Não sei quanto a vocês, mas eu adoro peruas. Sempre curti esses automóveis de teto esticado, que no Brasil deixaram de ser produzidas e sobrevivem por raríssimos e caros exemplares importados. Mas se por aqui as peruas se tornaram carros exóticos, na Europa elas nunca saíram de moda.
Tanto é que a BMW projeta lançar uma inédita versão perua da atual geração do M3, que pode estrear com mais de 500 cv e provar que essas máquinas de silhueta avantajadas não perdem o pique.
Mas enquanto o modelo não estreia, vamos voltar 21 anos no tempo para relembrarmos do o primeiro estudo da M3 Touring. Ela foi revelada em 2000, na mesma época que o M3 cupê da geração E46. Vale lembrar que essa safra é uma das mais queridas do esportivo alemão, ficando atrás apenas do mitológico E30 Evolution.
A perua se diferenciava muito pouco do cupê. Ela recebeu os mesmos para-choques, bitolas, suspensão, para-lamas (com saídas de ar) e escapamento de quatro pontas. Até as rodas eram as mesmas, assim como o conjunto de freio e suspensão. O que diferenciava o modelo era apenas a seção traseira.
“Este protótipo nos permitiu mostrar que, pelo menos de um ponto de vista puramente técnico, era possível integrar um M3 Touring à produção em andamento do Série 3 Touring padrão com pouca dificuldade”, afirmou Jakob Polschak, então responsável por protótipos da divisão M. Isso porque os para-lamas alargados demandavam novas portas traseiras.
O motor M3 Touring
Se por fora os carros quase eram idênticos, por dentro não seria diferente. A perua recebeu o mesmo bloco seis cilindros em linha S54, com deslocamento de 3.2 litros. A potência era de 343 cv e o torque de 36,5 kgfm. Esse bloco aspirado fez sucesso na época, pois era um motor arisco que entregava toda sua potência a 7.900 rpm.
Você pode até dizer que é muito confortável e eficiente ter toda oferta de torque abaixo dos 2 mil giros, como acontece em qualquer motor turbo moderno. Eu não discordo, mas não há nada mais estimulante que um ronco metálico “cuspido” pelas ponteiras em rotação máxima.
O M3 (E46) era vendido com duas opções de transmissão, uma caixa automática de seis marchas, ou uma Getrag manual, também com seis velocidades. Para o protótipo foi aplicado a caixa manual, o que fazia dela ainda mais visceral. Já a tração era apenas nas rodas traseira, como nunca deveria ter deixado de ser.
No entanto, esse carro fabuloso ficou apenas no protótipo. A BMW não topou colocá-lo em linha, mesmo sendo factível de ser feito. Alguém em Munique disse não e o sonho acabou.
Fotos: BMW/Divulgação
Marcelo Jabulas é Jornalista.
Está na área desde 2003, atualmente é o editor do caderno HD Auto, do jornal Hoje em Dia, de Belo Horizonte. Figura presente em todos os lançamentos, salões do automóvel e eventos da indústria automobilística. https://www.youtube.com/garagemdojabulas
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