Seres paralisa operações no Brasil e anuncia reestruturação

A Seres, marca chinesa de veículos elétricos, completará um ano de operação no Brasil no dia 27 de julho, mas anunciou uma reestruturação em sua estratégia no país. A empresa enfrenta desafios como baixo volume de vendas, falta de carros e atrasos na homologação de novos modelos.

Vendas e concessionárias

Em 2024, a Seres registrou apenas oito carros emplacados no Brasil. A marca possui duas concessionárias em operação, uma em Alphaville (SP) e outra no Rio de Janeiro, enquanto uma terceira loja na região dos Jardins (SP) foi fechada no início do ano. Apesar das dificuldades, as lojas continuam oferecendo test drives e aceitando pedidos.

Disponibilidade de veículos

A Seres atribui parte dos problemas à falta de carros, devido ao sucesso dos modelos Seres/Aito na China, o que diminuiu a disponibilidade de unidades para outros mercados. No entanto, a empresa promete o lançamento do SUV híbrido plug-in Seres E5 após a reestruturação, com a chegada de um lote de 24 unidades em agosto.

Homologação e testes

A agenda dos laboratórios brasileiros credenciados para homologação dos carros também atrasou os planos da Seres. Como alternativa, a empresa cogita realizar os testes necessários na China, com a presença de técnicos brasileiros, para agilizar o processo.

Planos futuros

A marca afirma que seus planos para o mercado brasileiro serão confirmados após a reestruturação, com o objetivo de ampliar a presença no país. Desde sua estreia, a marca lançou dois carros elétricos no Brasil: o Seres 3, com motor de 163 cv e preço de R$ 199.990, e o Seres 5, com dois motores que somam 585 cv e preço de R$ 394.990.

Sede Seres Brasil

Origem e estratégia inicial

Ligada à fabricante de smartphones Huawei, a Seres nasceu em 2016 no Vale do Silício (EUA), com a proposta inicial de seguir a estratégia da Tesla, com vendas online e sem concessionárias físicas. No entanto, a marca acabou abrindo duas revendas no Brasil.

Investimentos e produção

Os investimentos da Seres vêm de dois grupos chineses: Dongfeng e Sokon (DFSK). A empresa possui sete fábricas operando globalmente, sendo duas na China, quatro nos EUA e uma no Japão. Os modelos importados para o Brasil são provenientes de Xangai, na China.

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