McLaren P1 GTR Senna: De Beco para Beco

McLaren P1 GTR Senna: De Beco para Beco

No Salão do Automóvel de 2018 vivi uma experiência incrível: tocar no monoposto McLaren MP4/6, o carro do bicampeonato de Ayrton Senna, em 1991. Aquele que o Beco venceu o GP de Interlagos com caixa de transmissão toda ferrada e saiu do carro quase desfalecido.
A pauta era fazer um vídeo sobre o interior da McLaren Senna, supercarro que faz tributo ao maior piloto de todos os tempos. Mas, como a MP4/6 estava ao seu lado, pude bolina-la respeitosamente. Tocar o volante foi como cumprimentar o próprio Senna. Realmente, foi um momento único. 
Porém, o assunto não é esse. Na verdade, quero falar mais uma vez de McLaren e Ayrton. Dessa vez, é sobre o P1 GTR “Beco”. Trata-se de um projeto executado pela divisão MSO, que toca projetos especiais nos corredores de Woking. 


Para quem não sabe, o P1 GTR foi uma edição de pistas do supercarro inglês, com menos de 60 unidades produzidas. A versão “Beco” foi desenvolvida para celebrar os 30 anos do primeiro título de Ayrton Senna da categoria, conquistado em 1988.
Segundo a marca, o projeto levou três anos para ser executado. O trabalho basicamente consistiu em reconstituir a pintura do MP4/4 e aplicá-la sobre a carroceria do P1. Mas não era só levar o carro para estufa e mandar uma pistola de tinta sobre ele. De acordo com a MSO, foram necessárias 800 horas para finalizar o trabalho e reproduzir com perfeição a tonalidade vermelha “Red Rocket” sobre o branco, que eram as cores da então patrocinadora Marlboro. No “nariz”, o número 12 e na coluna o emblema comemorativo envolto por uma coroa de louros.
Além disso, o carro recebeu um código de barras na lateral. Naquela época, muitos países que sediavam as provas já proibiam publicidade de cigarros e o código de barras substituía o nome “mata-rato”. 
Tecnicamente, o P1 GTR não passou por modificações. Ele segue equipado com motorização híbrida, que combina a unidade V8 biturbo 3.8 e um módulo elétrico. O Conjunto soma fabulosos 1.000 cv (contra 916 cv do P1 “básico”) e a transmissão segue automatizada de dupla embreagem e sete marchas.
No entanto, o carro recebeu reforço no isolamento térmico, que passou a contar com novas mantas com folhas de ouro 24 quilates para reduzir a irradiação de calor para dentro da cabine.
O P1 GTR “Beco” foi batizado, por seu proprietário (que não teve a identidade revelada), com o apelido de família de Senna. 
Ele merece!


Marcelo Jabulas é Jornalista e Designer Gráfico.

Está na área desde 2003, atualmente é o editor do caderno HD Auto, do jornal Hoje em Dia, de Belo Horizonte. Figura presente em todos os lançamentos, salões do automóvel e eventos da indústria automobilística. Para relaxar, tem como hobby escrever para seu blog de games, o “GameCoin” (www.gamecoin.com.br).

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Emilio Camanzi

Emilio Camanzi

Emilio Camanzi  é um jornalista experiente e formador de opinião, com mais de 56 anos de trabalho dedicados a área automobilística. Seu trabalho sempre foi norteado pela busca da seriedade e credibilidade da informação. Constrói suas matérias de forma técnica, imparcial e independente, com uma linguagem de fácil compreensão. https://www.instagram.com/emiliocamanzi/ 🙋 PARCERIAS: comercial@carroscomcamanzi.com.br

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