TESTE – O Bem Amado

 

Ele já esteve por aqui de 2007 a 2011. Tinha o título de carro mais veloz do Brasil. Deixou saudades, mas, agora voltou para alegria dos fãs do modelo. É o Honda Civic Si, que sempre teve uma mecânica exclusiva que o diferenciava do restante da linha, merecendo, realmente, o título de esportivo, ao contrário de alguns modelos vendidos em nosso mercado.

Só que além desse diferencial e para reforçar ainda mais essa característica, o novo Si (Sport Injection) não é mais um sedã feito no Brasil. Produzido em Alliston, no Canadá, agora tem só duas portas e teto bem caído. Um cupê, bem mais coerente com a filosofia de carro para quem gosta de um esportivo.

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E se há uma coisa que esse novo Honda Civic Si não consegue fazer, é ser discreto. Com uma frente invocada e diferenciada dos Civic “normais”, rodas exclusivas de aro 18 polegadas com pneus de perfil baixo 225/40R18, um belo aerofólio, novas lanternas, difusor de ar no para-choque e o emblema Si na tampa do porta-malas, ele nem precisava ter a opção de cor laranja para aparecer.

Ele também abusa da esportividade no interior. Desde os bancos revestidos em preto e vermelho do tipo concha, com laterais salientes que seguram melhor o corpo em curvas permitindo uma maior sensibilidade do carro, ao painel com aplique imitando fibra de carbono.Tudo com um acabamento feito com materiais de qualidade e arremates bem feitos.

 

E, para reforçar o clima, o quadro de instrumentos dividido em duas partes – característicos dos Civic – além de uma iluminação vermelha, tem um grande e vistoso conta-giros na parte inferior, que fica bem no centro, como nos carros de corrida. O toque final fica por conta do shift light, localizado na parte superior esquerda, que informa a aproximação da rotação de potência máxima do motor. Conforme o giro aumenta, seis luzes (quatro na cor laranja e as duas últimas vermelhas) acendem gradativamente indicando o melhor momento para troca de marchas. Você pode ainda, além de computador de bordo, escolher uma tela no quadro que mostra a potência do motor utilizada no momento.

Mas faltam detalhes que não deveriam em um carro desse nível. Por exemplo, a bela central multimídia, com direito a câmera de ré, não tem GPS, nem vem com sensores sonoros de estacionamento; é preciso desregular o encosto para entrar no banco traseiro; e os cintos de segurança não tem regulagem da altura.

Por falar nisso, atrás, ele pode levar mais duas pessoas um pouco apertadas, já que o teto é baixo. Um terceiro ficará desconfortável. Porém, é preciso levar em conta que o Si é um esportivo, e não um carro para a família.

E, nisso, ele não deixa a bola cair. O motor agora é um 2.4 que entrega 206 cavalos com um torque de 23,9 kgfm (14 cv e 5 kgfm a mais que a versão anterior) e responde ao mínimo toque no acelerador. E quando se pisa fundo, emite um ronco muito legal. Principalmente, quando chega perto das 7 mil rotações, momento de potência máxima e ponto ideal para a troca de marcha para obter o máximo desempenho. O motor pode girar até 7.100 rpm.

Para não perder o espírito, o câmbio é manual com seis velocidades e relações curtas. Os engates são precisos e bem definidos. Enfim, um conjunto que agrada a quem gosta de dirigir.

Mas, se você quiser rodar tranquilamente, ele também sabe ser comportado. O motor i-VTEC, com comando de válvulas variável, fornece um bom torque já em baixas rotações, permitindo andar em velocidades baixas com marchas altas sem dar trancos.

O consumo também surpreende. No circuito metade cidade/metade estrada, padrão que uso para fazer medições de consumo, o Si chegou a bons 11,5 km/l.

Claro que para encarar essa esportividade toda, a suspensão – independente nas quatro rodas, tipo McPherson na dianteira e Multilink na traseira – é mais rígida do que a suspensão da versão normal, deixando o Si desconfortável em pisos irregulares. Mas, na hora das curvas ele é muito competente. Exatamente como deveria ser. Diferencial com deslizamento limitado, direção elétrica precisa e freios a disco nas quatro rodas eficientes, completam o prazer ao dirigir. E os controles eletrônicos de tração e estabilidade dão segurança, especialmente em pisos de baixa aderência.

Resumindo: ele entrega o que aparenta sem deixar de ser tranquilo quando você está querendo só passear. Ele é vendido em pacote único, sem opcionais por 124 mil reais. Além da cor laranja, tem mais três: branco, vermelho e, para quem quer ser discreto, preto.

 

Notas do Emilio para o Honda Civic Si 2015

Ficha Técnica e Equipamentos do Honda Civic Si 2015

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Ver comentários (6)

  • Emílio, esta matéria ficou linda. O Honda Civic Si, ficou muito esportivo, bonito,potente , arrojado e
    invocado, seu interior é lindo.Na cor preta ficou ainda mais elegante. Gostei, compraria um.

  • Caro, muito boa a matéria. Mas continuo achando um achaque pagar mais de 100 mil reais num carro como este.

  • Muito bacana a matéria. Emílio acho que seria legal algumas matérias serem em formato de video, se quiser posso te ajudar com isso pois tenho equipamento e como seu fã seria otimo ajuda-lo.

    Quanto o veículo em si o Civic Si tem um design bem chamativo e é muito bem equipado. A sensação ao dirigir é de estar em um esportivo muito mais potente. Mesmo que os numeros percam para o supertrunfo golf gti ele satisfaz quem importa mais com a diversão do que cruzar 1/4 de milha em menos segundos...

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