Z4 retorna com roadster nato

Com teto de tecido Z4 retorna com roadster nato

No final dos anos 1990 a BMW resolveu se aventurar no segmento de roadsters, nicho que tinha saído do catálogo da marca desde o clássico 507, fabricado entre 1956 a 1959. Em 1989 ela apresentou o Z1, modelo exótico que tinha estilo inspirado no Série 8 e inusitadas portas destacáveis. O modelo teve vida curta, mas estimulou a marca a lançar o bem-sucedido Z3 em meados dos anos 1990, que evoluiu para o Z4. Agora o roadster acaba de chegar à terceira geração.

Com visual agressivo, o novo Z4 foi uma das grandes atrações do Pebble Beach Concours d’Elegance, que aconteceu em Monterey, na Califórnia. O conversível tem como principal mudança o retorno do teto retrátil de lona, presente nos antecessores Z1, Z3, Z8 e no Z4 (E85), mas que deu lugar a um teto rígido articulado na geração que encerrou em 2016. Visualmente, é muito fiel à versão conceitual, também exibida ano passado em Pebble Beach. Os faróis com desenhos longitudinais contrastam com o padrão clássico da marca ao oferecer conjuntos óticos horizontais com dupla parábola.

Escrita

Por outro lado, o Z4 segue os dogmas de um roadster legítimo. Capô grande, traseira curta e bancos praticamente sobre o eixo posterior. Essa receita de engenharia permitiu que a BMW chegasse a uma distribuição perfeita de peso na ordem de 50:50. Isso porque as principais massas: motor, transmissão, eixo cardã e diferencial traseiro estão entre as rodas. Na prática, corresponde a um comportamento dinâmico exemplar, ainda mais pelo fato de o roadster ter sistema de suspensão totalmente independente, com amortecedores com ajuste eletrônico de carga.

A Z4 estreia na versão M40i (First Edition) e, atrás da tradicional grade em forma de duplo rim, repousa o conhecido motor seis cilindros 3.0 biturbo de 340 cv. Trata-se do mesmo propulsor que equipa praticamente toda a gama da BMW, do Série 1 ao 7.

Como todo roadster que se preze, o Z4 tem tração traseira e o gerenciamento da cavalaria é feita por caixa automática de oito marchas. Os números de performance informados pela BMW revelam aceleração de 0 a 100 km/h em 4,6 segundos. A velocidade máxima não foi informada, mas deve ter sido limitada (eletronicamente) em torno dos 250 km/h ou 280 km/h.

Primo japonês

Entre as peculiaridades do conversível alemão está o fato dele compartilhar base com o futuro Toyota Supra. As medidas e proporções do Z4 basicamente se repetirão no esportivo nipônico. O que muda é que o Supra segue como cupê 2+2, com estilo fiel ao conceito FT1.

Apesar de ser um roadster nato, o Z4 também exibe sofisticações da vida moderna. O modelo ganhou quadro de instrumentos digital, assim como Head-Up Display que projeta diversas informações de condução e navegação no para-brisas. Completa o conjunto de sofisticações o sistema de áudio Harman Kardon.

Próximos passos

O Z4 será apresentado oficialmente no Salão de Paris. Chega ao mercado no primeiro trimestre de 2019 para reencontrar antigos rivais, como Mercedes-Benz SLK, Audi TT Roadster, Porsche Boxster e Jaguar F-Type.

 


 

 

Marcelo Iglesias Ramos é Jornalista e Designer Gráfico.

Está na área desde 2003, atualmente é o editor do caderno HD Auto, do jornal Hoje em Dia, de Belo Horizonte. Figura presente em todos os lançamentos, salões do automóvel e eventos da indústria automobilística. Para relaxar, tem como hobby escrever para seu blog de games, o “GameCoin” (www.gamecoin.com.br).

 


 

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