Teste da Chevrolet S10 2021 High Country

Teste da Chevrolet S10 2021 High Country

Emilio Camanzi testou a nova Chevrolet S10 2021 na versão topo de linha, a High Country, no nosso circuito metade cidade e metade estrada.

Veja no vídeo abaixo o que ele achou da nova geração da picape:

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Informações Técnicas da S10 2021:

Ficha Técnica S10 MY21_Diesel

Lista de equipamentos S10 MY21_Diesel  

 

Teste: 

“Comemorar 25 anos de existência no mercado e ser a mais vendida no acumulado desse período no segmento, não é para qualquer modelo não. E é exatamente isso que a nova Chevrolet S10 2021 está fazendo. Mas será que ela é nova mesmo? Vamos conferir.

Com o agronegócio em nosso país em alta ou não, as picapes há tempo são objeto de desejo em nosso mercado. Principalmente as médias e que muitas vezes são usadas só no dia-a-dia na cidade, deixando sua principal função, a de veículo de carga, em segundo plano.

Daí surgiram as versões luxuosas, como esta High Country da S10.

Mas vamos à nova S10. Ela chegou bem rápido para o teste depois do lançamento. E veio a High Country, a mais cara e disponível só com cabine dupla, motor diesel e tração 4×4. Com modificações de estilo, conectividade e mecânica, a maior novidade está na nova frente. E, para diferenciar esta versão, uma grade exclusiva toda preta com o nome Chevrolet em alto relevo e a gravatinha de lado.

Realmente ficou mais imponente. Mas aqui entre nós: fica um borrão que esconde todos os detalhes.

Outra novidade é o para-choque com novo desenho e que aumentou o ângulo de entrada, passando de 27 para 29 graus, melhorando o uso no fora-de-estrada. De lado apenas novas rodas de aro 18 polegadas. E, na traseira, a novidade é o amortecedor da tampa da boa caçamba de 1.329 litros de capacidade, que facilita a abertura e o fechamento.

Só não dá pra entender como isso não vem de série. É um acessório e que custa 450 reais. Em um carro de 213 mil reais, não faz o menor sentido, não?

S10 High Country           R$ 213.290

Amortecedor da tampa:   R$ 450

Detalhe interessante é que agora a câmera de ré tem visão para o local do engate e permite que seja acionada andando para frente para checar o reboque. Bom, internamente as mudanças se resumem à central multimídia MyLink que agora permite conexão Apple Car Play e Android Auto sem fio e vem com WiFi nativo, para até sete aparelhos. Mas que só é de graça nos três primeiros meses. Depois, tem que pagar.

No restante tudo igual.

O acabamento e arremates continuam bem feitos, enquanto o revestimento imitando couro nos bancos e parte das laterais; apoios de braço e console central em material macio ao toque; e apenas uma faixa central do painel em material emborrachado, disfarçam a profusão de plástico duro pelo restante da cabine.

Imperdoável num carro deste valor.

Sem falar do volante que tem apenas regulagem de altura; de ter só sensor crepuscular e não de chuva; e ar-condicionado digital só de uma zona e sem saída para o banco traseiro. Detalhes que fazem parte de carros de luxo, como ela pretende ser. Pelo menos o banco do motorista tem regulagens elétricas e vem com sensores de estacionamento dianteiros e traseiros que ajudam a estacionar a grandalhona.

Em segurança melhorou. Porém poderia ter um pouco mais.

Agora, além dos cintos de três pontos e apoios de cabeça para todos, Isofix, controles de tração e estabilidade, auxiliar de partida em rampa, alerta de colisão e de saída de faixa com que já era equipada, vem com seis airbags e frenagem autônoma de emergência.

Legal. Mas um sensor de ponto cego faz falta.

No espaço interno e conforto, tudo como antes.  Leva cinco adultos numa boa. A ressalva fica para quem vai no banco traseiro, que por causa do assento baixo, as pessoas ficam com os joelhos muito dobrados, o que cansa depois de algum tempo. Rodando o motor diesel se faz presente, mas não chega a incomodar e é silenciosa mesmo em pisos ruins. Porém, como toda a picape feita para levar uma tonelada, vazia maltrata um pouco os ocupantes se o piso não for liso.

Uma novidade bacana veio no motor.

Continua com o mesmo 2.8 turbodiesel de 200 cavalos e 51 quilos de torque, que permite um bom desempenho mesmo com carga. Só que ganhou um novo turbo, igual ao da picape Colorado norte-americana e uma nova calibração da central eletrônica visando menor consumo nas versões de trabalho, enquanto que na LT, LTZ e nesta High Country, um melhor desempenho.

De fato, a High Country ficou mais esperta nas acelerações e retomadas de velocidade, deixando-a mais gostosa de dirigir.

Desempenho

0 a 100 km/h                       10,1 s

Retomada 80 a 120 km/h      8,3 s

Vel. máxima                  180 km/h (corte eletrônico)

O bom dessa novidade, é que o consumo também melhorou. Em nosso circuito metade cidade/metade estrada, mostrou-se mais econômica em mais de 10% frente à versão anterior, chegando à média de 9,8 km/l. // A transmissão também continua igual. Câmbio automático com conversor de torque de seis marchas com possibilidade de trocas sequencias só na alavanca, e tração 4×4 e reduzida com acionamento elétrico no console. Junto com os 22,8 centímetros de vão livre do solo e controle automático de velocidade em descida, se sai bem em um off-road mais severo.

Porém poderia ter um diferencial traseiro com bloqueio eletrônico.

No restante nada a reclamar. Por causa da altura, do pesado eixo rígido traseiro com molas semi-elipticas da S10 não é recomendável abusar em curvas. Mas a estabilidade de uma maneira geral é boa. A direção elétrica tem o peso correto, mas poderia ser um pouco mais comunicativa. E os freios estão bem dimensionados, parando a picape com segurança. // Enfim, a nova S10 ficou com uma cara mais atual, melhorou em alguns aspectos, mas continua devendo em uns pontos. E nesta versão topo de linha não é a mais cara do segmento.

Mas, aqui entre nós, não é nem um pouco barata. E, sinceramente, se eu fosse comprar uma, escolheria a versão LTZ cabine dupla 4×4 com motor flex de 206 cavalos com etanol. Além de ter melhor desempenho e ser mais silenciosa, tem praticamente o mesmo acabamento e equipamentos. E custa ‘apenas’ 55.750 reais a menos. É pra se pensar, não é? Até a próxima.

 

Notas do Emilio

Desempenho           8

Consumo                 8

Segurança               9

Estabilidade            7

Acabamento           8

Espaço interno        8

Caçamba                8

Custo/benefício     6

 


Texto e apresentação: Emilio Camanzi

Imagens: Camila Camanzi

Edição: Guilherme Carmo


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Emilio Camanzi

Emilio Camanzi

Emilio Camanzi  é um jornalista experiente e formador de opinião, com mais de 56 anos de trabalho dedicados a área automobilística. Seu trabalho sempre foi norteado pela busca da seriedade e credibilidade da informação. Constrói suas matérias de forma técnica, imparcial e independente, com uma linguagem de fácil compreensão. https://www.instagram.com/emiliocamanzi/ 🙋 PARCERIAS: comercial@carroscomcamanzi.com.br