A Renault está prestes a entrar em um novo território no mercado de picapes com a Niagara, um modelo que promete desafiar a hegemonia da Fiat Toro e da Ram Rampage. Com lançamento previsto para 2026, a Niagara não será apenas uma sucessora da Oroch, mas sim um veículo com posicionamento, design e tecnologias totalmente distintas, mirando um público que busca sofisticação e versatilidade.
Investimento Bilionário e Produção na Argentina
A Renault está investindo US$ 350 milhões (aproximadamente R$ 2 bilhões) na produção da Niagara, que será fabricada em Córdoba, Argentina. As primeiras unidades pré-série devem ser montadas ainda este ano, com o lançamento oficial previsto para o primeiro semestre de 2026. A picape será destinada a todo o mercado latino-americano, demonstrando a importância estratégica da região para a Renault.


Design Arrojado e Posicionamento Premium
O diretor do centro de design da Renault para a América Latina, Daniel Nozaki, revelou que a Niagara terá um design arrojado e um posicionamento premium, buscando se destacar no mercado de picapes médias-compactas. A picape não terá inspiração na Fiat Toro, mas sim um estilo próprio, com quase cinco metros de comprimento e a cabine mais espaçosa da categoria. O acabamento interno será diferenciado, com materiais de alta qualidade e um sistema de mídia mais moderno e sofisticado do que os oferecidos atualmente pela Renault.
Compartilhamento de Componentes e Plataforma RGMP
A Niagara compartilhará componentes com o futuro SUV médio da Renault, possivelmente chamado Boreal, utilizando a mesma plataforma RGMP. Essa sinergia permitirá otimizar custos e oferecer tecnologias e equipamentos em ambos os modelos. Ao contrário de especulações, a Niagara não terá semelhanças com o Kardian, consolidando seu posicionamento como um veículo mais robusto e sofisticado.
Motorização Turbo e Eletrificação Futura
Inicialmente, a Niagara será equipada com o motor 1.3 turbo flex de 170 cv e 27,5 kgfm, o mesmo que equipa o Duster (com câmbio CVT) e estará presente no novo SUV médio, acoplado a uma transmissão automatizada de sete marchas. A Renault planeja eletrificar a Niagara em um segundo momento, introduzindo um sistema híbrido e uma versão 4×4, com um motor elétrico tracionando as rodas traseiras.
Choque Cultural e Foco no Cliente Latino-Americano
Nozaki revelou que houve um “choque cultural” com a matriz francesa durante o processo de desenvolvimento da Niagara. A equipe latino-americana defendeu um veículo utilitário, prático e acessível, enquanto a matriz imaginava uma picape voltada para o trabalho.
A Renault realizou pesquisas com potenciais clientes no Brasil, comparando a Niagara com a Fiat Toro, picapes médias e picapes-chassi, e a nova picape foi a primeira escolha entre os pesquisados, superando até as de uma tonelada.
Com a Niagara, a Renault busca oferecer um veículo tecnológico, com funcionalidades inovadoras e acessórios para a caçamba, aumentando a versatilidade e o aproveitamento do espaço. A montadora acredita que o cliente do segmento de picapes médias mudou, buscando um veículo que combine estilo, conforto, tecnologia e capacidade de carga.
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