993 Carrera RS: 35 anos do último 911 “puro”

993 Carrera RS: 35 anos do último 911 “puro”

Quando se pergunta qual foi a melhor edição do Porsche 911, os puristas sempre destacam o Carrera RS 2.7, de 1972. Realmente esse carro oferece uma das melhores experiências para quem busca um carro temperamental sem nenhum tipo de eletrônica. Puríssimo, com sua traseira indolente e um boxer de 210 cv para menos de mil quilos.

No entanto, há outra opção tão purista quanto ela e que também leva o mesmo sobrenome. O 993 Carrera RS chegou em 1995 e pode ser definido como o último Porsche da velha guarda. Lançado há 35 anos, esse pode ser considerado como o pai da linhagem GT3.

Seu boxer 3.8 refrigerado a ar,  contava com aspiração natural e entregava nada menos que 300 cv. Mesmo com 108 cv a menos que o Turbo S, era um valor espetacular para os padrões de 1995 e até mesmo para os dias de hoje, quando se fala de um propulsor sem nenhum tipo sobrealimentação.

 

Este slideshow necessita de JavaScript.

 

Setup do 993 Carrera RS

 

Para chegar aos números, a Porsche promoveu uma verdadeira dissecação do flat six. Ela instalou pistões forjados, novos balancins, válvulas de admissão de diâmetro ampliado e novos coletores, injeção Bosch Motronic. Como não poderia deixar de ser, o Carrera RS teve apenas transmissão manual de seis marchas, G50.

O RS também recebeu freios de 322 mm perfurados do Turbo, rodas aro 18, amortecedores Bilsten. Seu kit aerodinâmico recorria a elementos do poderoso GT2 como o enorme aerofólio e um defletor dianteiro com winglets. No entanto, ele dispensava os alargadores de para-lamas, da versão mais bruta da geração 993.

Por dentro, ele está longe de ser o carro para impressionar a namorada. Os bancos traseiros foram eliminados e os dianteiros substituídos por bancos de corrida. Vidros elétricos, ar-condicionado e qualquer outra “perfumaria” foi removida para reduzir peso, de apenas 1.235 quilos, praticamente o mesmo de um sedã compacto.

Toda potência aparecia aos 6.500 rpm, praticamente, enquanto os 36,1 mkgf de torque estavam dispostos a 5.500 giros. Ou seja, esse Porsche gosta de trabalhar com motor cheio, com o inconfundível ronco do boxer seis cilindros, que fica pendurado na traseira do carro, como se fosse um pêndulo, querendo jogar a traseira para fora em todas as curvas.

O melhor: ele era homologado para uso urbano. E quem buscasse algo ainda mais visceral poderia optar pela edição Clubsport. Segundo a Porsche, foram feitos 1.014 unidades desse carro entre os anos de 1995 e 1996, sendo que pouco mais de duzentas foram do Clubsport. Ele foi a despedida da carroceria original e do motor arrefecido a ar.

 

 


Fotos: divulgação

Marcelo Jabulas é Jornalista e Designer Gráfico.
Está na área desde 2003, atualmente é o editor do caderno HD Auto, do jornal Hoje em Dia, de Belo Horizonte. Figura presente em todos os lançamentos, salões do automóvel e eventos da indústria automobilística. https://www.youtube.com/garagemdojabulas

 

🙋 CONTATO COMERCIAL: comercial@carroscomcamanzi.com.br

 

Fique pertinho da gente:

🔸 https://www.instagram.com/carroscomcamanzioficial
🔸 https://www.instagram.com/emiliocamanzi/
🔸 https://www.instagram.com/camilacamanzi/
🔸 https://www.facebook.com/carroscomcamanzi

 

🚗 INSCREVA-SE NO NOSSO CANAL NO YOUTUBE: https://goo.gl/TW6YW5

👪 PARTICIPE DO NOSSO CLUBE: https://www.youtube.com/channel/UChU6qQR8Af0Xd3LSbQHN2sA/join

📻 Também estamos na Rádio, com o ITATIAIA CARROS: 95,7 FM – 2ª e 6ª às 12h30 – reprise: 3ª e sábados às 05h50


 

DEIXE SEU COMENTÁRIO

Emilio Camanzi

Emilio Camanzi

Emilio Camanzi  é um jornalista experiente e formador de opinião, com mais de 56 anos de trabalho dedicados a área automobilística. Seu trabalho sempre foi norteado pela busca da seriedade e credibilidade da informação. Constrói suas matérias de forma técnica, imparcial e independente, com uma linguagem de fácil compreensão. https://www.instagram.com/emiliocamanzi/ 🙋 PARCERIAS: comercial@carroscomcamanzi.com.br