GM Confirma Híbridos Flex Produzidos no Brasil

Marca Aposta em Eletrificação, Confirma Híbridos Flex Produzidos Aqui e Defende Igualdade na Competição com Importados
A General Motors (GM) está traçando um novo rumo no mercado brasileiro, impulsionada pelo seu centenário no país e por uma visão estratégica voltada para o futuro. Fábio Rua, vice-presidente da GM no Brasil e na América do Sul, compartilhou detalhes exclusivos sobre os planos da montadora, revelando lançamentos de veículos elétricos, edições especiais comemorativas, investimentos em tecnologia e um compromisso renovado com a produção nacional.
Cinco Novos Veículos em 2025
A GM prepara uma verdadeira ofensiva para 2025, com o lançamento de cinco novos veículos. O primeiro a ser revelado é o Spark EUV, um SUV compacto 100% elétrico que promete democratizar o acesso à mobilidade elétrica no Brasil, custando na faixa de 150 mil reais. Além do Spark, a GM reserva outras quatro novidades, que serão apresentadas em breve, gerando expectativa no mercado.
A celebração do centenário da GM no Brasil será marcada por três edições especiais comemorativas, com destaque para os modelos S10 (já apresentada), Onix e Tracker. Fábio Rua fez questão de esclarecer que essas edições especiais não se tratam de um facelift, mas sim de versões exclusivas com acessórios e características específicas, homenageando a história da marca no país.
GM Brasil Pioneira na Produção de Híbridos Flex
Um dos anúncios mais importantes da entrevista foi a confirmação de que a GM Brasil será a primeira subsidiária da GM no mundo a produzir carros híbridos flex, a partir de 2026. Esse projeto inovador, que faz parte de um investimento de R$ 5,5 bilhões no estado de São Paulo, coloca o Brasil na vanguarda do desenvolvimento de tecnologias híbridas para a GM e demonstra o compromisso da montadora com a sustentabilidade e a adaptação às necessidades do mercado brasileiro.
Fábio Rua explicou que a decisão de investir em veículos híbridos, além dos elétricos, reflete uma mudança no comportamento do consumidor, que busca uma transição mais gradual para a eletrificação. A GM reconhece essa demanda e se prepara para oferecer um portfólio completo, com opções para todos os perfis de clientes, desde modelos a combustão até 100% elétricos, passando por diferentes níveis de hibridização.
Spark EV: O Elétrico para Desafiar a Concorrência Chinesa
O Spark EV, que será importado da China, representa a aposta da GM no segmento de carros elétricos mais acessíveis no Brasil. Fábio Rua enfatizou que o objetivo é concorrer na categoria de elétricos, independentemente da origem dos concorrentes, e atender à crescente demanda por carros elétricos entre os consumidores brasileiros. Embora o preço exato do Spark EV não tenha sido revelado, o executivo indicou que deve girar em torno de R$ 150 mil, posicionando-o como uma opção competitiva no mercado.
GM Defende Igualdade na Competição e Recomposição da Tarifa de Importação
A entrevista também abordou a preocupação da Anfavea com a crescente importação de carros chineses e a proposta de recomposição da tarifa de importação. Fábio Rua endossou a postura da associação, defendendo a necessidade de um ambiente competitivo mais equilibrado. Ele argumentou que a recomposição da alíquota, que já existia e foi zerada temporariamente, é fundamental para incentivar a produção local, a geração de empregos e o pagamento de impostos no Brasil.
Rua ressaltou que a GM é comprometida com o fortalecimento da indústria nacional e que a tarifa de importação é apenas uma das medidas necessárias para garantir a competitividade do setor. O executivo defendeu a necessidade de políticas que diminuam a carga tributária no Brasil e permitam oferecer carros cada vez mais acessíveis, sem comprometer a tecnologia, o design e a segurança.
Compromisso com a Produção Local e Defesa da Indústria Nacional
Fábio Rua fez questão de esclarecer que o Spark EV não é um carro chinês com a marca Chevrolet, mas sim um carro da Chevrolet produzido na China por uma empresa que tem o grupo General Motors como acionista.
O executivo também alertou para o risco de que outras empresas automotivas tradicionais, com fábricas na China, passem a importar seus veículos diretamente para o Brasil, em vez de investir na produção local. Rua defendeu que o governo brasileiro adote medidas para incentivar a produção nacional e evitar a desindustrialização do país.
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