Caranga “copeira” não é pé de coelho

Caranga “copeira” não é pé de coelho

Ano de Copa do Mundo é seguido da incerteza se o Brasil será campeão novamente e da certeza de que um fabricante que coloca seus dobrões na competição, seja na Seleção Brasileira, seja na FIFA, lançará uma edição especial inspirada no mundial. E foi só o professor Adenor anunciar a penúltima lista, antes da convocação final para a Copa da Rússia, que a Hyundai (que é patrocinadora oficial da copa) revelou o HB20 Copa do Mundo FIFA 2018. Isto mesmo, a versão com o nome completo da maior festa do esporte bretão.

O HB20 “copeiro” será oferecido nas versões hatch e sedã (HB20S) e com opções de motores 1.0 de 80 cv e 1.6 de 128 cv. O HB20 Copa do Mundo FIFA 2018 (me recuso a escrever tudo isso mais uma vez) não traz nenhum tipo de diferencial em seu visual, basicamente inclui a logomarca do Mundial da Rússia nos encostos de cabeça dos bancos e nos para-lamas.

Seu principal destaque (uma verdadeira jogada de mestre), foi incluir TV digital no módulo multimídia de sete polegadas, que também agrega conexão com smartphones nos padrões Apple CarPlay e Android Auto. Assim, o consumidor que estiver no trânsito, longe de casa ou de um botequim, pode estacionar e acompanhar o Escrete Canarinho. Apesar do anúncio, a marca sul-coreana não divulgou os preços ainda. Vai que o Tite convoca o David Luiz e o carro encalha!

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Olho na bola

Mas a Hyundai não é a primeira a usar a Copa do Mundo para vender carros. No Brasil há prática é antiga. A primeira fabricante a combinar automóveis com o futebol foi a Volkswagen. A marca alemã que tinha lançado o Gol dois anos antes, aproveitou o Mundial de 1982, na Espanha, para lançar o Gol Copa. Afinal, o carro levava o nome da meta, da consagração, do objetivo do futebol e eles não iriam deixar a oportunidade passar batido.

O Gol Copa não se diferenciava das demais opções do hatch e era necessário olho clínico para identificar a discreta logo com uma bola na tampa do porta-malas. Por dentro a manopla do câmbio trazia uma bola com gomos semelhante a da “redonda” e fazia uma brincadeira com a tradicional bolinha de golfe do Golf.

A Volks repetiu a dose em 1994, pouco antes de ceifar a primeira geração (caixote) do Gol. A versão deu sorte, pois a seleção encabeçada por Romário e Bebeto acabou com um jejum que durava desde 1970. O mesmo não pode ser dito da edição do Gol Copa de 2006, em que o “Quadrado Mágico” (Ronaldinho Gaúcho, Kaká, Ronaldo e Adriano) não rolou em campo.

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Radiador batizado

A GM também bateu uma bolinha com o Kadett Turim, onde a Seleção foi eliminada vergonhosamente pela Argentina, nas Oitavas de Final, em que Maradona partiu do meio de campo, limpou toda a zaga brasileira e tocou por debaixo das pernas de Mauro Galvão para que Caniggia deixasse Tafarel no chão e finalizasse para emudecer qualquer canário. Foi algo horrível para uma criança de 11 anos de idade assistir. Ainda me pergunto se havia “água batizada” no radiador do Kadett.

Em 1998, a Chevrolet insistiu mais uma vez não com um, mas com dois modelos. A edição Champ 98 era oferecida nas caminhonetes S10 e Corsa Pick-Up. Naquele ano, a GM deveria era ter lançado uma ambulância para carregar o Ronaldo (Fofão) para o hospital. Talvez assim, o baile da França teria sido menos humilhante.

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Dá para piorar

O Golzinho ainda teve as edições Sport (Mundial de 2002) e Seleção, nos mundiais de 2010 e 2014. A última edição tinha como destaque a opção da pintura amarela, com a mesma tonalidade do uniforme e com o escudo da CBF no para-lamas.

Engraçado… Só agora me dei conta que depois da exibição de gala da Seleção da Alemanha, no Estádio Magalhães Pinto (onde fui testemunha ocular), o Gol caiu em desgraça.

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Abre o olho Hyundai!

 

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Marcelo Iglesias Ramos é Jornalista e Designer Gráfico.

Está na área desde 2003, atualmente é o editor do caderno HD Auto, do jornal Hoje em Dia, de Belo Horizonte. Figura presente em todos os lançamentos, salões do automóvel e eventos da indústria automobilística. Para relaxar, tem como hobby escrever para seu blog de games, o “GameCoin” (www.gamecoin.com.br).

Contato: (31) 99245-0855

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Emilio Camanzi

Emilio Camanzi

Emilio Camanzi  é um jornalista experiente e formador de opinião, com mais de 56 anos de trabalho dedicados a área automobilística. Seu trabalho sempre foi norteado pela busca da seriedade e credibilidade da informação. Constrói suas matérias de forma técnica, imparcial e independente, com uma linguagem de fácil compreensão. https://www.instagram.com/emiliocamanzi/ 🙋 PARCERIAS: comercial@carroscomcamanzi.com.br