Aston Martin e seus quádruplos com a Zagato
A relação íntima entre a Aston Martin e as carrozzerias (construtora de carrocerias) italianas vêm de longa data. A marca britânica teve um longo enlace com a Superleggera, que gerou modelos como o icônico DB5, o carro de James Bond. E, ainda, hoje vive um romance frutífero com a Zagato.
A empresa italiana já desenvolveu diversos trabalhos para a casa de Gaydon, mas em 2017 surpreendeu com uma versão especial do Vanquish, batizada da Vanquish Zagato. Com desenho agressivo, formas pontiagudas e elementos circulares, a proposta se tornou ainda mais ousada, pois além de um cupê totalmente redesenhado e com apenas 99 unidades, ainda haveriam outras três derivações.
Volante
A segunda variante foi um conversível, que na Aston Martin são chamados de Volante. O conversível segue o mesmo padrão de estilo do cupê e também teve 99 unidades programadas.
Speedster
A terceira variação foi a Speedster. Trata-se de um conversível de dois lugares, com duas corcovas atrás dos bancos e para-brisas rebaixado, seguindo os dogmas da alcunha que também já foram aplicadas pela Porsche no 356, 911 e Boxster. Para essa opção, Aston Martin e Zagato estipularam apenas 28 carros.
Todas as versões são equipadas com motor V12 5.9 de 600 cv e transmissão Touchtronic III de oito velocidades. O mesmo conjunto mecânico do Vanquish S.
Shooting Brake
Mas a dupla deixou para o final a versão mais intrigante da safra limitada. O Aston Martin Zagato Shooting Brake completa a série com outras 99 unidades e um design arrebatador. Para quem não está a par do glossário automotivo, o termo shooting brake corresponde a uma perua derivada de um cupê. Um exemplo é Ferrari FF, que hoje se chama GTC4 Lusso.
O Zagato Shooting Brake se destaca pelo teto no estilo Double Bubble (com as laterais convexas) translúcido e que formam uma ponta que atua como aerofólio.
Dos irmãos, ele herdou itens agressivos como os grandes difusores de ar na traseira, dois pares de ponteiras de escapamento e as lanternas circulares que lembram aquelas formas de gelatina.
Independentemente da carroceria, tratam-se de automóveis magníficos, que ainda ratificam que, numa indústria onde há compartilhamento de componentes, plataformas, motores e até carrocerias, ainda há espaço para criações que fogem ao racionalismo da indústria.
Marcelo Jabulas é Jornalista e Designer Gráfico.
Está na área desde 2003, atualmente é o editor do caderno HD Auto, do jornal Hoje em Dia, de Belo Horizonte. Figura presente em todos os lançamentos, salões do automóvel e eventos da indústria automobilística.
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