O magnetismo das Ferrari entre os elétricos

Não entendeu nada? Bom, sinto informar, mas temos um problema sério! Abra agora seu Netflix e procure por Ferris. Dê o play sem pensar duas vezes, mas faça isso depois de terminar de ler essa matéria. Você irá entender a relação entre esse sujeito e uma Ferrari conversível. Combinado? Então, voltemos à pauta.

A Ferrari tem longa tradição em conversíveis com motores posteriores “compactos”. Desde a Dino, de 1969, não saltou um modelo sem que tivesse sua derivação aberta. Até mesmo a aberração da Mondial teve uma. “Perfume de Mulher” pode comprovar isso.

A Spider chega para ventilar a cabine da F8 Tributo, que foi lançado no início do ano, como sucessora da 488 GTB. O modelo segue o mesmo padrão de seus antecessores e utiliza os mesmos “ombros” que atuam como santo-antônio, em uso desde a 458 Spider, de 2013.
Com teto rígido, a Spider pode recolher seu teto (que se desmembra em duas partes) enquanto está em movimento. A operação leva poucos segundos e esconde as peças no espaço entre os bancos e o capô traseiro.
Já que falamos em capô, o conjunto mecânico é o mesmo do Tributo, com V8 turbo 3.9 de 720 cv e 77 mkgf de torque. Números que permitem ao conversível acelerar de 0 a 100 km/h em 2,9 segundos e atingir a velocidade máxima de 340 km/h.

Entre os modelos V12 dianteiros, são raros os conversíveis. Pelo menos nos últimos 43 anos, nenhum modelo com esse posicionamento de motor teve uma conversível de série, apenas edições especiais de volume muito reduzido. Para você ter ideia, o último V12 dianteiro descapotável foi a 365/4 Daytona, com apenas 122 exemplares, fabricados entre 1971 e 1973.
Entre os modelos contemporâneos foram apresentados modelos raros, como F60 América, que deriva da F12 Berlinetta; a P540 Superfast Aperta; 599 GTB Fiorano; além da dupla Barchetta Pininfarina (550 Maranello) e Super America (575 Maranello).
Agora é a vez da 812 Superfast ganhar a variação aberta, batizada de GTS. Ao contrário das antecessoras, essa Ferrari será uma versão de série, com motor V12 6.5 (aspirado) de 800 cv e 71 mkgf, que permitem que ela acelere de 0 a 100 km/h em 3,0 segundos e máxima de 340 km/h.
A sigla GTS por muitos anos denominou as versões com teto Targa (conversível parcial, mantendo janelas e colunas), como a própria Dino 246 GTS. O último modelo a utilizar a sigla foi a 355.

Assim, apesar de toda eletricidade circulando em Frankfurt, é o campo magnético das Ferraris que arrancam suspiros e olhares lascivos. Ferris sempre teve razão!

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Fotos: divulgação

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