Civic sairá perto dos 25 anos

Civic sairá perto dos 25 anos
2016 Honda Civic Sedan Touring

A Honda irá encerrar a produção do Civic. A previsão é que a última unidade do sedã deixe a linha de montagem em setembro. Mas a aposentadoria não marca o fim da da história do modelo em terras tupiniquins.

Na verdade, a marca japonesa passará a importar o modelo, que acaba de chegar à sua décima primeira geração, que chegará aqui com versão híbrida e um desenho mais conservador. A decisão de não investir numa nova geração tem suas razões e elas podem ser explicadas em números.

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Desde o lançamento do HR-V em 2015, o Civic perdeu seu trono na gama da japonesa. Além disso, seus volumes têm regredido desde então.Nos últimos anos, o melhor desempenho do sedã foi anotado em 2019, quando licenciou 27,3 mil unidades, segundo a Fenabrave.

Tudo bem que devemos considerar quem 2020 foi um ponto fora da curva, devido às medidas de contenção da pandemia do Covid-19. Mesmo assim, vendeu 20,4 mil carros. Este ano, de janeiro a setembro, foram 14 mil licenciamentos.

Por outro lado, o HR-V tem mostrado uma performance invejável. Foi líder do segmento em 2015, anotou 49,4 mil unidades em 2019. E este ano já emplacou 28,4 mil unidades, mesmo com a crise dos semicondutores. Ou seja, vendeu o dobro.

Assim, é fácil entender porque a Honda preferiu investir na nova geração do SUV e importar o sedã. Afinal, a indústria produz aquilo que tem demanda. Se o interesse cai, ela troca o produto. Foi o que fez quando o HR-V se tornou o principal produto no Brasil.

Civic nacional

CIVIC TAKATA

Mesmo assim, não deixa de ser melancólico. O Civic foi responsável pela instalação da unidade de automóveis da Honda em 1997. Até então, ela importava seus carros e fabricava apenas motocicletas, em Manaus. Por aqui, o sedã teve cinco gerações com produção local e apenas uma importada, quando o modelo fez sua estreia em 1993.

Claro que as unidades fabris no interior paulista seguiram em funcionamento, mas é um tanto triste ver que o Civic se tornou um carro de nicho. Na verdade, o sedã se tornou uma carroceria de nicho. Por décadas foi uma das principais carrocerias da indústria, perdeu espaço para os hatches, monovolumes e foi engolido pelos SUVs.

É vida que segue!

 


Fotos: /Divulgação


 

Marcelo Jabulas é Jornalista.

Está na área desde 2003, atualmente é o editor do caderno HD Auto, do jornal Hoje em Dia, de Belo Horizonte. Figura presente em todos os lançamentos, salões do automóvel e eventos da indústria automobilística.  https://www.youtube.com/garagemdojabulas

 


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Emilio Camanzi

Emilio Camanzi

Emilio Camanzi  é um jornalista experiente e formador de opinião, com mais de 56 anos de trabalho dedicados a área automobilística. Seu trabalho sempre foi norteado pela busca da seriedade e credibilidade da informação. Constrói suas matérias de forma técnica, imparcial e independente, com uma linguagem de fácil compreensão. https://www.instagram.com/emiliocamanzi/ 🙋 PARCERIAS: comercial@carroscomcamanzi.com.br