O touro da Fiat deu as caras

[su_heading size=”20″]Fiat Toro[/su_heading]

Já não era sem tempo, afinal apesar de a Toro, a nova picape da Fiat chegar ao mercado só no ano que vem, várias fotos do modelo pronto e sendo produzido lá na fábrica da Jeep em Goiana, Pernambuco, já circulam pela internet e imprensa há algum tempo. Então, para que esconder? A data mais propícia que a Fiat achou para o início dessa revelação foi a do lançamento da concorrente Oroch da Renault (29 do mês passado), quando soltou um “teaser” mostrando as linhas da dianteira. Agora, dias antes da comercialização do concorrente, voltou à carga divulgando uma foto oficial em ¾ de frente do modelo. Boa sacada, afinal, pode ser que, conhecendo o produto como ele será de fato, alguém resolva esperar a Toro e não comprar a Oroch, não é?

300x250

 

Porém, a foto não trouxe surpresas, apenas confirma o que estava aparecendo extra-oficialmente. Inspirada no conceito FCC4 projetado aqui no Brasil e que a Fiat mostrou no Salão do Automóvel de São Paulo o ano passado, ela apresenta linhas bem ousadas e detalhes inéditos, como a tampa da caçamba dupla. Ponto a favor, já que ela não se parece com ninguém. E, segundo a Fiat, vem também para inaugurar um novo segmento, entre os tantos que já existem, que ela batizou de SUP. Traduzindo: “Sport Utility Pick-up”!

Conceito FCC4

 

Elucubrações à parte, o fato é que a Toro vai disputar de frente com a Oroch esse novo segmento inaugurado pela Renault, uma categoria que fica acima das picapes compactas, como Fiat Strada e Volkswagen Saveiro, e abaixo das médias (hoje consideradas grandes…), como Chevrolet S10 ou Toyota Hilux. Nada mais acertado, pois pelo que deu para sentir com a Oroch, é exatamente o que os apreciadores desse tipo de veículo querem, já que reúne as qualidades dos dois segmentos: pouca coisa maior que as compactas, espaço interno de carro médio, lugar para cinco pessoas e quatro verdadeiras portas. Ou seja, um automóvel no dia a dia e veículo de carga quando precisa.

A Fiat também divulgou o comprimento da Toro: 4,915 m, um pouco maior do que a Oroch (4,693 m). Porém, é um detalhe que não a tira da concorrência direta com a da Renault. A picape da Fiat é feita sobre a plataforma do Jeep Renegade, por isso herda alguns detalhes como a suspensão traseira independente. Ainda não foram divulgados os dados oficiais, mas o fato da plataforma ser a mesma, leva a crer que a mecânica também será. Terá uma versão de entrada, com motor 1.8 E.torQ EVO, com 132 cavalos, câmbio manual de seis marchas, tração 4×2 e capacidade de carga em torno de 650 quilos, como a rival. Só que, nesse caso, leva desvantagem no desempenho, pois a Oroch 2.0 tem 148 cavalos.

Reprodução da internet

 

A versão mais sofisticada deverá ter o motor turbo diesel 2.0 de 170 cavalos, o câmbio automático de 9 marchas e a tração 4×4 do Renegade. Como a capacidade de carga será de 1 tonelada e o preço também maior, essa versão deverá concorrer com as picapes médias.

Será que a escolha do nome da picape foi uma homenagem à cidade natal da Fiat, Turim, que tem como símbolo um touro (toro, em italiano) ou, então, com o nome, dar ao carro a conotação da força desse animal? Provavelmente, a segunda opção. A coincidência interessante é que Oroch, a picape da Renault, é o nome de uma tribo do sul da Rússia, com apenas 500 indivíduos, e que também passa a conotação de força e robustez. Agora só falta a Toro chegar para a gente saber qual das duas vai ter mais força para reinar no novo segmento!

 

Fotos: divulgação Fiat e reprodução da Internet

DEIXE SEU COMENTÁRIO

Ver comentários (4)

  • Ficou bonita, mas o motor 1.8 da FIAT é meio jurássico. Um ponto interessante no desenho da frente é que ao ocultar a lanterna superior (pela foto é a que parece led) ela fica parecendo o mustang antigo.

    • Você tem razão Igor, também acho que o motor 1.8 tem pouca potência para a Toro. Vamos ver se eles conseguem alguma boa solução para resolver isso com o câmbio.
      Grande abraço

  • Se alguma versão Diesel chegar a menos de 110mil vai vender muito. Pois vai carregar 1ton como as médias e terá um motor mais econômico. Gostei do resultado final. Acho que só falta um terceiro motor já que existe um vão de 30mil entre o etorq e o diesel. Poderia ser o 1.6 Multijet Multijet II de 120 cv e 32,5 kgfm (quase mesmo torque do 2.0) que seria interessante pelo torque e econômia e equipa o Renegade no mercado europeu.

    • Seria uma boa solução. Mas pelo que sei, por economia de escala eles só vão usar esses dois motores.
      Um abraço

Postagem Relacionada