundiriam já que todas têm um design muito parecido. Porém, se por fora essa simplicidade não atrapalha, no restante a história é outra.
Tudo bem a profusão de plástico duro no interior, afinal é um carro voltado para o trabalho. Apesar disso, tem bons arremates e revestimento macio nos apoios de braço de todas as portas e no central. E, acredite, saídas de ar-condicionado atrás! Ponto a favor. Já no espaço interno, leva cinco pessoas bem. Mas pelo tamanho do veículo, atrás deveria ser um pouco maior.
E como estamos falando de um carro de 160 mil reais, tem coisas que não deveriam faltar.
Como por exemplo sensores de estacionamento traseiros e uma câmera de ré, que seriam muito úteis para ajudar a estacionar a grandalhona; um protetor para a boa caçamba de 1054 litros de capacidade; uma capota marítima – esta que está na picape é um acessório – e até um simples rádio, já que vem com antena.
Como você vê, alguns são detalhes importantes em um carro voltado ao trabalho, não?
Pelo menos vem com ar-condicionado, trio elétrico e direção hidráulica, que poderia ser mais leve em manobras.
Mas tem um pênalti: o quadro de instrumentos. Analógico, tem velocímetro e contagiros bem visíveis. Porém o útil computador de bordo no centro é quase invisível durante o dia. E a gente deixa de enxergar dados importantes. Uma mancada.
No quesito segurança só faz o dever de casa obrigatório: cintos de três pontos e apoios de cabeça para todos; Isofix; dois airbags e freios com ABS, que param muito bem a Frontier. Pelo menos tem controles de tração, estabilidade e auxiliar de partida em rampa.
E, como já disse, a mecânica é diferenciada. O motor é o mesmo 2.3 com injeção direta do restante da linha. Mas tem apenas um turbo e a potência cai para 160 cavalos e o torque para 41 quilos. Porém, apesar dos 30 cavalos de diferença para a versão mais forte, tem só 4,9 quilos de torque a menos. E isso faz com que o desempenho, seja bem razoável, inclusive quando carregada.
Agora, a grande surpresa foi no consumo. Em nosso circuito padrão cidade/estrada, ela chegou a ótimos 13,2 km/l. Claro que com ela vazia, mas não deixa de ser um resultado surpreendente já que ela pesa mais de duas toneladas e foi 3,5 km/l melhor do que a Frontier LE que testamos no mesmo circuito e condição. // Um dos grandes responsáveis pelo bom consumo e desempenho, é o câmbio manual de seis marchas. Com relações bem escalonadas forma um conjunto harmônico com o motor. Tem ainda engates precisos. Só é um pouco pesado nas trocas, o que cansa no trânsito.
E quando o assunto é conforto ao rodar, ela é praticamente igual às outras picapes.
A suspensão é típica da Frontier. Dianteira independente, molas helicoidais tanto na frente como atrás e um sistema múltiplo de ancoragem do eixo rígido traseiro. É silenciosa em pisos irregulares e de uma maneira geral é mais macia que as picapes concorrentes. Mas vazia, como é feita para levar uma tonelada, não tem jeito. Pula mais do que a gente gostaria. Pelo menos, faz com que a estabilidade seja aceitável para um carro com a altura dela.
E no fora de estrada se vira bem. Tem bons ângulos de entrada, saída e altura livre do solo. E engatar a tração 4×4 ou a reduzida é simples, bastando girar o botão seletor no painel. Tem ainda controle automático de descida. Falta apenas um diferencial traseiro de deslizamento limitado para ajudar em situações críticas.
Enfim, se você está atrás de uma picape sem frescuras, voltada para o trabalho e ainda tem que trafegar por terrenos nem tão urbanos, esta Nissan Frontier S 4×4, apesar de ficar devendo alguns detalhes, como já disse, é uma opção a ser levada em conta.
Principalmente pela economia de combustível. E que, além de trabalhar, também dá pra você também passear com a família no fim-de-semana.
Tchau”!
Notas do Emílio
Desempenho 7
Consumo 10
Segurança 8
Estabilidade 7
Acabamento 7
Espaço interno 7
Caçamba 8
Custo/benefício 6
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