Airbags externos protegem os vulneráveis no trânsito

Airbags externos protegem os vulneráveis no trânsito

No último dia 25 de julho comemorou-se o Dia do Motorista. Para quem desconhece a origem da data, trata-se do dia de São Cristóvão, santo católico padroeiro dos motoristas, motociclistas e viajantes. No entanto, acidentes acontecem e grandes esforços têm sido direcionados nos últimos anos para aumentar a segurança ativa e passiva dos automóveis. Há uma preocupação adicional na proteção dos usuários mais vulneráveis no trânsito. Selecionei dois exemplos de tecnologias em desenvolvimento que podem ajudar a salvar vidas.

Airbags externos já são aplicados em alguns automóveis com proteção parcial na junção do capô e para-brisa. Veículos autônomos continuam em testes e robô-táxis estão em estágios avançados. Furgões são monovolumes e com superfície frontal maior. Segundo a Organização Mundial de Saúde 50% dos acidentes fatais envolvem pedestres, ciclistas e motociclistas.

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Uma das empresas especialistas em veículos autônomos é a americana Nuro, não tão conhecida, porém entre as mais avançadas. Seu modelo elétrico, um furgão desenvolvido para serviços de entregas urbanas, recebeu autorização do Departamento de Transportes dos EUA para testes em ruas. Autoliv, multinacional sueca especialista em segurança veicular, criou para a terceira geração do Nuro, ainda em desenvolvimento, um airbag externo que quando inflado cobre toda a frente do veículo, aumentado as chances de sobrevivência dos vulneráveis.

Outro avanço recente foi apresentado pela alemã Messring. Um boneco articulado que replica um adulto masculino em tamanho, forma, articulação das pernas e sensores para os testes de segurança de frenagem emergencial automática até 60 km/h. O boneco pode ser programado para andar a três, cinco e oito km/h. Aceita receber sensores de radar, lidar, câmera, infravermelho e ultrassônicos simultaneamente. As pistas de testes podem se aproximar cada dez mais do mundo real.

Prazos para elétricos dividem fabricantes europeus

 

Legisladores da União Europeia estabeleceram 2035 como data limite para que apenas veículos 100% elétricos possam ser comercializados nos 27 países do bloco. Essa decisão implicou diferentes reações dentro da Acea (sigla em francês para Associação dos Fabricantes Europeus de Automóveis). A posição da entidade apontou que seria melhor cumprir a primeira meta de redução de 50% de carros com motores a combustão interna, até 2030, para depois avaliar quando a substituição poderia ser total.

Pouco depois a Stellantis avisou que se desligaria da Acea no fim deste ano. Alegou que trabalha com firmeza para reduzir os custos até 2030. O grupo acrescentou que pretende lançar 75 modelos elétricos nesta década. Ressalvou, porém, que “se estes veículos não ficarem mais baratos, o mercado entrará em colapso”. O presidente da empresa, Carlos Tavares, afirmou à publicação Automotive News Europe que a Stellantis cumprirá a decisão, porém acrescentou: “Os formuladores de políticas parecem não se importar se teremos matéria-prima suficiente para sustentar a mudança”.

Posição oposta tomou a Volvo que também pediu desfiliação da Acea no final de 2022. A fabricante sueca se comprometeu a ter uma gama de carros totalmente elétricos até 2030, à frente da proposta da União Europeia. Por isso discorda das outras associadas.

Maior fabricante europeu, o Grupo VW destacou que a produção de baterias é desafio maior do que banir motores a combustão.

No Japão, Toyota, Suzuki, Subaru e Daihatsu se associaram para pesquisar produção mais eficiente de bioetanol e sua utilização em automóveis.

E nos EUA fabricantes, frente à escalada de custos, pediram a volta do subsídio federal para elétricos previsto apenas para as 200.000 primeiras unidades. O governo ainda negocia com o Legislativo. Mas alguns Estados continuam com incentivos, em especial Califórnia e Washington.

 

ALTA RODA

 

TOYOTA YARIS, nas versões hatch (dois terços das vendas) e sedã, recebeu atualização estética apenas na dianteira e novas rodas nas versões 2023. Pontos altos dos dois modelos: acerto das suspensões em qualquer condição de carga, sete airbags e assoalho traseiro plano. Motor 1,5 L com 110 cv (E)/105 cv (G) vai bem no consumo de combustível, porém limita o desempenho. Câmbio CVT de 7 marchas, no modo Sport, melhora as respostas, ainda longe de empolgar frente a concorrentes diretos. Central multimídia de 7 pol. (Android Auto e Apple CarPlay) conecta apenas com fio. A favor, duas entradas USB atrás.

PARA quem viaja nas férias de julho a primeira providência, em geral, é fazer antes uma revisão no carro com troca de óleo do motor. Nem sempre há necessidade das duas operações simultaneamente. Correto é fazer as revisões preconizadas por tempo ou quilometragem e isso se aplica também ao óleo. Lucas Fiuza, da Tamco Lubrificantes, destaca “a importância de seguir viscosidade e aditivação recomendadas pelas fabricantes do veículo. Estas pedem para encurtar os prazos de troca no caso de uso intenso, o que significa situações de trânsito pesado”. Trajetos curtos e frequentes também são deletérios para o óleo.

 

Coluna Fernando Calmon nº 1.211

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Fernando Calmon

Fernando Calmon

Coluna Fernando Calmon aborda temas de variado interesse na área automobilística: comportamento, mercado, avaliações de veículos, segredos, técnica, segurança, legislação, tecnologia e economia. A coluna semanal é reproduzida em mais de 80 sites, portais, jornais e revistas brasileiros. Começou em 1º de maio de 1999.