LANÇAMENTO – C4 Picasso e C4 Grand Picasso
Para toda a família ficar bem na fita
Para viajar ou passear com a família, não basta apenas colocar todo mundo dentro do carro, arrumar as bagagens ou a cesta de piquenique e sair por aí. Se der para fazer isso com charme, um bom espaço interno, uma grande visibilidade para apreciar a paisagem e, ainda por cima, cada um ter seu próprio banco para regulá-lo do jeito que quiser sem incomodar o outro, melhor ainda.
É exatamente isso que a segunda geração do monovolume Citroën C4 Picasso, que já chegou ao Brasil, propõe. E, de quebra, com um design moderno e ousado, característica dos carros franceses, que chama a atenção por onde passa.
Completamente novo em relação ao modelo anterior, estréia aqui uma nova plataforma da Citroën, conhecida como EMP2 (Efficient Modular Platform 2) que possibilitou a diminuição de 140 quilos no peso total, beneficiando consumo e desempenho. São duas as versões: o C4 Picasso, com lugar para cinco pessoas, e o C4 Grand Picasso, para sete.
Apesar de usarem a mesma plataforma, alguns detalhes fazem com que cada um tenha identidade própria que os diferencia. Começa pela frente, com para-choques distintos e com uma grade com entrada maior no C4. Lateralmente, o Grand Picasso tem 5,5 centímetros a mais de distância entre-eixos e 17 no comprimento, e as janelas e o teto ligeiramente mais alto e plano dão um ar mais conservador. Na traseira, as lanternas estreitas do C4 Picasso complementam a maior esportividade da versão menor no design.
Internamente o que chama a atenção é o acabamento, com arremates corretos e materiais de boa qualidade e, claro, o espaço e o conforto. No Grand Picasso ainda dá para levar mais duas pessoas na última fileira. Porém, o espaço ali é um pouco acanhado e o ideal, em viagens, são duas crianças. A versatilidade em ambos é destaque. O encosto do banco do passageiro dianteiro pode ser rebatido; os da segunda fileira, individuais, além de terem regulagens longitudinais e de encosto, podem ser escamoteados; e, no Grand Picasso, os últimos escondidos no assoalho. Detalhe que permite várias configurações internas para maior conforto dos passageiros e disposição da bagagem.
Para incrementar ainda o espaço disponível para os ocupantes, até a alavanca do câmbio automático está colocada na parte superior da coluna de direção. O ar-condicionado é digital, de duas zonas e tem saídas individuais atrás nas colunas das portas. Mas, se ainda assim você acha que o conforto não é suficiente, pode optar pelos assentos Relax que, como diz a Citroën, permitem uma viagem de “primeira classe”. E não é exagero. Quem vai ao lado do motorista tem o banco com extensão para as pernas e ambos desfrutam de sistema de massagem e aquecimento. Não é para todos, mas dá para ir revezando… Ainda nesse pacote opcional, apoio de cabeça maior em todos os bancos, luz de leitura nas mesinhas tipo avião na segunda fileira e revestimento em couro. Para quem quiser, dá para colocar duas telas LCD nos apoios de cabeça dianteiros para entretenimento dos que vão atrás. Ao olhar o painel, a sensação é de estar em uma espaçonave. Ele é estruturado em torno de duas telas, uma tátil de 7 polegadas e outra panorâmica de 12, solução que permitiu reduzir ao máximo o número de botões e teclas. A menor permite atuar nos equipamentos com uma leve pressão dos dedos e a maior, em alta definição e totalmente configurável, mostra as informações necessárias para dirigir o veículo.
No quesito visibilidade, nada a reclamar. Quando equipado com o teto panorâmico, são 5,2 metros quadrados de área envidraçada, Mais que suficientes para que o motorista tenha uma ampla visão e que todos possam ver a paisagem sem reclamar. Porém, se você, ainda assim, achar que precisa de mais visibilidade em manobras, pode optar pelo “Pack Park Assist 360º”. Tem quatro câmeras que permitem uma visão “de cima” dos arredores imediatos do carro, retrovisores que abaixam ao ser engatada a ré, sensores de ponto cego nos retrovisores externos e sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, além de limpadores de faróis.
A mecânica é exatamente igual em ambos. Usam o já conhecido motor THP 165 e câmbio automático de seis marchas, com possibilidade de trocas sequenciais em aletas atrás do volante. É um conjunto usado em outros carros da Citroën e também da Peugeot, já que ambas fazem parte do grupo PSA. Equipado com turbo, esse 1.6, além dos 165 cavalos de potência, entrega um torque de 24,5 kgfm de 1.400 a 4.500 rotações, o que permite um bom desempenho para um monovolume: velocidade máxima de 210 km/h em ambos, e 8,7 segundos de 0 a 100 km/h no C4 Grand Picasso e de 8,4 no C4 Picasso, que é um pouco mais leve.
Quando carregados, porém, ressentem um pouco de melhores retomadas de velocidade. É que o câmbio, que tem engates suaves, é um pouco lento nas reduções e seria desejável um pouco mais de torque do motor para ter uma pegada mais forte nessa hora. Em contrapartida, a suspensão, que foi completamente revista, permite ao Picasso encarar curvas numa boa e às vezes faz a gente esquecer que está a bordo de um monovolume alto. Para completar, filtra bem as irregularidades do terreno, permitindo um rodar confortável e ainda deixa o interior silencioso.
Uma boa posição de dirigir, a ampla visibilidade, direção elétrica precisa, freios a disco nas quatro rodas progressivos e eficientes, além dos controles eletrônicos de tração e estabilidade, garantem o prazer ao conduzir o C4 Picasso.
Então, difícil não gostar de um, não é? O início das vendas será daqui a duas semanas, mas (sempre tem um mas…) se prepare: os preços são um pouco salgados. São quatro versões, de R$ 110.900 a 127.900. Completo, com todos os opcionais, um C4 Grand Picasso beira os 150 mil.
Preços:
C4 Picasso Seduction R$ 110.900
C4 Picasso Intensive R$ 117.900
C4 Grand Picasso Seduction R$ 120.900
C4 Grand Picasso Intensive R$ 127.900
Ficha técnica – itens de série e opcionais – Novo Citroën C4 Picasso e C4 Grand Picasso
Emilio Camanzi, São Paulo, SP (viajou a convite da Citröen do Brasil)
Fotos: Emilio Camanzi, Leandro Vasconcelos, divulgação Citroën