Um Porsche para poucos

Porsche 911 R

Se ter um Porsche já é para poucos, desfilar com um 911 R, então, será para uma freguesia mais seleta ainda. O motivo não é pelo preço. É que a nova máquina será feita, especialmente, para os amantes dos carros que oferecem desempenho puro, renunciam ao conforto e gostam de pilotar à moda antiga, trocando as marchas na curta alavanca de câmbio. Por isso, serão feitas somente 991 unidades desse clássico da Porsche, que é equipado com um motor de 4,0 litros de aspiração natural (sem turbo), câmbio manual de seis marchas e tração só na traseira. Em resumo, o 911 R é um carro de corrida, com permissão para circular pelas ruas.

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Porsche 911 R 2.0 coupé – 1969

O “R” é de Racing, competição, e o novo modelo é uma homenagem aos que participaram de ralis na década de 1960 e na histórica Targa Florio, uma das mais antigas corridas automobilísticas da Itália e, junto com a Mille Miglia, certamente, a corrida italiana mais famosa no mundo. Desenvolvido no departamento de competições da marca, tem na chamada relação peso/potência um de seus trunfos para o máximo de desempenho. Pesa apenas 1.370 quilos, conseguidos com o uso de para-lamas e capô em fibra de carbono, teto em liga de magnésio, vidros traseiro e laterais em plástico, isolamento acústico reduzido e não tem o banco traseiro. Detalhes que também rebaixam o centro de gravidade e o torna, atualmente, a versão mais leve do Porsche 911. Como o foco desse modelo é o desempenho, ar-condicionado e sistema de som são opcionais, e as maçanetas internas foram substituídas por tirantes.

O motor 4.0 de seis cilindros contrapostos, desenvolve 500 cavalos a 8.250 rpm e entrega 46,9 kgfm de torque a 6.250. Ou seja, um motor feito para trabalhar em altos giros como os usados em corridas. O câmbio também tem relações esportivas, além de alavanca de mudanças com curso curto para favorecer trocas mais rápidas. O novo bólido alemão é capaz de acelerar de 0 a 100 km/h em 3,8 segundos e chegar aos 323 km/h de máxima. Apesar dessa fúria toda, o 911 R não têm o aerofólio traseiro fixo, apenas um retrátil, como o usado nas versões Carrera, e um spoiler dianteiro. Para diferenciá-lo externamente, faixas vermelhas ou verdes.

Entre os poucos detalhes tecnológicos, o 911 R conta com o eixo traseiro direcional. O diferencial autoblocante é do tipo mecânico, os freios a disco nas quatro rodas são em cerâmica, enquanto que o pneu especial tem 245 milímetros de largura na frente e 390 atrás. São montados em rodas de liga leve, forjadas com 20 polegadas de diâmetro, fixas apenas por uma porca central, como nos carros de competição. O escapamento esportivo é feito em titânio.

Os bancos para o “motorista/piloto” e o carona são do tipo concha, feitos em fibra de carbono, com a parte central em tecido xadrez, relembrando o primeiro Porsche 911 de 1960. O volante tem apenas 360 milímetros de diâmetro e o interior é decorado com frisos em fibra de carbono e uma placa de alumínio, com o número de série em frente ao passageiro que vai ao lado.

A Porsche também pensou em quem pretende usar o carro no dia a dia. Assim, opcionalmente, o cliente poderá pedir o sistema que por meio de uma tecla no painel levanta a suspensão dianteira em 30 milímetros.

Pensou em ter um na garagem? Então, vamos lá: apesar do modelo estar nas concessionárias da Alemanha só em maio, elas já estão aceitando as encomendas. Vai custar, com equipamentos e impostos exigidos pelas leis alemãs, 189.544 euros. Para o Brasil, a chegada do 911 R está prevista para o segundo semestre deste ano. O pacote de equipamentos e o preço ainda não estão definidos, mas as reservas, já podem ser feitas.

PS: Enquanto ele não vem, curte o ronco e o visual no vídeo abaixo:

 

Fotos e vídeo: divulgação Porsche

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