A Volkswagen demorou uma eternidade para entrar no segmento de utilitários-esportivos compactos. Há anos ela vem estudando modelos que poderiam estrear num degrau abaixo do Tiguan. T-Roc, Taigun foram alguns candidatos que não vingaram. Agora, o T-Cross faz sua estreia, num segmento apinhado de jipinhos, onde o HR-V é rei da cocada preta e modelos como EcoSport, Creta e Renegade se engalfinham pela segunda posição.
O T-Cross parte de R$ 84.990, valor que não destoa do cenário dos jipinhos compactos. No entanto, por esse preço, a marca oferece o modelo equipado com motor turbo 1.0 de 128 cv e caixa manual de seis marchas. E é aí que o dissabor amarga na boca.
Nessa faixa, o consumidor tem um amplo leque de opções equipadas com transmissões automáticas como Kicks, Creta, Renegade e EcoSport. Caixas sem embreagem são fundamentais na hora da escolha de um utilitário, que se tornou sinônimo de refinamento e comodidade. São nada menos que 11 opções com preços entre R$ 77 mil e R$ 89 mil, que oferecem trocas sem pedal de embreagem.
Versões
O T-Cross é oferecido em outras três versões, todas com transmissão automática e pacotes de conteúdos que vão progredindo de acordo com o preço na etiqueta. A primeira opção, com caixa AT6, parte de R$ 94.490. Num degrau acima, figura a Comfortline, que também recorre ao motor 1.0 de 128 cv e sai por R$ 99.990. E, por fim, a versão topo de linha, a Highline 250 TSI, que recebe o motor 1.4 de 150 cv e 25 mkgf de torque do Tiguan e Jetta, e tem preço de R$ 109.990.
Conteúdos
Mas, verdade seja dita, o T-Cross é um jipinho que conta com muito conteúdo desde a versão de entrada. Na lista, figuram itens como direção elétrica, ar-condicionado, vidros elétricos, faróis de neblina, controle de estabilidade (ESP), seis airbags, freios a disco nas quatro rodas, bloqueio eletrônico do diferencial (XDS+), assistente para partida em rampas (Hill Hold), sensores traseiros de estacionamento, luz diurna em LED e lanternas traseiras em LED.
Na versão mais sofisticada, há mimos como quadro de instrumentos e ar-condicionado digital, banco do motorista com ajuste lombar, câmera de ré, indicador de pressão dos pneus, revestimento dos bancos em couro, retrovisor interno eletrocrômico, retrovisores externos com rebatimento automático, iluminação ambiente em LED, detector de fadiga, sistema Kessy (destrava das portas por proximidade), sistema start&stop e sensores de chuva e crepuscular. O T-Cross ainda pode ser equipado com teto solar panorâmico, sistema de áudio Beats e Park Assist.
Ou seja, o T-Cross é um produto qualificado, que oferece um pacote de segurança que se destaca de seus rivais. Mas são itens que elevam muito seu preço e que o consumidor muitas vezes não enxerga ou não dá o mesmo valor que uma caixa automática e uma roda bonita.
Marcelo Jabulas é Jornalista e Designer Gráfico.
Está na área desde 2003, atualmente é o editor do caderno HD Auto, do jornal Hoje em Dia, de Belo Horizonte. Figura presente em todos os lançamentos, salões do automóvel e eventos da indústria automobilística. Para relaxar, tem como hobby escrever para seu blog de games, o “GameCoin” (www.gamecoin.com.br).
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