De olho nos remédios

Tem muita gente que toma remédio pensando apenas no que ele vai fazer para a saúde e sai por aí dirigindo normalmente. Só que o tal remédio, às vezes tido como bobo, inofensivo, pode ter sérias implicações!

É que alguns medicamentos podem provocar alguns efeitos colaterais, como por exemplo, sonolência e distração no trânsito, o que pode ser bastante perigoso. Os indicados para enjôos e labirintite tendem a prejudicar os reflexos, porque os movimentos ficam lentos. Os ansiolíticos, aqueles contra a ansiedade, e os antidepressivos, podem causar letargia (moleza), vertigem (tontura), queda da pressão arterial, entre outros. Remédios para dor ou cólica, tomados por via endovenosa ou em doses maiores, podem alterar o foco da visão. A pessoa pode enxergar em duplicidade ou com “fantasmas” e ficar sem noção de distância. Os chamados “rebites”, usados por motoristas de caminhão, provocam irritabilidade e comprometem a tomada de decisões.

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Tem, ainda, os medicamentos de uso contínuo, como os destinados às doenças do sistema nervoso: os antiepilépticos, por exemplo. Só que, neste caso, o problema está em não usá-lo. Eles são controlados e devem ser tomados em doses corretas, de acordo com a prescrição médica, justamente para não pôr em risco a vida de ninguém.

Por isso, antes de tomar qualquer remédio e sair por aí dirigindo, veja quais são os efeitos colaterais e, principalmente, se você pode dirigir quando está sob o efeito deles, ainda que seja um simples remédio para dor de cabeça. Converse antes com seu médico e leia atentamente a bula, pois o que você está tomando para se curar, atrás do volante, pode te levar a provocar um acidente com consequências graves.

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