Autonomia de até 2.390 km? É o que a Geely promete

O novo sistema híbrido Geely supera o DMi 5.0 da BYD e estabelece novos padrões de eficiência

A Geely, renomada fabricante chinesa de automóveis, anunciou recentemente o lançamento de seu revolucionário sistema híbrido plug-in EM-i, também conhecido como Nord Thor 2.0. Este novo conjunto promete redefinir os padrões de eficiência e autonomia no segmento de veículos eletrificados, oferecendo até 2.390 km com um único tanque de combustível. 

Eficiência e Autonomia

O coração do sistema EM-i é um motor a combustão interna de última geração que alcança, segundo a empresa, uma eficiência térmica de 46,5%, superando ligeiramente o sistema DMI 5.0 da BYD, que atinge 46,06%. Esta alta eficiência se traduz em um consumo médio de apenas 2,67 litros por 100 km, equivalente a 37,5 km/l.

O sistema EM-i integra 11 funções em um único conjunto elétrico, otimizando o desempenho e a eficiência energética do veículo. Esta integração representa um avanço significativo na tecnologia de propulsão híbrida.

O grande destaque do EM-i é sua autonomia combinada de até 2.390 km, superando o sistema DM-i da BYD, que promete até 2.100 km. Para colocar em perspectiva, esta autonomia é suficiente para ir de Curitiba a Salvador com um único tanque. Este alcance impressionante é resultado da combinação eficiente entre o motor elétrico e o conjunto a combustão.

Versatilidade e Adaptabilidade

Além de sua eficiência, o motor do EM-i foi projetado para operar com combustível à base de metanol. O metanol, também conhecido como álcool metílico, é um composto químico que desempenha um papel crucial na transição para combustíveis mais sustentáveis. Sua aplicação vai desde o metanol verde, sintetizado a partir de hidrogênio verde e CO2 sustentável, até a produção de biodiesel e combustíveis sintéticos. 

Além disso, o EM-i foi projetado para suportar temperaturas extremas de até -35°C. Esta versatilidade aumenta significativamente sua adaptabilidade a diferentes mercados e condições climáticas, tornando-o uma opção viável para regiões com infraestruturas de abastecimento diversificadas.

Estreia no Mercado e Variantes

O sistema Nord Thor 2.0 fará sua estreia no modelo Geely Starship 7, programado para ser apresentado oficialmente no próximo dia 4 de novembro de 2024 na China. Além do EM-i, a Geely também oferece a variante EM-P, focada em alta performance e já utilizada em veículos da marca Lynk & Co, uma subsidiária do Grupo Geely.

O lançamento do EM-i ocorre em um momento de intensa competição no mercado chinês de veículos híbridos plug-in. Outras montadoras, como SAIC e Chery, também têm feito avanços significativos. A SAIC, com seu sedan Roewe D7 DMH, entrou para o Guinness com a maior distância percorrida por um veículo híbrido plug-in, enquanto o SUV Chery Fulwin T10 detém o recorde de maior autonomia combinada entre os SUVs híbridos plug-in.

Esta competição acirrada está impulsionando inovações rápidas no setor de veículos eletrificados, beneficiando os consumidores com avanços tecnológicos contínuos.

Estratégia Global da Geely

A Geely, proprietária de marcas como Volvo e Zeekr, demonstra com o EM-i sua ambição de liderar o mercado global de tecnologias híbridas avançadas. A empresa tem uma estratégia de expansão global, visando atingir novos mercados em breve, seguindo um caminho similar ao da BYD, que tem impulsionado o mercado de carros eletrificados em diversos países.

Há expectativas de que essas inovações em breve se ampliem para além do mercado chinês, seguindo o exemplo de outras tecnologias da Geely, como a plataforma SEA para veículos elétricos, que já equipa modelos de outras marcas do grupo, incluindo o novo Volvo EX30.

Impacto no Mercado Brasileiro

Embora ainda não haja confirmação oficial, existe a possibilidade de que essa tecnologia chegue ao Brasil. A Geely já opera no país através de suas divisões de luxo, como Volvo e Zeek, e estuda a reintrodução de seus modelos no mercado brasileiro. A empresa tentou entrar no mercado brasileiro anteriormente, focado em carros populares, mas sem sucesso. Agora, com uma abordagem voltada para tecnologias avançadas, as perspectivas parecem mais promissoras.

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