As cores gostam de uma bebedeira

As cores gostam de uma bebedeira

Por muito tempo o brasileiro foi acometido por uma síndrome. Era tenebroso, medonho, bizarro até. Vivemos durante anos comprando carros pretos ou pratas, vivíamos na estranha “ditadura do PP”. Como todo trend, não há muita explicação para que preto e prata tenham se tornado as cores mais populares para colorir os produtos da indústria automotiva. Por fim, o vendedor acabava dizendo ao comprador que era mais fácil revender um automóvel se ele viesse nessas duas cores — e todos nós acreditávamos piamente nisso. Era como se alguém proliferasse a ideia de que está ocorrendo um apocalipse zumbi no planeta e a gente comprasse a ideia. Hoje, o branco começa a ganhar força nas ruas e isso é muito bom. No entanto, vemos ainda inúmeros veículos pretos nas ruas; e no Brasil, um país extremamente quente, esta preferência beira o surreal.

Em nosso clima tropical, a cor preta é responsável por aumentar o consumo de combustível dos automóveis. Carros com essa pintura tendem a “esquentar” mais no interior, o que leva o motorista a ligar o ar-condicionado. O sistema é responsável por cerca de 20% no aumento do consumo, influenciando diretamente no bolso do pobre do proprietário.

Mas por que raios isso acontece? Se a cor do automóvel for mais clara, ela tende a refletir com mais facilidade os raios solares. Quando, porém, o carro é mais escuro, ele absorve os mesmos. É por isso que a lataria de um carro preto exposto ao sol durante algum tempo estará muito mais quente que um branco, por exemplo. E aí voltamos ao interior. A diferença de temperatura nos habitáculos de carros pretos e brancos é de aproximadamente 10º C. Por esse motivo, claro, o dono do carango mais escuro irá prontamente ligar o ar-condicionado (e com as janelas abertas ainda por cima, para tirar a “quentura” de dentro da cabine).

ESPECIAIS

O tipo de pintura também acaba influindo na absorção dos raios solares. A pintura metálica, por exemplo, reflete os raios e atenua o aquecimento do habitáculo. Já para você que curte aquela “pinturinha” perolizada, más notícias: apesar de ter a capacidade de refletir os raios solares, suas propriedades não são tão eficazes quanto as das pinturas metálicas (com base de alumínio) para evitar o aumento de temperatura na cabine. Em suma, um branco metálico é ideal para o nosso clima tropical, enquanto um preto perolizado (que faz muito sucesso pelas ruas Brasil afora) é um chamariz do “calorão”, um convite ao ar-condicionado e, além de “torrar seus miolos”, também torra mais a sua grana.

 

Imagens: Internet


Marcus Celestino é Jornalista e Cineasta
Já foi repórter do Estado de Minas e do Jornal do Brasil. Também atuou como editor do Auto Papo. Já cobriu os principais salões do automóvel do mundo e zerou, quando criança, todas as versões de Top Gear para Super Nintendo. Atualmente trabalha como analista de dados. Nas horas vagas tenta destronar Lewis Hamilton no modo carreira de F1 2018.

 


 

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Emilio Camanzi

Emilio Camanzi

Emilio Camanzi  é um jornalista experiente e formador de opinião, com mais de 56 anos de trabalho dedicados a área automobilística. Seu trabalho sempre foi norteado pela busca da seriedade e credibilidade da informação. Constrói suas matérias de forma técnica, imparcial e independente, com uma linguagem de fácil compreensão. https://www.instagram.com/emiliocamanzi/ 🙋 PARCERIAS: comercial@carroscomcamanzi.com.br