Carros de cinema – Parte 2
Muscle cars atuaram como mocinhos e bandidos no cinema
Muscle Cars são automóveis emblemáticos. Grandalhões, barulhentos e pouco práticos, esses paquidermes da indústria norte-americana são tão fascinantes que, do surgimento da tendência, no início dos anos 1960, até hoje, fazem pontas no cinema. Confira alguns modelos que volta e meia roubam a cena nas produções hollywoodianas.
Ford Mustang
Nada como um rabo de saia para fazer um homem perder a cabeça. Em “60 Segundos”, Angelina Jolie fica em segundo plano na vida do ladrão de carros Randall “Memphis” Raines (Nicolas Cage), obcecado por Eleanor, um Shelby Mustang GT500 (1967) com seu enorme V8 “427” 7.0. Na trama, Raines se vê obrigado a roubar 50 carros para salvar a pele do irmão. Na lista há modelos como Ferrari 365 GTB/4 Daytona, Lamborghini Diablo e até um raro Jaguar XJ220, mas é Eleanor quem rouba a melhor cena do filme.
No entanto, uma das sequências de perseguição mais famosas do cinema foi protagonizada por um Ford Mustang GT Fastback e um Dodge Charger, no thriller policial “Bullit”, estrelado por Steve McQueen. O brilho da produção de 1968 fica por conta da performance de McQueen ao volante. Como era piloto profissional, o ator dispensou dublê e gravou as cenas de perseguição. O Mustang de Bullit era um GT, ano 1968, equipado com um V8 “390” de 6.4 litros, que era uma verdadeira coqueluche nos Estados Unidos.
O Mustang é figurinha carimbada no cinema. As vezes só faz pontas, mas sempre surge como o automóvel daquele personagem descolado, sem muito apego material e que tem seu carro como uma espécie de amigo. É quase um cachorro, mas com um V8 no lugar de um rabo abanando.
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Dodge Charger R/T
O Mustang pode ser um galã entre os automóveis, mas um dos “atores” mais populares nas películas de ação é o Dodge Charger. Mais precisamente a versão R/T, de segunda geração. Fabricado entre 1968 e 1970, o Charger era o que se tinha de mais malvado em termos de estilo. Enorme, com exatos 5,30 metros de comprimento, ele se destacava pela frente intimidadora, que mantinha os faróis escondidos sob uma moldura. Mas o que assustava mesmo era o ronco do V8 “426 Hemi” 7.0 de 425 cv, que fazia dele um dos carros mais potentes da época, rivalizando com as versões mais nervosas do Chevrolet Corvett Stingray, equipadas com o V8 “Big Block” e também o intempestivo Mustang Shelby GT 500.
Pouco depois do lançamento, não demorou a entrar num set de filmagem e protagonizou uma das cenas de perseguição mais emblemáticas do cinema, em “Bullitt”. Era o Charger do vilão contra o Mustang do mocinho (Steve McQueen, este que dispensava dublê). Sejamos sinceros, sem o Charger na história, o Mustang de McQueen não teria tido o mesmo sucesso.
O Charger R/T também teve participação relevante no seriado “The Dukes of Hazzard” (1979 a 1985), inclusive com nome próprio: General Lee. O Charger alaranjado com a bandeira dos confederados era praticamente um personagem na trama. Em 2005, a série ganhou um longa-metragem e o “dojão” estava lá.
Mas a fama do Charger reacendeu com a franquia “Velozes e Furiosos”, onde o grandalhão sempre faz “dupla” com o Dominic Toretto (Vin Diesel). O Charger R/T preto, equipado com compressor mecânico e até mesmo um blower, dá o ar de sua graça no final da película, na última corrida do filme. Ele até empina as rodas dianteiras na arrancada (o que não é impossível, dependendo do torque do motor e da calibragem dos pneus traseiros), mas se desmancha no final. Depois disso, virou habitue da série, desfilando na versão Daytona e até mesmo numa aposta abrutalhada para combate.
Chevrolet Camaro
O Camaro nasceu em 1967 para concorrer com o Mustang. Conseguiu ter sucesso, pois era compacto e com ótima performance, mas nas telas ele sempre ficou ofuscado pelo brilho reluzente do primo irmão Pontiac Firebird Trans-Am, eternizado em “Agarra-me se Puderes”. Porém a vez do Camaro chegou com o filme “Transformers”, quando assumiu o papel do robô Bumblebee. O sucesso do filme, transformou o Camaro “amarelo” numa coqueluche, inclusive aqui no Brasil, que por um período foi a máquina da rapaziada endinheirada.
Outra aparição voraz do Camaro foi em “Mais Velozes e Mais Furiosos”, onde uma versão preparada pela Yenko se torna um dos heróis do filme.
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Marcelo Iglesias Ramos – Jornalista | Designer Gráfico
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Fotos: Internet e filmes
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