BYD reajusta preços após aumento de imposto de importação

A BYD, fabricante chinesa de veículos elétricos, reajustou os preços de seus modelos Dolphin, Song Plus, Yuan Plus e Seal no mercado brasileiro. O aumento ocorreu devido à elevação das alíquotas de imposto de importação para carros elétricos, híbridos e híbridos plug-in, que passou a vigorar em 1º de julho de 2024.

O primeiro aumento do imposto de importação, que até então não era cobrado, ocorreu em janeiro de 2024, quando este passou a vigorar com alíquota de 10%. A BYD conseguiu segurar seus preços até agora, julho de 2024, quando o imposto já passa para a alíquota de 18%.

O BYD Dolphin, modelo mais vendido da marca no país, teve um aumento de R$ 10.000, passando de R$ 149.800 para R$ 159.800, tendo ganhado apenas um limpador de para-brisas traseiro nessa transição. A versão Plus, com motor mais potente e bateria de maior capacidade, também sofreu reajuste, subindo de R$ 179.800 para R$ 184.800, uma alta de R$ 5.000.

Juntamente com o Dolphin, um dos aumentos mais salgados foi o do Song Plus, que terá um aumento de R$ 10 mil, e saindo de R$ 229.800 para R$ 239.800. O modelo recebeu novidades na linha 2025, com nova bateria que lhe confere uma autonomia combinada de 1.200 km. Porém, com a chegada do Song Pro junto do aumento dos impostos, há a possibilidade de que o Song Plus volte a custar por volta de R$ 260.000, preço que custava quando chegou no Brasil.

Já o SUV elétrico Yuan Plus teve seu preço elevado de R$ 229.800 para R$ 235.800, um aumento de R$ 6.000. Vale lembrar que, assim como o Song Plus, o Yuan Plus chegou ao mercado com um preço bem mais alto, de R$ 269.990, tendo sido posteriormente reduzido para R$ 229.800, mas mesmo assim teve sucesso moderado no nosso mercado.

Por fim, o sedã elétrico BYD Seal, terceiro modelo médio mais emplacado no país, passou de R$ 296.800 para R$ 299.800, um aumento de R$ 3.000 que já era esperado, dado que o modelo estava próximo da faixa dos R$ 300.000.

A BYD está prestes a lançar novos modelos no mercado brasileiro, o Yuan Pro e a Shark, em agosto e setembro, respectivamente. É possível que os lançamentos da BYD venham já com seus preços alterados em razão dos impostos. 

Apesar dos reajustes, a BYD mantém sua posição de destaque no mercado brasileiro de veículos elétricos, com o Dolphin sendo o carro elétrico mais vendido no primeiro semestre de 2024. No entanto, caso as demais montadoras consigam segurar seus preços, os aumentos dos valores dos modelos BYD podem afetar a competitividade da marca, especialmente em um cenário de crescente concorrência no segmento de veículos elétricos e híbridos.

Todos os veículos eletrificados terão alíquota de 35%, segundo o plano do governo, a qual será gradativamente aumentada até 2026. Isso se a pressão da ANFAVEA não conseguir aumentar os impostos antes do estabelecido.

Confira o cronograma para o aumento das alíquotas:

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