Você conhece o Arruela?

Você conhece o Arruela? Essa do Zampa dá para contar!

“Arruela ou anilha – diz o Wikipédia – é um disco fino com um furo, geralmente no meio. Ela é utilizada normalmente para suportar a carga de um parafuso. Outras utilizações são como espaçadores, mola, almofada de desgaste, e dispositivo de bloqueio. Elas são, geralmente, metálicas ou de plástico.”

Há cerca de 3 semanas atrás, eu prestei uma homenagem ao Zampa e contei algumas histórias sobre ele e disse que muitas outras eram impublicáveis. Mas esta, do Arruela, é engraçada, como admite sua própria vítima, o Marco Antônio.

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Mas o Wikipédia não conheceu o verdadeiro Arruela, um jovem morador de Brasília, que desde os anos 70 era um “faz tudo” no Autódromo de Brasília (que ainda não recebera o nome do grande Nelson Piquet, que arrendou o local em 1996). Fazia de tudo, ajudava na Sala de Imprensa, com Dinho Leme e Marco Antônio Lellis (não é meu parente, mas grande e sumido amigo), atendia pedidos dos pilotos e membros das equipes. Era o que hoje se classifica como “um querido” de todos.

Certo dia, em 1987, Dinho e Marco Antônio tomavam uns “gorós” no apartamento com três camas e, depois de alguns goles, Dinho ouviu do seu colega uma confissão: ele tinha um filho em Brasília, que estaria naquela época com 27 anos, onde estivera anos atrás, após um relacionamento com uma moça local, falando inclusive o nome dela, não revelado aqui, por respeito à ética.

Zampa era o terceiro elemento naquela cena e fingiu dormir, já “maquinando” uma forma de aprontar para o Marco Antônio.

No dia seguinte. Zampa falou para sua “vítima” que tinha amigos no SNI e iria ajudá-lo a encontrar esse filho brasiliense.

Ao chegar ao autódromo, Zampa foi procurar pelo Arruela, que rodava pelos boxes e o advertiu: hoje você não apareça na Sala de Imprensa. Eu vou te levar para almoçar na melhor churrascaria da cidade (a Chamas, conforme lembra o Arruela), onde estaria o Marco Antônio com alguns patrocinadores.

Orientado pelo Zampa, o Arruela, bem arrumadinho, foi até a mesa onde estava a vítima do Zampa e se apresentou: eu sou filho de fulana, você é meu pai e sapecou um abraço apertado no Marco Antônio, que desandou a chorar de emoção.

Isso até que ele avistou, em uma mesa distante, o Zampa com seu olhar “demoníaco” dando boas risadas. Conforme contou-me a vítima.

Talvez você conheça uma outra versão, ou várias outras, dessa história. A que eu conto aqui é a do próprio Ney Jackson Menezes, hoje com 60 anos, casado, com uma filha de 18 anos, futura advogada, mas que ainda é chamado de Arruela, inclusive na sede do Governo do Distrito Federal, onde assessora a vice-governadora.

E o Arruela tem muitas histórias & estórias para neste mundo do automobilismo para contar, onde começou quando tinha 12 anos e já frequentava as corridas nas vias de Brasília, ajudando todo mundo no que podia.

 

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