Qualidade da gasolina no Brasil: A “polêmica” da aditivação

Vou começar com a pergunta que não quer calar: Para que serve a aditivação? Para que a gasolina já contenha um mínimo dos aditivos dispersantes e detergentes que evitem a formação de depósitos carboníferos dentro do motor. Esses carvões ficam incandescentes quando a temperatura se eleva muito na câmara de combustão e acabam provocando a pré-ignição, ou seja, inflamam a mistura ar/combustível antes da faísca na vela. O fenômeno é prejudicial porque pode danificar o motor e também por prejudicar sua eficiência, reduzindo potência, aumentando consumo e emissões.

A ideia da ANP é que toda a gasolina no Brasil tenha uma aditivação básica, mantendo os motores limpos com redução de consumo e emissões de gases poluentes. Então, ao abastecer com a gasolina chamada hoje de “comum”, o tanque já estaria recebendo um combustível de melhor qualidade e com aditivação padronizada em todos os postos. Porém, as diversas companhias de petróleo continuarão a oferecer suas gasolinas “especiais”.

A ANP, inclusive, pôs em consulta resolução que aprimora a qualidade da gasolina comercializada nos postos do país. A diretoria da Agência aprovou no fim de junho a realização de uma consulta pública, que tem como objetivo “estabelecer especificações e obrigações quanto ao controle da qualidade a serem atendidas pelos agentes econômicos”. A revisão contempla o aumento da massa específica mínima da gasolina, o que, em suma, otimiza energia e diminui o consumo. Além disso, a ANP quer fixar limites para a octanagem RON, que já se faz presente nas especificações de gasolinas de outros países.

Vale frisar que existem dois tipos distintos de octanagem: RON e MON. No entanto, por aqui, só a octanagem MON era especificada, bem como o IAD (índice de octanagem), média entre MON e RON. De acordo com a ANP, tal iniciativa “atende aos atuais requisitos de consumo de combustível dos veículos e de níveis de emissões progressivamente mais rigorosos”. Bom lembrar que o Programa de Controle de Emissões Veiculares (Proconve-Ibama) e o Rota 2030 vão dar um bom aperto nesse quesito.

Em resumo, a ANP quer que o motorista brasileiro não se preocupe com aditivos e afins na gasolina. Caso a Iniciativa dê certo, trará inúmeras vantagens para o consumidor. Hoje, por lei, é obrigatória a adição de 27% de álcool na gasolina vendida no país, que foi um dos primeiros a abolir o chumbo no combustível, lá nos idos de 1991.

 

Imagens: Internet


Marcus Celestino é Jornalista e Cineasta
Já foi repórter do Estado de Minas e do Jornal do Brasil. Também atuou como editor do Auto Papo. Já cobriu os principais salões do automóvel do mundo e zerou, quando criança, todas as versões de Top Gear para Super Nintendo. Atualmente trabalha como analista de dados. Nas horas vagas tenta destronar Lewis Hamilton no modo carreira de F1 2018.

 


 

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