TESTE Fiat Strada Volcano 1.3 CVT – com Camanzi

Se há uma coisa que a Fiat Strada fez em sua história, foi sucesso. O motivo? Simples. Além de boas qualidades, sempre esteve à frente da concorrência oferecendo o que o mercado pedia. Foi assim com a cabine estendida; a versão Adventure; a cabine dupla com três portas; e, em 2021, com a nova Strada cabine dupla com quatro portas.

Agora repetiu a dose: é a primeira picape pequena com cabine dupla, quatro portas e câmbio automático do mercado.

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O câmbio automático tipo CVT na Strada está disponível em duas versões, a conhecida Volcano, que mantém a opção de câmbio manual, e a nova Ranch, disponível só com ele e que se torna a topo de linha. Como a Volcano automática entre as duas deverá ser a versão mais vendida, optamos por fazer o teste com ela.

Além disso, como a mecânica é igual nas duas, desempenho e consumo valem para ambas.

Claro que o maior interesse nesta avalição vai ser na mecânica. Mas não custa relembrar o que esta Volcano oferece. Externamente o único diferencial é o logotipo AT na traseira. Faróis em LED, e luzes de neblina são itens de série. Dentro revestimento em tecido e couro sintético nos bancos; ar-condicionado; carregador por indução; multimídia de 7 polegadas com conexão de smartphones sem fio; e uma porta USB na frente e outra atrás, fazem parte.

E a boa caçamba de 844 litros de capacidade, já vem com protetor e capota marítima.”

O interior, que conta com materiais de qualidade e um bom acabamento apesar de abusar um pouco do plástico duro, de uma maneira geral agrada. Com portas traseiras abrindo em 80 graus, facilitando a entrada de quem vai atrás, leva cinco adultos. Mas o ideal é uma criança no meio do banco traseiro.

E em segurança, segue a cartilha. Além dos itens obrigatórios conta também com quatro airbags, sendo que os laterais protegem tórax e cabeça; controles eletrônicos de tração, estabilidade e auxiliar de partida em rampa. Mas esta versão mais sofisticada, merecia pelo menos um sensor de ponto cego e alerta de colisão a mais.

 

Mecânica

 

Essa Strada é equipada com o mesmo conjunto motopropulsor do Pulse 1.3. Ou seja, o motor 1.3 Firefly acoplado ao câmbio automático tipo CVT com sete marchas virtuais. Por conta das novas regras de emissões de poluentes do Proconve L7, em vigor a partir de 2022, o motor perdeu um pouco de potência e torque com ambos os combustíveis. Para minha surpresa, apesar disso e do câmbio automático que sempre rouba um pouco de potência do motor, o desempenho ficou apenas um pouco inferior ao da versão manual que testamos

Dá uma olhada nos números aí embaixo comparados com aversão manual.

E a mesma coisa aconteceu com o consumo. Confere aí na legenda.

Como deu pra ver, a perda de consumo e desempenho não foi significativa, detalhes que a tornam a versão CVT bem interessante, já que o conforto que o câmbio automático traz, principalmente no trânsito da cidade, é grande. Outro detalhe interessante, é o funcionamento do câmbio. Além de diminuir bastante aquele escorregamento típico dos câmbios tipo CVT, tem trocas rápidas o que ajuda nas retomadas de velocidade. Além disso têm três modos de condução: o automático; o manual que permite trocas sequencias nas borboletas atrás do volante ou na alavanca de seleção; e o esporte, quando a direção elétrica fica mais firme, o acelerador mais sensível e o câmbio CVT adota relações mais curtas. No restante é igual à versão manual.

Claro que vazia pula um pouco ao passar por irregularidades, afinal foi feita também para levar carga. Mas não chega a incomodar. Além disso é silenciosa. E a suspensão, independente na frente e com molas semielípticas atrás,  também surpreende ao fazer curvas com um comportamento bem neutro.

E junto com a direção elétrica precisa e freios competentes, ela passa segurança.

Enfim, a Strada CVT me agradou. Tem consumo e desempenho próximos ao da versão manual e alia a praticidade de um veículo compacto automático à funcionalidade de uma picape. Principalmente para quem usa esse tipo de veículo para o dia-a-dia. E com bons ângulos de entrada, saída, altura livre do solo e o Track Control +, controle eletrônico de tração, se sai bem em um fora-de-estrada.

E já que a Strada vive inovando, aqui vai uma sugestão: uma versão 4×4. Por que não?

 

Notas do Emilio Camanzi:

Desempenho         7

Consumo               8

Segurança             8

Estabilidade          8

Acabamento         7

Espaço interno      8

Caçamba               9

Custo/benefício    7

 

 

 

Vídeo: Carros com Camanzi

 

Ficha Técnica e Lista de Equipamentos da Fiat Strada CVT:

 


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