T.50: o furacão de Gordon Murray

Se você gosta de carros é sua obrigação saber quem é Gordon Murray. Se não sabe, vou lhe a apresentar agora e nunca conte para ninguém que não o conhecia. Esse grandalhão é tão importante como Enzo Ferrari, Henry Ford e Ferdinand Porsche. Sem exagero! Murray é um engenheiro sul-africano que fez carreira na McLaren e projetou carros como o lendário MP4/4. Isso mesmo, o monstro de 660 cv que deu o primeiro título de pilotos a Ayrton Senna.

O engenheiro também projetou o supercarro McLaren F1, com seu exótico assento na posição central e soluções aerodinâmicas que fazem dele um dos carros mais fantásticos já construídos, e que, até hoje, a McLaren não conseguiu criar seu legítimo sucessor. Agora, Murray retorna com sua marca própria e a evolução de sua obra prima.

O T.50 acaba de ser revelado por completo. Esse supercarro não tem a pretensão de atingir a cavalaria de um Aventador, Huayra, LaFerrari ou 918 Spyder. No entanto, quer ser um dos automóveis mais puristas da atualidade, mas sem excessos de apêndices de estabilidade e peso.

 

O Furação

 

O engenheiro sabe como ninguém como moldar a partir do vento. Seus monopostos da Fórmula 1, assim como o Macca de rua não me deixa mentir. O F1 redefiniu os termos da aerodinâmica ao abolir o aerofólio e adotar aletas móveis para auxiliar na frenagem. Mas o T.50 quer ir além.

Com desenho que remete ao F1, com direito a banco do motorista em posição central e coletor de ar no teto, o bólido tem como cereja do bolo uma larga ventoinha de 40 mm montada na traseira, que tem função de geração downforce, que, segundo Murray, garante efeito superior ao de uma asa convencional.

Esse “ventilador” é acionado por um pequeno motor elétrico de 48V que permite que ele gire a 7 mil rpm. O conceito é semelhante ao do Brabham BT46, da temporada de Fórmula 1 de 1978, projetado por Murray. Ele coleta o ar abaixo do carro fazendo com que o fluxo que passa por cima amplifique o efeito solo.

Em sua versão moderna, o equipamento conta com pequenos defletores ativos que se movem para aumentar o efeito solo e também durante a frenagem, reduzindo a distância para chegar a imobilidade. Em linha reta, a ventoinha também atua para aliviar o downforce e permitir ganho de velocidade com menor consumo de combustível, já que reduz o esforço do motor.

 

V12

 

O T.50 é um carro purista, que segue suas próprias regras. Ele é equipado com um motor V12 3.9 aspirado de 663 cv, fornecido pela britânica Cosworth. Esse bloco atinge seu pico de potência a absurdos 12 mil rpm.

A ideia é justamente provocar um ruído inigualável, que é amplificado por coletores que “despejam” o ronco dentro do habitáculo. Isso para que o motorista escute o berro que sai pelo escapamento. Nada de woofers que emulam ronco como nos carros modernos.

Se não bastasse, ele se tornou o motor aspirado com maior potência específica já construído. Ou seja, são 166 cv por litro e pesa apenas 178 quilos.

Já a transmissão é manual de seis marchas e foi projetada diretamente por Murray. Ele mesmo ajustou o trambulador para garantir engates extremamente curtos e rápidos.

Segundo o engenheiro, seu carro foi projetado para oferecer conforto no uso cotidiano e também para alta performance. Para isso, a Gordon Murray Automotive instalou um seletor de comportamento dinâmico, com dois estágios. O primeiro, totalmente livre (Power Mode) entrega toda a potência no máximo de rotação.

Já o segundo, chamado de GT Mode, limita o giro a “modestos” 9.500 rpm, assim como a potência a “suaves” 600 cv. Ou seja, no modo “supermercado” ele anda como um Audi R8 V10.

 

Estrutura do T.50

 

O T.50 é totalmente feito em fibra de carbono. Chassi, monocoque e painéis utilizam o material que garante peso total de 980 quilos. Para o amigo ter uma ideia, ele é apenas 35 quilos mais pesado que um Fiat Mobi. Comparado ao F1, são 150 quilos a menos. A obsessão pelo baixo peso é tamanha que o carro recebeu pedais em titânio.

Por dentro, ele é um carro de corridas, mas ajustado para viver na civilização. Como o F1, ele leva três ocupantes, tem bagageiros laterais e conta com sistema de áudio Arcam com 10 alto-falantes e 700 Watts de potência, assim como módulo multimídia com conexão Apple CarPlay e Android Auto. A fabricante garante que a parafernália pesa apenas 3,9 quilos.

Gostou? Então, fique sabendo que o T.50 começará a ser entregue na Inglaterra a partir de 2022. Serão apenas 100 unidades, ao preço camarada de 2,36 milhões de libras (R$ 16,31 milhões), sem impostos inclusos. Por quanto chegaria por aqui? Bom, se sobrar uma unidade disponível, podemos esperar algo em torno de R$ 35 milhões.


Fotos: divulgação

Marcelo Jabulas é Jornalista e Designer Gráfico.
Está na área desde 2003, atualmente é o editor do caderno HD Auto, do jornal Hoje em Dia, de Belo Horizonte. Figura presente em todos os lançamentos, salões do automóvel e eventos da indústria automobilística. https://www.youtube.com/garagemdojabulas

 

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