FCA e Renault podem formar o terceiro maior grupo automotivo do planeta. O grupo ítalo-americano enviou uma proposta de união para a montadora francesa. O foco do grupo sediado em Londres é acelerar o desenvolvimento de motores elétricos e tecnologia que os franceses já dominam e comercializam no mercado. Em contrapartida, a FCA pode oferecer tecnologia para o desenvolvimento de veículos 4×4. Atualmente, os jipinhos franceses carecem de robustez para o fora-de-estrada e uma união poderia fortalecer a presença da marca no nicho que mais cresce no mercado global.
Se a união acontecer, as duas se tornarão o terceiro maior fabricante de automóveis, com um volume anual na casa de 8,7 milhões, ficando atrás apenas da líder Toyota e do Grupo Volkswagen. Caso o namoro também englobe Nissan e Mitsubishi, a produção combinada chegaria a 15 milhões de carros ao ano.
De acordo com fontes da FCA, as conversas ainda estão num estágio bastante prematuro. No entanto, a notícia foi bem-vinda no mercado de ações e os papeis do grupo ítalo-americano dispararam na manhã da segunda-feira (27).
Gestação de paquiderme
Geralmente fusões são processos que demoram bastante para se concretizar. Ainda mais no caso da Renault que vive um drama conjugal em sua aliança com a Nissan e Mitsubishi, devido às acusações de corrupção do chefão do grupo, o brasileiro Carlos Ghosn, que está preso no Japão.
Seja como for, trata-se de um negócio que deverá levar tempo para se finalizar. No entanto, é sabido que as partes deverão ter 50% das ações.
Será que entre a FCA e Renault dá namorou, ou só amizade?
Marcelo Jabulas é Jornalista e Designer Gráfico.
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