Picape Gladiator sem rivais nas trilhas mais difíceis

Picape Gladiator sem rivais nas trilhas mais difíceis

A Jeep saiu na frente com a estreia da picape Gladiator para quem gosta de trilhas pesadas

 

O mercado brasileiro de picapes não é o maior do mundo, mas aqui há variações para todos os gostos. A compacta Strada manteve-se como o veículo leve mais vendido no primeiro semestre do ano por uma série de fatores, entre estes a adequação ao exigido pelos compradores e um fluxo de produção pouco prejudicado.

Na outra ponta, a das picapes importadas pesadas, a Ram comprova que existe uma demanda limitada pelo preço, mas atende tanto a quem deseja ter um veículo diferente quanto a quem prosperou com o agronegócio. Por isso Ford F-100 e Chevrolet Silverado serão importadas em 2023.

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A Jeep, no entanto, saiu na frente com a estreia da Gladiator, picape para quem gosta de trilhas pesadas e tem bastantes recursos financeiros. Chega na versão única Rubicon por R$ 499.990 (São Paulo, R$ 515.913) apenas com motor 3,6-L, V-6, gasolina, de 284 cv e 35,4 kgf.m, associado ao câmbio automático de oito marchas. A marca a define como “primeira picape parcialmente conversível do mundo” pela possibilidade de remover o teto, além de rebater o para-brisa e até retirar as portas para quem gosta de estar bem perto da natureza.

No entanto para rodar em ruas e estradas é necessário ter o para-brisa na posição original, usar portas tubulares e espelho retrovisor fixável na coluna dianteira. Esse kit faz parte de acessórios vendidos à parte, como no Wrangler. No interior a central multimídia reproduz imagens da câmera frontal com linhas de grade para mostrar o caminho à frente dos pneus, incluindo lavador integrado.

A distância entre eixos de 3,49 m garante espaço de sobra para quem viaja no banco traseiro. O visual externo um tanto bruto é dominado pelos 5,59 m de comprimento e uma caçamba relativamente pequena de 1.000 litros. Carrega só 654 kg – menos do que uma Fiat Strada Endurance. Ponto forte está na capacidade de reboque acima de três toneladas, ideal para tracionar trailers.

O que garante seu bom desempenho no uso fora de estrada e enfrentar desafios para valer são os bons ângulos de ataque (43°), de rampa (20°) e saída (26°), além dos 27 cm de vão livre em relação ao solo. Para superar obstáculos, a Gladiator tem tração nas quatro rodas com bloqueio dos diferenciais dianteiro e traseiro, caixa de redução de 4:1 e barra antirrolagem dianteira com desacoplamento eletrônico para ampliar o curso da suspensão em até 30% fundamental em situações mais difíceis.

 

Veja também o vídeo do Picape Gladiator:

 

Polo 2023 terá faróis de LED matriciais

 

 

Previsto para iniciar vendas entre outubro e novembro, o Polo terá como principal novidade os faróis de LED de série desde a versão básica (com motor de 1 litro turbo um pouco mais potente do que o descontinuado up!), uma exclusividade entre os hatches compactos fabricados no Brasil. DRL (luzes de rodagem diurna) também serão em LED, mas as lanternas não foram citadas pela VW.

Em comparação ao tradicional sistema de lâmpadas halógenas o fluxo luminoso é 50% maior e alcança mais de 130 metros (85% superior). Durabilidade 25 vezes maior indica que não precisará de troca ao longo da vida útil do carro, além de proporcionar uma pequena redução de consumo de combustível e por conseguinte na emissão de CO2.

A empresa deu um passo à frente na versão esportivada GTS (motor 1,4-L TSI) com faróis de LED matriciais batizados de IQ. Light Matrix. Inclui câmera frontal no para-brisa, sensor na grade, dois canhões de luz e DRL duplo, sistema encontrado apenas em carros de categoria superior. Os faróis altos detectam o veículo à frente e no sentido oposto, apagando e acendendo diferentes trechos iluminados para não incomodar ou ofuscar outros motoristas.

Trata-se de evolução importante do sistema usado no Taos e em outros modelos que ao avistar um carro à frente apenas comuta faróis altos e baixos automaticamente.

 

Veja também:

 

ALTA RODA

 

Produção brasileira de veículos leves e pesados reagiu em julho e foi a maior do ano (219.000 unidades), apesar das paradas técnicas por falta de componentes. Ainda assim, no acumulado de 2022 ficou 0,2% menor que os sete primeiros meses de 2021. As vendas (nacionais e importados) com média diária de 7.900 unidades foram as melhores deste ano, embora concentradas na entrega para locadoras. Anfavea prevê que a produção reagirá mais rápido do que o esperado pois as exportações continuam a crescer graças à desvalorização do real. O principal cliente, a Argentina, mantém-se uma incógnita nos próximos meses.

Situação de oferta no mercado interno permanece pressionada. Estoques totais subiram de 24 para 25 dias (10 dias menos do que o normal) e concentrados em modelos de maior valor agregado. Juros altos e crédito seletivo são obstáculos. Houve inversão no mix de vendas: 65% à vista e 35% financiadas. Em 2020 o cenário era de 20% à vista e 80% no crediário. Para a comercialização este ano igualar 2021 exigiria que o volume de veículos leves e pesados vendidos mensalmente passasse das 8.700 unidades diárias em média para 9.500 até dezembro.

Ressalva: no recente Brazil Classics Kia Show, em Araxá, os modelos dos anos 1980 premiados foram entre os nacionais o Alfa Romeo 2300 TI 1986, de Emanuel Sweibil e dos importados o Lamborghini Countach 1989, de Erick Freitas.

 

Veja também:

 

Coluna Fernando Calmon nº 1.213

 

 

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Fernando Calmon

Fernando Calmon

Coluna Fernando Calmon aborda temas de variado interesse na área automobilística: comportamento, mercado, avaliações de veículos, segredos, técnica, segurança, legislação, tecnologia e economia. A coluna semanal é reproduzida em mais de 80 sites, portais, jornais e revistas brasileiros. Começou em 1º de maio de 1999.