O Grupo Volkswagen vai correr na Fórmula 1. Não será com um monoposto com a bolacha da VW estampada na fuselagem, mas com as argolas da Audi e o escudo da Porsche.
Segundo a Reuters, quem fez o anúncio foi o próprio CEO do VW Group, Herbert Diess. O executivo aponta que a marca de Stuttgart deverá entrar como fornecedora de motores para as equipes Red Bull e Alpha Tauri.
Já a Audi teria sua própria equipe. A aposta é que ela absorva algum time da Fórmula 1 e adicione seu nome e marca. Mas ainda não há nada definido e nem mesmo data de estreia.
Porsche na F1
O que é certo é que se a Porsche fechar contrato, poderá retornar à Fórmula 1 já em 2026. Há mais de 10 anos, a marca vislumbra um retorno à categoria, que seja no mínimo satisfatório.
Apesar de ser campeoníssima em provas de turismo, protótipos e longa duração (sendo a maior vencedora das 24 Horas de Le Mans, com 19 conquistas), na F1, os feitos da Porsche sempre foram modestos. Em 1962 a marca colocou o monoposto 804, que chegou a vencer o GP da França daquele ano.
Seu melhor momento foi na década de 1980, quando a marca forneceu motores em parceria com a TAG para a McLaren. A dobradinha equipou os bólidos ingleses entre 1983 e 1987. Niki Lauda e Alain Prost foram campeões nos anos de 1984 e 1986, na ordem, empurrados pelos motores “Made by Porsche”.
Em 1991, a marca voltou de forma desastrosa à F1, fornecendo propulsores para a Footwork Arrows. Dessa vez, o motor era próprio da marca alemã, o V12 3512, que teve desempenho decepcionante.
O motor Porsche conseguiu classificar apenas quatro dos seis GPs que disputou. Mas não conseguiu concluir nenhuma prova. No meio da temporada a Footwork passou a utilizar motor Ford-Cosworth, que também foi um fracasso. Mas pelo menos finalizaram as duas últimas provas, em Suzuka (Japão) e Adelaide (Austrália). Depois disso, a alemã abandonou de vez a categoria.
Audi
Já a Audi nunca se aventurou na categoria “máxima” do automobilismo, ao contrário de suas rivais Mercedes-Benz e BMW. A marca teve grande êxito nas categorias de protótipos, com 13 vitórias nas 24 Horas de Le Mans, entre os anos de 2000 e 2014.
Depois disso, a Audi se dedicou à Fórmula-E. Modalidade em que conquistou o título de construtor na temporada 2017-18.
Fotos: Divulgação
Marcelo Jabulas é Jornalista.
Está na área desde 2003, atualmente é o editor do caderno HD Auto, do jornal Hoje em Dia, de Belo Horizonte. Figura presente em todos os lançamentos, salões do automóvel e eventos da indústria automobilística. https://www.youtube.com/garagemdojabulas
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Acerca dos títulos da Porsche, Prost também venceu o Mundial de F1 de 1985 com McLaren-TAG Turbo. E que nomes importantes como Audi e Porsche possam fazer bonito na categoria!