Metamorfose ambulante
Não é a primeira vez que abordo este tema, mas é um fato que não há como negar que as minivans estão ameaçadas de extinção, assim como os rinocerontes brancos. Porém não se trata de uma morte em decorrência da caça predatória, mas uma seleção natural do mercado, que tem obrigado monovolumes a se transformarem em utilitários-esportivos (SUV). Afinal os jipinhos estão na crista da onda.
Há cerda de dois meses a Citroën apresentou a linha 2018 dos modelos C4 Picasso, Grand C4 Picasso, C3 e Aircross e esse movimento de desaparecimento ficou ainda mais latente. Apesar da linha C4 Picasso se manter firme e forte com referência do segmento de monovolumes, é o Aircross que indica o caminho inevitável dessa metamorfose. Para quem não se lembra, o Aircross era uma versão aventureira do C3 Picasso, lançado há cerca de cinco ou seis anos. Este já não existe mais, apenas a opção vestida de escoteiro.
A saída de cena do C3 Picasso foi literalmente à francesa, sem alarde e ninguém ao certo sabe quando isso aconteceu. Mas para quem quiser realmente saber, ele nos deixou em 2015. Naquela época, a Citroën já havia percebido em suas planilhas a preferência do público e como a “decoração” era um fator decisivo na hora da compra.
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Recentemente, a Honda colocou no mercado o WR-V, que nada mais é do que uma versão anabolizada do Fit e que se mescla nesse ecossistema dos utilitários. Com uma frente zangada, um monte de adornos plásticos, o “Cross Fit” (para não perder a piada) tem tido boa aceitação. Assim, ninguém deverá se surpreender se amanhã o Fit despencar no cadafalso sem alarde.
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E não é mero achismo! Há alguns anos os SUVs se tornaram uma ameaça para diversos segmentos, como peruas, os monovolumes e até mesmo sedãs médios. Os jipinhos deixaram de ser aqueles brucutus da época do Toyota Bandeirante e absorveram comodidade, conforto e tecnologia dos sedãs e a versatilidade de veículos familiares, como minivans e peruas.
Um dado que comprova a tendência é o comportamento do mercado brasileiro. Em 2016, foram emplacados 65 mil monovolumes, contra 302 mil utilitários-esportivos. Ou seja, as minivans tiveram desempenho praticamente cinco vezes menor que os SUVs. E como a indústria vive de números, a rentabilidade está no jipe e não na minivan.
Os dados são da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), que mensura o desempenho do varejo nacional. Mas, em um prisma global, a tendência é a mesma. Afinal, repetimos aqui, as tendências do mercado internacional, com algumas exceções de gosto regional.
Outro exemplo é a nova geração do Peugeot 3008. O monovolume parrudo foi substituído por uma carroceria digna de utilitário-esportivo, com cofre do motor destacado, suspensão elevada, caixas de roda alargadas e tudo mais que faz o consumidor se sentir mais confiante em si mesmo. O jipinho francês chega para disputar terreno no patamar onde se encontram Jeep Compass, Kia Sportage, Hyundai ix35 e derivados.
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Mas tudo isso é apenas uma observação do balé da indústria, longe de ser aquela velha opinião formada sobre tudo!
Marcelo Iglesias Ramos – Jornalista (31) 99245-0855
Fotos: divulgação montadora
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