Volvo lidera no segmento de eletrificados
A Volvo comemora a vice-liderança no segmento de automóveis premium. A marca sueca deixou para trás Audi e Mercedes-Benz, com 16,3% de participação no nicho de luxo, percentual que corresponde a 5.760 unidades, desde janeiro. Além disso, a marca se tornou líder no segmento híbrido plug-in premium, com 60% das vendas por aqui.
Segundo executivos da marca, o desempenho se dá pela ampla oferta de modelos eletrificados. Hoje, a Volvo oferece cinco modelos no Brasil: XC40, XC60, XC90, S60 e S90, que contam com 20 variações. Desse total, 11 são híbridos e representam 50% das vendas da marca.
Para 2021, a Volvo afirma que 100% dos modelos vendidos no país terão auxílio de propulsão elétrica. Ou seja, as versões apenas à combustão deixarão de ser oferecidas. Isso se dá pelo crescimento do interesse do consumidor por esse tipo de automóvel. Para se ter uma ideia, em 2019 o volume de híbridos foi de 903 unidades emplacadas. Já em 2020, o número saltou para 3.160, de janeiro a outubro.
A marca tem sustentado a bandeira da neutralização das emissões de carbono até 2040. E, como parte dessa estratégia, prevê lançamento de um modelo totalmente elétrico por ano, até 2025.
Investimentos
Mas, para vender híbridos e elétricos, a Volvo sabe que precisa entregar mais que a meta de neutralizar suas emissões de carbono. A marca já investiu mais de R$ 10 milhões na instalação de 700 pontos de recargas no país. Em Minas Gerais, por exemplo, há 19 pontos e ela espera duplicar até o final de 2021.
No entanto, ela garante que seus pontos de recarga não são exclusivos para clientes da marca. “Utilizamos o conector tipo dois, que é o mais popular no Brasil e equipa cerca de 90% dos modelos plug-in. Entendemos que é preciso ampliar a rede de carregamento e que não deve ser uma prioridade do governo, mas da indústria. Dessa forma, oferecemos carregamento gratuito para todos os nossos clientes e também para os modelos que não sejam Volvo”, explica diretor de Marketing da Volvo para América Latina, Rafael Ugo.
Novo SUV
O ganho de participação estimula a marca a alçar números mais expressivos para 2021 em diante. Um dos projetos a médio prazo da Volvo será o desenvolvimento de um SUV compacto, abaixo do XC40.
“Acabamos de desenvolver com a Geely uma nova plataforma para um utilitário compacto híbrido. Primeiramente, a Geely irá lançar um produto sobre essa base e, posteriormente, iremos desenvolver um SUV para se posicionar na base de nossa gama, mas ainda não há data definida”, explica o diretor Geral de Operações e Inovação, João Oliveira.
Esse modelo deverá se colocar no mesmo degrau em que disputam aventureiros como o Audi Q2, VW T-Roc e Nissan Juke, no chamado segmento A-SUV. Mas, não pense que seria um Volvo “popular”. Hoje, seus concorrentes europeus giram em torno dos 22 mil e 26 mil euros, enquanto o XC40 (que figura no B-SUV) tem valores iniciais na faixa dos 30 mil euros, nos principais mercados do Velho Mundo.
Assim, numa conta de padaria, poderíamos estimar que, se fosse lançado, deveria custar entre 20% a 25% menos que o XC40, para ser competitivo. Por aqui, caso fosse lançado hoje, custaria em torno dos R$ 150 mil, uma vez que o XC40 parte dos R$ 204 mil.
São números hipotéticos, que desconsideram incontáveis fatores, como conteúdos e tecnologia embarcada. Mas, é uma estimativa diante de como o XC40 se posiciona na Europa, comparado com o segmento abaixo.
Não será para todos, mas já dá para sonhar!
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