[su_heading size=”20″]Fiat Mobi[/su_heading]
Se a vida na cidade com um automóvel está cada vez mais difícil, não existe fábrica que não queira facilitar esse convívio. E a Fiat entrou nessa com o Mobi, o menor carro fabricado por ela no Brasil e que já está à venda. E pelo jeito acertou! Com 3,56 m de comprimento, o Mobi, nome que veio do conceito de mobilidade, chega a ser menor do que o já pequeno Volkswagen up!, o que lhe garante agilidade no trânsito e uma maior facilidade na hora de achar uma vaga para estacionar.
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Na onda da praticidade, as portas traseiras se abrem em 75º facilitando o entra e sai; no porta-malas tem uma caixa com alça que pode ser removida e as compras levadas para casa; o encosto do banco traseiro é bi-partido em todas as versões; e a conectividade é garantida com o Fiat Live On (disponível só em julho), que assume o celular do motorista espelhando seu conteúdo na tela, ou ao contrário, fazendo da tela do aparelho, afixado em um suporte no painel, o papel da central multimídia.
O Mobi foi todo desenvolvido no Brasil, inclusive seu design. Feito sobre a plataforma do Novo Uno, mantém as mesmas portas dianteiras e o para-brisa. Teve a distância entre-eixos diminuída de 2.376 milímetros para 2.300 e o comprimento de 3.811 para 3.560 milímetros. O resultado foi um carro compacto e mais leve, que ganhou a frente inspirada no Fiat Toro e uma traseira que chama a atenção pelo charme da tampa do porta-malas, toda em vidro. Um conjunto que se enquadra na proposta de carro para a cidade e com um visual que agrada pelo bom resultado de seu estilo.
Mas, se por fora se enquadra bem no conceito de urbanidade, por dentro não dá para esperar muito do Mobi. Na frente, vão bem dois adultos; atrás, apesar de ter lugar para três, só se acomodam dois e assim mesmo de maneira “justa”. Se o motorista for maior que 1,80m, para que fique atrás do volante com conforto, seria necessário tirar um “grampo” no trilho de regulagem longitudinal do banco para que ele fosse mais para trás. E aí, ficaria praticamente encostado no banco traseiro, sem chance de sentar alguém atrás dele. O porta-malas também segue o mesmo padrão de economia de espaço: tem só 235 litros de capacidade.
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Tudo bem, é um carro com a proposta de ser urbano e com o conceito de que não mais que duas pessoas se locomovem com ele na cidade. Ainda assim, poderia ser um pouco mais generoso no espaço por dentro. Pelo menos tenta compensar com um bom acabamento interno, que, apesar de abusar de material plástico, tem uma aparência que agrada. Principalmente o painel, que combina duas texturas diferentes. O quadro de instrumentos é inspirado no do Novo Uno e tem a parte central digital com as informações de nível do tanque de combustível e temperatura do motor bem visíveis e, conforme a versão, pode vir equipado com computador de bordo.
Na parte mecânica, o Mobi acabou decepcionando um pouco. Era esperado o novo motor 1.0 de três cilindros, tecnologia que já faz parte de concorrentes como o Nissan March, Ford kA, Hyundai HB20, VW up! e Gol, só para citar alguns, mas que só deve chegar a ele daqui a uns quatro meses. Por enquanto, é equipado com o já conhecido motor 1.0 Fire Flex de quatro cilindros, que entrega 73 cavalos e 9,5 kgfm de torque com gasolina e 75 cv e 9,9 kgfm com etanol, já usado no Novo Uno, Palio e Siena. O câmbio é o manual de cinco marchas, também igual ao de outros modelos da marca.
A vantagem do Mobi é que, por ser mais leve (pesa de 907 a 966 kg, dependendo da versão), o motor acaba tendo um desempenho melhor e um consumo menor. Ficou faltando, porém, um sistema start/stop, que desliga o motor em paradas e o religa ao ser colocado o pé na embreagem, já disponível no Novo Uno. Ajudaria a diminuir mais ainda o consumo.
No breve test-drive feito pelas congestionadas ruas e marginais de São Paulo, feito com duas pessoas a bordo, deu para perceber que o rendimento dele é melhor do que o do Novo Uno, especialmente nas acelerações. Nas retomadas de velocidade, porém, é um pouco lento. Ou seja, um pouco mais de “fôlego” do motor seria bem vindo, o que faria bem, também, para encarar uma estrada com mais desenvoltura.
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No restante, o Mobi obedece a cartilha da Fiat no que diz respeito à suspensão. Independente na frente do tipo McPherson e interdependente na traseira, é um tanto firme. Por isso, não chega a filtrar todas as irregularidades do solo, o que não compromete o conforto de uma maneira geral. Com a menor distância entre-eixos, mostrou-se ágil no trânsito, ajudado pela boa calibragem da direção hidráulica, e faz curvas apertadas muito bem. Mesmo na versão Way, com aparência aventureira e um pouco mais alta.
Disponível em seis versões (veja a lista de conteúdos de cada uma nos links abaixo), sendo que a Easy, mais barata, vai substituir o Palio Fire 1.0. É também a única que não dispõe, nem como opcional, de ar-condicionado e direção hidráulica, mas capricha no visual com para-choques pintados na cor do carro e a tampa do porta-malas em vidro.
Por fim, é preciso entender que o Mobi não é um carro para a família toda. Ele foi pensado para o dia-a-dia no trânsito congestionado da cidade; com as idas ao colégio para levar ou buscar as crianças; ir ao supermercado fazer compras, contando com o encosto do banco traseiro bi-partido e dobrável para acomodar os volumes; ou, ainda, estacionar naquela vaga que ninguém ocupou porque um carro normal não caberia.
Preços:
Mobi Easy R$ 31.900
Mobi Easy On R$ 35.800
Mobi Like R$ 37.900
Mobi Like On R$ 42.300
Mobi Way R$ 39.300
Mobi Way On R$ 43.800
De São Paulo, SP
O jornalista viajou a convite da Fiat
Anexos:
Fotos: Emilio Camanzi e divulgação Fiat
Ver comentários (3)
Up e muiiito feio.
Tendo um Up! mais moderno e melhor em praticamente tudo, fica difícil optar por este motivo. Um carro com uma frente desproporcional, com aparência de carro chinês e um motor antiquado.
Sem contar que o Up! foi super bem avaliado no car trash e é bem mais bonito